Pronunciamento de Mão Santa em 16/07/2003
Discurso durante a 12ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Apelo pela imediata recuperação das rodovias federais do Piauí, particularmente da rodovia que liga Teresina à Parnaíba, por sua importância para o turismo do estado.
- Autor
- Mão Santa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PI)
- Nome completo: Francisco de Assis de Moraes Souza
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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POLITICA DE TRANSPORTES.:
- Apelo pela imediata recuperação das rodovias federais do Piauí, particularmente da rodovia que liga Teresina à Parnaíba, por sua importância para o turismo do estado.
- Publicação
- Publicação no DSF de 17/07/2003 - Página 18387
- Assunto
- Outros > POLITICA DE TRANSPORTES.
- Indexação
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- ELOGIO, TURISMO, ESTADO DO PIAUI (PI), LITORAL, FOZ, RIO PARNAIBA, REGISTRO, PROBLEMA, CORTE, LINHA AEREA, TRANSPORTE AEREO, PRECARIEDADE, CONSERVAÇÃO, RODOVIA, LIGAÇÃO, CAPITAL DE ESTADO, MUNICIPIOS, SOLICITAÇÃO, PROVIDENCIA, GOVERNO FEDERAL.
O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Presidente José Sarney, Srªs e Srs. Senadores, brasileiras e brasileiros que assistem à TV e à Rádio Senado neste 16 de julho, mês que é o ponto alto do turismo no Piauí, no delta do rio Parnaíba.
Ocupo esta tribuna hoje para agradecer antecipadamente a Deus por ter feito o litoral do Piauí, um dos mais belos do mundo. Sessenta e seis quilômetros apenas, o menor litoral de um Estado brasileiro, mas é como perfume francês: pequenino, com muita essência. Lá está encravado o delta. O rio Parnaíba abre-se diferentemente, não único, como o grandioso Amazonas, mas lembrando a letra grega delta. Abre-se em cinco rios - e, para nós que não estudamos o grego, lembra mais uma “mão santa”, uma mão, com certeza santa, que cria setenta e oito ilhas encantadoras. São dois terços situados no Maranhão do Presidente Sarney e um terço no nosso Piauí.
Mas o Brasil, com essas dificuldades em suas linhas aéreas, ficou sem a linha que pousava em Paranaíba, quando cortaram mais de cem delas. O transporte brasileiro é o rodoviário. O Governo da revolução, o da ditadura, que tenho que agradecer aqui, foi capaz de colocar asfalto desde os verdes mares bravios até a Bahia do Senador Antonio Carlos Magalhães. Como é longo o percurso do mar à Bahia! E nós, no momento, somos incapazes e incompetentes de tapar os buracos daquela estrada. Há sete meses que tentamos - o Ministério do Transporte e o Governo - tapar esses buracos. É tempo de o Presidente Lula se lembrar de que tem que governar o Governo.
As estradas estão esburacadas. Então, o turismo do Piauí se faz da capital, a encantadora Teresina, rumo às cidades interioranas. Quando a BR foi construída, no Governo da revolução, era Governador do Estado o hoje Engenheiro e Senador Alberto Silva. Uma estrada tem uma vida média. Se nós, humanos, temos uma vida média de 68 anos, no Brasil, a estrada tem, no máximo, 30 anos. Como já faz trinta anos, ela foi bem construída pelo Governo revolucionário, mas fomos incapazes de conservá-la. Portanto, a estrada que vai de Teresina, onde chega todo o fluxo turístico da encantadora capital, em direção às cidades de Altos, Campo Maior, Cocal de Telha, Capitão de Campos, Piripiri, Piracuruca, Buriti dos Lopes, Paranaíba, está impossibilitando o desenvolvimento e a riqueza do turismo do Piauí e a felicidade do povo brasileiro que não pode conhecer os encantos da natureza que Deus fez lá.
Chega lá porque, no nosso Governo, Sr. Presidente, construímos uma estrada acompanhando o rio Parnaíba, que não separa, mas que une o Piauí ao Maranhão. Então, a estrada, que sai de Teresina, passando por José de Freitas, Cabeceiras do Piauí, Barras, Batalha, Esperantina, Joaquim Pires e Buriti dos Lopes, chega à Parnaíba. É a estrada estadual que está permitindo o fluxo do turismo.
Esse é o nosso apelo. Como homem do Nordeste, lembro-me da Bahia, da Bahia mãe de todos nós, da Bahia sede da nossa primeira capital. Lá, sabiamente, o povo baiano certa vez chamou um de seus governos de vagareza. Que isso não aconteça neste Governo, que ele não seja chamado de vagareza II por não trazer ao povo brasileiro aquilo que está escrito em nossa bandeira: ordem e progresso.