O SR. NEY SUASSUNA (PMDB - PB. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, para nós, paraibanos, hoje é um dia de pesar, exatamente pela perda irreparável de Tarcísio Burity. Ele foi Governador duas vezes e iniciou sua vida como seminarista - talvez daí o jeito pacato de sempre nos atender coloquialmente, com aquela conversa, vamos dizer assim, até sacerdotal. Brilhante, mestre, doutor... Tive de enfrentá-lo numa eleição. Foi meu concorrente, meu adversário na campanha que me trouxe a esta Casa. Essa foi uma campanha muito dura, pois ele tinha 43% e eu, apenas 3%. Terminei ganhando, numa campanha limpa, ética, tão ética, tão sem uso de artifícios baixos que, após a eleição, fiz questão de visitá-lo. E a sua cordialidade foi tamanha, que a nossa amizade aí surgiu. E, até o seu passamento, eu o considerava no rol de amigos e tenho certeza de que ele fazia o mesmo.

É uma pena que a Paraíba tenha perdido essa experiência e é uma pena para as artes, para a cultura.

O ex-Governador Tarcísio Burity era tão amante da música que chegou a compor muitas partituras de música clássica. Não assinava Tarcísio Burity, mas, sim, com o nome de T. Virgilius.

Ele deixa, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Dª Glauce Maria Navarro Burity como viúva e quatro filhos: Tarcísio, Maurício, Leonardo e André Luiz.

Lamento enormemente e não poderei, amanhã, deixar de estar presente ao seu sepultamento, porque é a homenagem que podemos fazer a um grande paraibano e a um grande brasileiro.

Muito obrigado.