Discurso durante a 92ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Congratulações às organizações Globo pela publicação de sua autoria sob título "Informar. Entreter. Educar. Mobilizar - Responsabilidade Social nas Organizações Globo".

Autor
Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
TELECOMUNICAÇÃO.:
  • Congratulações às organizações Globo pela publicação de sua autoria sob título "Informar. Entreter. Educar. Mobilizar - Responsabilidade Social nas Organizações Globo".
Publicação
Publicação no DSF de 08/08/2003 - Página 22679
Assunto
Outros > TELECOMUNICAÇÃO.
Indexação
  • REGISTRO, PUBLICAÇÃO, TEXTO, ANALISE, ATUAÇÃO, REDE DE TELECOMUNICAÇÕES, DESENVOLVIMENTO, PROGRAMA, RESPONSABILIDADE, NATUREZA SOCIAL, COMENTARIO, IMPORTANCIA, ENTIDADE, JORNAL, RADIO, TELEVISÃO, INTERNET.
  • ELOGIO, PROGRAMAÇÃO, TELEVISÃO, REDE DE TELECOMUNICAÇÕES, QUALIDADE, DIVULGAÇÃO, INFORMAÇÕES, LAZER, EDUCAÇÃO, CIDADANIA, AMBITO NACIONAL.

O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, recebi, há poucos dias, exemplar da publicação Informar.Entreter.Educar.Mobilizar - Responsabilidade Social nas Organizações GLOBO.

            Uma publicação que, acima de tudo, nos faz refletir sobre o papel desempenhado pelas Organizações Globo em nosso País e, conseqüentemente, sobre sua importância para a população brasileira.

De fato, as Organizações Globo representam o maior grupo de empresas de mídia, comunicação e entretenimento do Brasil.

A começar, é claro, pela Rede Globo, a maior rede de TV de nosso País e uma das maiores do mundo, com 5 emissoras próprias e 108 afiliadas; uma rede que, cobrindo quase 100% do território nacional, é líder incontestável de audiência; uma rede que tem 73% de sua programação produzida aqui mesmo, no Brasil, e que exporta seus programas para mais de 130 países.

Mas a Rede Globo, Sr. Presidente, apesar de sua grande visibilidade, é apenas o carro-chefe, é tão-somente uma das empresas do grupo.

Há que se destacar diversas outras:

- a Infoglobo, que edita os jornais O Globo, O Globo On Line, Extra e Diário de São Paulo;

- a Editora Globo, que edita revistas semanais, como a Época, e mensais, como Pequenas Empresas Grandes Negócios e Globo Rural, além das revistas em quadrinhos da Turma da Mônica, livros, fascículos e kits multimídia;

- o Sistema Globo de Rádio, constituído por 12 emissoras AM e FM próprias, além da Rede Globo de Rádio, com 12 emissoras afiliadas, e da Rede CBN, com 18 afiliadas;

            - a Globo.com, portal horizontal da Internet para entretenimento, informação e educação;

- a Globosat, programadora de canais para TV por assinatura, distribuídos pelos sistemas Net e Sky;

- e a Som Livre, empresa fonográfica e de comercialização de discos e fitas.

Isso sem contar a atuação coligada das Organizações Globo em outros empreendimentos, como os próprios sistemas Net e Sky, o jornal Valor Econômico e a gráfica e editora Globo Cochrane.

Ocorre, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, que as Organizações Globo não teriam atingido tal magnitude, não estariam de tal maneira entranhadas no coração da sociedade brasileira, se não tivessem, antes de tudo, um compromisso social.

E é esse compromisso social, essa responsabilidade assumida com o cidadão brasileiro, que julgo oportuno destacar neste momento.

Um compromisso, Sr. Presidente, que se inicia com a qualidade da informação. O que se nota, no jornalismo praticado pelas Organizações Globo, é a preocupação tanto com a investigação e a denúncia como com a busca de soluções.

Somente em 2002, por exemplo, o Jornal Nacional exibiu quinze séries sobre temas como corrupção, falsas clínicas para dependentes químicos, terceira idade e o Brasil que produz, enquanto o Jornal Hoje exibiu dez séries sobre assuntos como drogas na adolescência, relacionamento entre pais e filhos e novos métodos de educação. 

Por outro lado, foi a intensa cobertura do assassinato do jornalista Tim Lopes feita pela TV Globo que nos levou a avaliar com mais profundidade o poder do narcotráfico. Da mesma forma, uma série de cadernos especiais do jornal O Globo desvendou a indústria da pirataria, que faz o setor público perder dez bilhões de reais por ano em impostos.

É evidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, que esses são apenas alguns exemplos. Seria cansativo fazer uma descrição mais abrangente das incontáveis ocasiões em que a informação prestada pelas Organizações Globo mostrou-se útil à sociedade brasileira.

Poderíamos, entretanto, tomar como símbolo da importância de tal informação a cobertura das eleições de 2002. Naquele momento, quando o Brasil realizava a maior eleição de sua História, com 115 milhões de eleitores e 16 mil candidatos, uma série ampla e diversificada de entrevistas, debates e reportagens fez com que a população brasileira, seguramente, pudesse dirigir-se com mais consciência ao local de votação.

Um segundo aspecto a ser considerado, logo após a informação - e não poderia ser diferente num grupo de comunicação com as características das Organizações Globo -, é o do entretenimento.

Nesse sentido, basta lembrar que a Rede Globo produz cerca de 2.500 horas de programação de entretenimento por ano, o que equivale a 1.600 filmes de longa-metragem.

E vale destacar, Sr. Presidente, que essa programação de entretenimento traz embutido o cuidado com a transformação social. 

Por exemplo: sempre que possível, os autores incorporam, à trama das novelas, temas de relevância social. Foi dessa maneira que, em O Clone, se fez um notável alerta sobre a questão das drogas e se suscitou amplo debate sobre os limites éticos da ciência; foi dessa maneira que, em Laços de Família, se tratou da doação de medula; foi dessa maneira que, em O Beijo do Vampiro, se fez o merchandising social da doação de sangue; e é dessa maneira que, em Mulheres Apaixonadas, se aborda a questão da violência contra as mulheres e contra os idosos.

Ademais, muitas vezes essas ações são potencializadas pela abordagem dos respectivos temas em outros veículos e empresas do grupo. De modo que, mesmo ao simplesmente entreter, as Organizações Globo mantêm a preocupação com sua responsabilidade social.

Um terceiro aspecto sempre presente, ao lado da informação e do entretenimento, é o da educação.

Aqui, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, bastaria citar a Fundação Roberto Marinho, criada em 1977 com o objetivo de contribuir para a solução dos problemas educacionais da população brasileira, e que, em 2002, recebeu o Prêmio Unesco, na categoria Educação, pelos projetos desenvolvidos em seus 25 anos de existência.

É a Fundação Roberto Marinho que mantém, em parceria com a Fiesp, o Telecurso 2000, que, desde 1995, oferece nova oportunidade àqueles que não puderam concluir seus estudos no tempo apropriado.

Todos conhecemos, também, o canal Futura, resultado de parceria com diversas outras instituições privadas. Criado em 1997, é o primeiro canal privado de TV, no Brasil, totalmente dedicado à educação.

Há que se destacar, ainda, a forte participação das Organizações Globo na preservação de nossos patrimônios histórico, artístico e ambiental. Por exemplo: os projetos de recuperação do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e da igreja matriz de Santo Antônio, em Tiradentes.

Por fim, Sr. Presidente, existe um quarto aspecto a ser considerado: o de mobilização da sociedade.

Já fazem parte da paisagem brasileira programas de mobilização como o Criança Esperança, que desde 1986, em parceria com o Unicef, arrecada fundos e conscientiza a população para as questões da infância e da adolescência; ou como a Ação Global, um mutirão nacional, feito em parceria com o SESI, para prestação de serviços básicos de cidadania à população de baixa renda.

E não são poucas as ações de estímulo ao voluntariado, como o Amigos da Escola, que mobiliza dezenas de milhares de voluntários para a prestação de serviços em escolas públicas; ou de comunicação comunitária, como a Rádio Viva Rio, voltada à articulação das comunidades carentes do Estado do Rio de Janeiro.

Bem, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, todos sabemos que haveria mais, muito mais ainda, a dizer sobre a atuação das Organizações Globo.

Não obstante, o tempo é nosso censor.

Resta-me, portanto, parabenizar seus dirigentes e funcionários pela excelência dos trabalhos até hoje desenvolvidos e desejar, sinceramente, que possam seguir contribuindo para a grandeza e para o reconhecimento internacional de nosso País.

Muito obrigado!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/08/2003 - Página 22679