Discurso durante a 16ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Necessidade de apuração do conflito entre manifestantes e policiais na Câmara dos Deputados durante a discussão da reforma da previdência.

Autor
José Agripino (PFL - Partido da Frente Liberal/RN)
Nome completo: José Agripino Maia
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
CONGRESSO NACIONAL.:
  • Necessidade de apuração do conflito entre manifestantes e policiais na Câmara dos Deputados durante a discussão da reforma da previdência.
Publicação
Publicação no DSF de 24/07/2003 - Página 19518
Assunto
Outros > CONGRESSO NACIONAL.
Indexação
  • REGISTRO, OBSERVAÇÃO, ORADOR, PROTESTO, CAMARA DOS DEPUTADOS, CRITICA, ATUAÇÃO, AGRESSÃO, SERVIDOR PUBLICO CIVIL, POLICIAL, SISTEMA DE SEGURANÇA, CONGRESSO NACIONAL.
  • CRITICA, CONDUTA, JOÃO PAULO CUNHA, DEPUTADO FEDERAL, PRESIDENTE, CAMARA DOS DEPUTADOS, FALTA, DIALOGO, IMPEDIMENTO, ACESSO, REPRESENTANTE, SERVIDOR PUBLICO CIVIL, REUNIÃO, DISCUSSÃO, REFORMULAÇÃO, PREVIDENCIA SOCIAL, DEFESA, ENCAMINHAMENTO, MATERIA, CORREGEDORIA, APURAÇÃO, MANIFESTAÇÃO, NECESSIDADE, CONTENÇÃO, OMISSÃO, POLITICO, CONGRESSO NACIONAL.

O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL - RN. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. presidente, Srªs e Srs. Senadores, faço apenas uma solicitação porque o assunto é importante e grave.

Antes de me pronunciar como Líder, ouvi a manifestação do Senador Leonel Pavan, que trazia ao conhecimento da Casa fatos desagradáveis que estavam acontecendo na entrada da Câmara dos Deputados. Denunciava S. Exª que servidores estavam sendo espancados.

Tão logo concluí a minha fala, na companhia dos Senadores Arthur Virgílio, Efraim Morais e Jefferson Péres, dirigimo-nos ao local onde supostamente estaria havendo conflito. E era conflito mesmo, Sr. Presidente. Tenho muitos anos de Parlamento e nunca vi uma situação tão tensa. Havia uma tropa de choque no caminho até os manifestantes, homens e mulheres, e não foi fácil nos aproximarmos deles. Durante 15 minutos conversamos com eles e ouvimos seus legítimos reclamos. Eles estavam impedidos de entrar.

Quando voltamos, para ir ao encontro do Deputado João Paulo Cunha, vimos uma multidão aproximar-se do local onde o conflito estava ocorrendo e à frente da multidão, para nossa alegria, estava o Deputado João Paulo Cunha, o qual imaginávamos que estivesse vindo para colocar ordem naquela situação de caos. Para nossa surpresa, no entanto, o Deputado João Paulo Cunha parou no meio do caminho, respondeu de forma atônita a algumas perguntas e retornou.

Iríamos solicitar apenas que S. Exª - nada mais, nada menos - autorizasse, porque isso cabe a S. Exª, o acesso de uma comissão daqueles servidores, que, em tantas outras oportunidades, fizeram até corredor polonês para manifestarem - não agredir, porque isso não é permitido - sua opinião.

Mas o Presidente da Câmara, Deputado João Paulo Cunha, retornou e não teve conosco, pelo menos não comigo, nenhum diálogo. O meu receio é a omissão. Esse é o primeiro dos fatos que ocorrem por ocasião da votação das reformas, e estamos apenas começando a discutir a reforma da previdência em uma subcomissão ou em uma comissão. Se um fato como este não é suficientemente esclarecido e se as autoridades se omitem, o que vai acontecer quando essas matérias vierem à votação no plenário da Câmara dos Deputados e do Senado Federal?

Quero, portanto, solicitar de V. Exª, Sr. Presidente, que determine ao Corregedor que levante todos os fatos para que a omissão não persista nesta Casa.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/07/2003 - Página 19518