Pronunciamento de José Sarney em 06/08/2003
Fala da Presidência durante a 91ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Apelo à pacificação dos ânimos na discussão e votação da reforma da Previdência
- Autor
- José Sarney (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AP)
- Nome completo: José Sarney
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Fala da Presidência
- Resumo por assunto
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LEGISLATIVO.:
- Apelo à pacificação dos ânimos na discussão e votação da reforma da Previdência
- Publicação
- Publicação no DSF de 07/08/2003 - Página 22474
- Assunto
- Outros > LEGISLATIVO.
- Indexação
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- NECESSIDADE, PACIFICAÇÃO, CONDUTA, CONGRESSISTA, DISCUSSÃO, PREVIDENCIA SOCIAL, COOPERAÇÃO, MODERAÇÃO, DIALOGO, SOLUÇÃO, DIVERGENCIA, OBJETIVO, MANUTENÇÃO, LIBERDADE, DEMOCRACIA, FUNCIONAMENTO, INSTITUIÇÃO DEMOCRATICA.
O SR. PRESIDENTE (José Sarney) - Antes de passarmos à leitura do Expediente e à votação dos projetos que constam da pauta de hoje, devo algumas palavras ao Senado e às Srªs e Srs. Senadores sobre os lamentáveis acontecimentos desta tarde, que mostram a vulnerabilidade do funcionamento das nossas dependências.
Quero fazer, assim, uma exortação à pacificação dos ânimos, à discussão democrática de nossas divergências e ao equilíbrio. Não podemos nunca esquecer, em face de qualquer agressão, que o Poder Legislativo é um Poder desarmado, não tem forças, nem condições de reações imediatas a qualquer tipo de violência. Muitas vezes, foi vitimado pela violência institucional, mas não pode ser vitimado pela insensatez.
Sem o Congresso, Srªs. e Srs. Senadores, não há democracia, sem democracia não há liberdade, e, sem liberdade, o cidadão simplesmente não existe. Quando a liberdade é desordem, as instituições desmoronam. E aqui o Congresso Nacional é o coração da democracia. Ferir o Congresso é ferir a casa do próprio povo, é ferir o coração do próprio povo, no qual ele manifesta, da maneira mais livre, a sua soberania.
No Parlamento e do Parlamento, o povo brasileiro conquistou e conquista seus direitos fundamentais. O seu funcionamento é, portanto, um direito do próprio povo e um dever do nosso mandato.
Peço, assim, a todos os Parlamentares um esforço à moderação, ao diálogo e à busca da paz política. Nunca a exacerbação foi boa conselheira nem solução para nada.
Assim, penso que expresso o pensamento de todos. Ninguém entenderia o meu silêncio de lamentar os episódios desta tarde. E que suas cicatrizes não perturbem a tranqüilidade do País nem a nossa caminhada na melhoria institucional.