Discurso durante a 16ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Ressalta os esforços do Congresso Nacional para a votação do projeto que restringe o porte e a comercialização de armas.

Autor
Lúcia Vânia (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/GO)
Nome completo: Lúcia Vânia Abrão
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
SEGURANÇA PUBLICA.:
  • Ressalta os esforços do Congresso Nacional para a votação do projeto que restringe o porte e a comercialização de armas.
Publicação
Publicação no DSF de 24/07/2003 - Página 19641
Assunto
Outros > SEGURANÇA PUBLICA.
Indexação
  • REGISTRO, ESFORÇO, SENADO, ESPECIFICAÇÃO, SUBCOMISSÃO, SEGURANÇA PUBLICA, TRAMITAÇÃO, PROJETO DE LEI, RESTRIÇÃO, COMERCIO, PORTE DE ARMA, DEFESA, DESARMAMENTO.
  • COMENTARIO, GRAVIDADE, AUMENTO, ADOLESCENTE, VITIMA, HOMICIDIO, ARMA DE FOGO, REDUÇÃO, CRESCIMENTO, POPULAÇÃO, AMPLIAÇÃO, DESPESA, HOSPITAL, SAUDE PUBLICA, EXPECTATIVA, DEBATE, SITUAÇÃO SOCIAL, BRASIL, COMBATE, VIOLENCIA, DEFESA, SEGURANÇA PUBLICA.

A SRª LÚCIA VÂNIA (PSDB - GO. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a votação do projeto que restringe o porte e a comercialização de armas não é uma solução definitiva para a questão de segurança. Mas é um sinal positivo de que esta Casa está firmemente decidida a enfrentar a grave questão do desarmamento.

Muitos foram os passos dados para chegarmos hoje a esse resultado. Quero ressaltar aqui a tramitação em tempo recorde e o trabalho eficiente da Subcomissão de Segurança Pública, presidida pelo Senador Tasso Jereissati.

A sociedade espera de nós respostas ágeis às suas demandas. Não ficamos indiferentes à dor das famílias que perderam entes queridos por balas perdidas. Como a triste exposição de sapatos que ocupou o gramado do Congresso há dois meses.

E não faltou ao Senado vontade política para debater o problema.

Como Presidente da Comissão de Assuntos Sociais e ainda à frente da Comissão da Criança do Adolescente e da Juventude, lembro que os jovens representam 30 milhões de pessoas no Brasil. E que o último Censo do IBGE registrou um crescimento tão significativo do número de mortes violentas, a ponto de ser um inibidor do aumento da expectativa de vida do brasileiro, especialmente do sexo masculino.

Além da dor, saudade e indignação, não ignoramos os custos para o país de tantas mortes prematuras, internações hospitalares e tratamentos provocados pelas armas de fogo. Sim, porque elas não só matam, como deixam legiões de incapacitados e mutilados, com um custo social. A queda de produtividade gerada pela perda da força de trabalho causada por armas de fogo já consome 10% do PIB do Brasil.

Sem contar a falta de esperança que atinge o jovem das comunidades onde a violência armada faz parte da rotina. Sem direito a um bom desempenho escolar, ou a desenvolver valores da cidadania, desfrutar de acesso ao lazer, atividades físicas e culturais.

Abrimos hoje uma oportunidade para o debate construtivo sobre o controle de armas no Brasil.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, esta Casa continua a ser o Fórum para o consenso. Aqui, apesar das diferenças de opinião e de interesses, se busca resolver conflitos sem violência. Temos capacidade de expor e contrapor argumentos. Dispomos de razão e sensibilidade para defender idéias e propostas. E chegar à solução mais adequada e justa para nosso País.

Muito obrigada.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/07/2003 - Página 19641