Discurso durante a 103ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Defesa da indicação do nome do diplomata Sérgio Vieira de Mello ao Prêmio Nobel da Paz.

Autor
Pedro Simon (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RS)
Nome completo: Pedro Jorge Simon
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Defesa da indicação do nome do diplomata Sérgio Vieira de Mello ao Prêmio Nobel da Paz.
Aparteantes
Edison Lobão.
Publicação
Publicação no DSF de 23/08/2003 - Página 24844
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • JUSTIFICAÇÃO, PROJETO DE LEI, AUTORIA, ORADOR, INDICAÇÃO, SERGIO VIEIRA DE MELLO, DIPLOMATA, PREMIO, PAZ.
  • HOMENAGEM POSTUMA, SERGIO VIEIRA DE MELLO, DIPLOMATA, ELOGIO, VIDA PUBLICA, EMPENHO, DEFESA, PAZ.

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, volto a esta tribuna para defender o projeto que apresentei para que o Senado Federal aprove uma moção endereçada aos organizadores do Prêmio Nobel, indicando Sérgio Vieira de Mello como candidato ao Prêmio Nobel da Paz deste ano.

Alguém havia nos informado que o Prêmio Nobel não era concedido post mortem, e, por conseguinte, não seria possível. Fui verificar e soube que existem antecedentes. Um presidente da ONU, no exercício do cargo de presidente da ONU, morreu num desastre de aviação e recebeu o Prêmio Nobel da Paz post mortem.

Nessas condições, parece-me que dificilmente se encontrará alguém que reúna melhores condições para ocupar a posição de Prêmio Nobel da Paz, neste ano, do que o ilustre cidadão do mundo Sérgio Vieira de Mello.

É interessante como a vida mexe com as pessoas e com os destinos, e como nem sempre aquilo que imaginamos é o que termina acontecendo.

Sérgio Vieira de Mello era filho de um embaixador brasileiro que, a rigor, preparou-o para também ser embaixador. Andou com o pai por vários países do mundo e seria natural o concurso para o Itamaraty. É verdade que seu pai foi cassado pela revolução e ele não seguiu os caminhos do Itamaraty. Vejam V. Exªs, ingressou na diplomacia por via indireta. Ele não foi um representante diplomata brasileiro, mas, desde muito tempo, trabalhou na ONU, serviu e se dedicou àquilo que o transformou num cidadão do mundo.

Olhando a sua biografia, ficamos impressionados com a maneira como ele coordenava os casos mais variados, dramáticos e difíceis, e ficamos a estranhar o êxito com que ele desenvolvia todas essas missões.

Ele foi escolhido pelo Secretário-Geral da Organização, Kofi Annan, em maio deste ano, para representante especial para o Iraque por um período que, inicialmente, seria de quatro meses, mas que logo seria prorrogado.

É interessante a frase que disse: “Não vi sentido algum em seguir a carreira no Itamaraty, naquele momento.”

Foi nomeado Chefe do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, seu último posto, no dia 12 de setembro de 2002, quando a Assembléia-Geral das Nações Unidas aprovou a indicação do Secretário-Geral Kofi Annan. Como funcionário, permaneceu no Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados de 1969 a 1996. Sua extensa experiência em operações humanitárias e de manutenção da paz, seja no escritório em Genebra ou atuando em trabalho de campo - que o fascinava - fez com que se destacasse internacionalmente.

Desenvolveu missões difíceis em Bangladesh, Sudão, Chipre, Moçambique e Peru. Esteve no Líbano entre 1981 e 1983, durante a invasão israelense, como assessor das Forças de Paz da ONU. Foi nomeado também Enviado Especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, no Camboja, e Diretor de Repatriação da Autoridade Provisória das Nações Unidas. Ocupou, em seguida, diversos postos de direção, em Genebra, antes de ser nomeado, em 1994, Diretor da Força de Proteção a Civis na ex-Iugoslávia, em plena guerra civil.

Em 1996, atuou como Coordenador Regional de Assuntos Humanitários das Nações Unidas para a região dos Grandes Lagos, na África, após o genocídio de Ruanda. Desenvolveu, nesse período, uma grande atração pelo continente africano, simpatia que se estendeu à Ásia quando passou dois meses de férias no Vietnã.

O êxito obtido em missões complexas e de natureza sensível fez com que Viera de Mello fosse indicado, em outubro de 1999, para o cargo que o tornou um nome de grande prestígio popular em todo o mundo: administrador da transição de Timor Leste, ex-colônia de Portugal anexada pela Indonésia, para a independência e a democracia. Ficou amigo de Xanana Gusmão, o carismático líder daquele país, que teve, em sua fundação, a presença decisiva do brasileiro.

Sérgio Vieira de Mello, 55 anos, nasceu no Rio de Janeiro em 15 de março de 1948, onde ainda moram sua mãe, dona Gilda, de 83 anos, e a única irmã, Sônia. Estudou na França, onde recebeu o título de doutor em Filosofia e Ciências Humanas pela Universidade de Sorbone, Paris. Foi casado com uma francesa e era pai de dois filhos, Laurent e Adrian, que moram em Genebra.

Sérgio Vieira de Mello, no auge de sua carreira, morreu como um herói da paz, em plena atividade, em seu posto de trabalho.

A imprensa se manifestou, em manchetes, ao redor do mundo, como essas: “Mundo presta homenagem a Sérgio Vieira de Mello”; “Papa pede o fim da violência após o atentado de terça-feira”; “Vieira de Mello era um especialista em direitos humanos” (Le Monde); “Vieira de Mello era um homem habituado aos conflitos” (El País); “Vieira de Mello era um exemplo raro de embaixador” (New York Times); “Vieira de Mello foi um dos mais talentosos embaixadores da ONU” (Financial Times); “Indonésia lamenta morte de Vieira de Mello”; “Vieira de Mello falou pelo celular com assessor e pediu água”.

Os jornais brasileiros deram destaque ao atentado com as seguintes manchetes: “Atentado mata no Iraque o herói brasileiro da paz” (Jornal do Brasil); “Ataque com bomba em Bagdá mata brasileiro chefe da ONU” (Folha de S.Paulo); “A morte do brasileiro da paz” (Zero Hora); “Terror mata diplomata brasileiro, humilha a ONU e afronta os EUA” (Correio Braziliense); “Guerra à paz” (O Globo).

Por sua dedicação às causas humanitárias e à democracia, por seu amor aos povos oprimidos pela guerra, nos mais diferentes e distantes pontos do planeta, Sérgio Vieira de Mello se transformou, com seu sacrifício, em Mártir da Paz e Mártir da Justiça, por isso defendemos o seu nome para o Prêmio Nobel da Paz de 2003.

Sr. Presidente, acho emocionante a vida desse cidadão. Volto a repetir que o destino reserva às pessoas algo a que, talvez, elas não imaginem chegar.

Esse homem se transformou num profissional da paz. As atuações burocráticas na Embaixada e nos negócios comerciais não eram a sua especialidade. A sua especialidade era ir aos lados mais conflitantes, como em Kosovo, na hora mais difícil e dramática, para buscar o entendimento. E o encontrava, bem como a paz. E fazia o entendimento.

Esse homem morreu e isso é algo que tem que ser analisado com a profundidade que merece. Esse homem não morreu a serviço do Brasil, ele não estava servindo o seu País. A rigor, ele não morreu a serviço da ONU, não morreu num serviço pessoal, mas numa causa dedicada à paz da humanidade. Morreu em defesa de uma causa que, desgraçadamente, neste terceiro milênio que começamos tão tristemente, estamos longe de alcançar. Esse homem era um amante da paz.

É interessante que ele foi sempre contra a intervenção dos Estados Unidos no Iraque. É interessante que ele defendia, em uma última entrevista antes de morrer, que as tropas americanas deviam se retirar o mais breve possível do Iraque, e que forças de paz deveriam estar ali. Dizia ele: “Como é que eu me sentiria sabendo que tropas e tanques invasores estavam na praia de Copacabana? É assim que se sentem os iraquianos”. Ele defendia essa tese e se esforçava nesse sentido.

Apesar de lá estarem os americanos, ele estava lá em nome da ONU, com a equipe da ONU, tentando fazer a transição, preparando o caminho para o afastamento das tropas americanas do Iraque e a entrada das forças internacionais de paz. Esse era o seu trabalho. Esse era o seu esforço.

O impressionante é que ele sai como herói de todos os lugares por onde passa. Na independência da antiga colônia portuguesa, quando, depois de uma luta interminável, Portugal conseguiu dar a independência, foi ele quem fez todo o diálogo, todo o entendimento para que isso fosse feito de forma pacífica. O mesmo não aconteceu em outras colônias que se tornaram independentes. Ali, não, pois ele conseguiu, com paz, com alegria, com tranqüilidade, com respeito, ser o herói da independência, da transformação e da eleição do novo presidente.

É por isso, Sr. Presidente, que, neste mundo, onde temos tão poucas pessoas com o pensamento voltado para o mundo - vejo tão poucas -, tenho respeito pelo Secretário-Geral das Nações Unidas. Vi nele um esforço enorme no sentido de que a ONU fosse a responsável pelos acontecimentos no Iraque, para que não ocorresse isso que foi, não uma guerra, mas um massacre estúpido e desnecessário. Ele lutou no Conselho da ONU e teve a competência de conseguir que até aliados que os americanos tinham como certo, como o Chile, por exemplo, como o México e o Canadá, seus vizinhos, na hora de votarem no Conselho das Nações Unidas, votassem contra a intervenção dos americanos no Iraque. Por isso os americanos largaram a intervenção e partiram diretamente, sem ouvirem o pensamento da ONU.

Nesse contexto todo, Sérgio Vieira de Mello era a pessoa do bom senso, era a pessoa do equilíbrio, era a pessoa do diálogo.

Por isso, Sr. Presidente, este ano começou tão mal, este milênio começou, tristemente, com tantas dificuldades! E nós, que imaginávamos que, com a Queda do Muro de Berlim, com o término do comunismo, com o término da Guerra Fria, com o desaparecimento do Leste Europeu, praticamente teríamos um mundo em paz, sem conflitos maiores, que achávamos que o caminho estava encontrado, verificamos que, na verdade, durante 50 anos, metade da humanidade fez o papel de bobo. Porque todos os conflitos - o Muro de Berlim, a luta contra o comunismo -, tudo aquilo fazia parte de um contexto em que, de certa forma, às vezes, União Soviética e Estados Unidos buscavam os mesmos interesses, buscavam aquele estilo de guerra de conquista, em guerras como a da Coréia e a do Vietnã e nas lutas que travaram, que serviram para aumentar tremendamente os armamentos americanos, modernizar fantasticamente a indústria bélica do mundo e fazer com que, hoje, praticamente, como nunca na História do mundo - nem na época do Império Romano -, o mundo esteja tão monoliticamente ligado a uma nação: a americana.

Em meio a esse contexto, estava o Presidente da ONU, defendendo uma tese. O americano foi lá, e errou, não deveria ter ido. Estão publicados dados, na Inglaterra, de que o Primeiro-Ministro da Inglaterra mentiu, assim como o Secretário americano também mentiu ao dar números e idéias falsas para fazerem o conflito.

O Sr. Edison Lobão (PFL - MA) - Permite-me V. Exª um aparte?

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - Concederei, em breve, o aparte a V. Exª.

Diz-se que terminou a guerra. Mas, se terminou, se eles já ganharam, não provaram. Não encontraram armas, não encontram absolutamente nada. Ficou provado que foi uma estupidez, e que o que a ONU queria fazer - enviar mais pessoas para fiscalizar - teria resolvido pacificamente o problema. A essa altura, o que o nosso Sérgio Vieira de Mello defendia era a retirada das tropas americanas e a entrada das tropas da ONU.

Reparem como, desde a primeira hora até agora, Sérgio Vieira de Mello estava com a grande causa. Era uma pessoa simples, não era vaidoso, nunca veio para o Brasil para receber títulos, para fazer favores. Nós, da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, o convidamos para vir prestar depoimento e ele disse que, se possível, viria, só que não poderia vir antes de ocupar a sua posição no Iraque e ver o que aconteceria lá. Esse homem, com essa singeleza, esse homem simples, esse cidadão do mundo, morreu. Emocionante a frieza e a firmeza até na hora da morte. A bomba explodiu ali onde ele estava, e ele ficou debaixo dos destroços. As vigas quebraram-lhe as pernas e o impediram de caminhar, de se arrastar. Ele conseguiu pegar o telefone celular e se comunicar: “Eu estou aqui. Não consigo me arrastar porque as pernas estão presas”. E até água ele recebeu. Durante duas horas ele esteve ali. Que pensamento, meu Deus, pode passar no cérebro de uma pessoa numa hora como essa! Ali, aos poucos, o telefone parando, a água não vindo mais, as pessoas tentando chegar lá, e, quando chegaram, já era tarde.

Não tenho nenhuma dúvida de que esse homem morreu em paz. Eu não tenho dúvida até pela maneira como ele falou, as palavras que ele falou, os pedidos que fez às pessoas com quem falou. Não eram palavras de ódio nem de revolta, era apenas um apelo no sentido de que, se possível, ele fosse auxiliado, porque ele queria sobreviver.

Pois não, Senador Edison Lobão.

O Sr. Edison Lobão (PFL - MA) - Senador Pedro Simon, não tenho o hábito de aparteá-lo com freqüência. Tenho o hábito de ouvi-lo. Aparteando-o, creio que empalideço o discurso de V. Exª.

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - Não apoiado, Senador, de forma alguma!

O Sr. Edison Lobão (PFL - MA) - Ouvindo-o, aprendo. O que V. Exª hoje propõe é uma medida de extrema justiça no meu entendimento. O Embaixador Vieira de Mello, em verdade, jamais se interessou por aquilo que, no Itamaraty, se chama, jocosamente, de “Circuito Elizabeth Arden”, ou seja, as Embaixadas de Roma, Paris e Londres. Realmente, ele esteve todo tempo a serviço de causas desconfortáveis, sim, mas grandiosas na sua destinação. Vieira de Mello foi, por assim dizer, já pelo relato que faz V. Exª, um peregrino da paz. Ele esteve com o seu diploma de “embaixador itinerante” sempre à disposição das grandes causas da humanidade. O título, portanto, que V. Exª propõe a ele, que teve sua vida imolada em benefício da humanidade, é de extrema justiça. Que ele seja, portanto, considerado merecedor do Prêmio Nobel da Paz. Cumprimentos a V. Exª pela iniciativa. Oxalá ela possa frutificar!

O SR. PEDRO SIMON (PMDB - RS) - Muito obrigado a V. Exª pela gentileza do aparte.

O Secretário-Geral da ONU, ao empossar o brasileiro no cargo de encarregado dos negócios da ONU junto ao Iraque, disse:

Ninguém possui mais experiência neste domínio. Para que possamos nos organizar, ficar operacionais e sermos eficazes imediatamente precisávamos de alguém que fosse capaz de meter mãos à obra e de lançar a operação, na sua fase inicial. Espero que Sérgio tenha o apoio de todos os Estados-membros, e estou certo de que o seu trabalho, com a autoridade da coligação em Bagdá e com todos os outros grupos no Iraque, será frutuoso.

Ao agradecer a indicação, Vieira de Mello responde:

Como todos tão bem sabemos, o povo iraquiano sofreu muito, sofreu demasiado. Chegou a hora de todos nós - os iraquianos, em primeiro lugar, a Autoridade da coligação das Nações Unidas - nos juntarmos para pôr termo ao seu sofrimento e permitir que, como pede a Resolução do Conselho de Segurança, o povo iraquiano tome o seu destino nas suas próprias mãos, o mais rapidamente possível. Não devemos falhar. O respeito pelos direitos humanos constitui o único alicerce sólido da paz e do desenvolvimento sustentáveis.

Não sei, Sr. Presidente, mas, olhando para trás, vemos que pessoas extraordinárias, fantásticas, em momentos importantes e significativos, receberam o Prêmio Nobel da Paz. Mas vejam a coincidência dos fatos: um milênio que imaginávamos ser o da reconstrução iniciou com guerra, com ódio, com violência. Uma pessoa que não está a serviço da pátria ou de seu trabalho, mas do mundo, um cidadão do mundo, sofre um atentado. Na verdade, Sérgio Vieira de Mello era um apóstolo andando pelo mundo onde era chamado, onde a liberdade estava em dúvida, onde os problemas sociais eram questionados, onde era necessária a presença do equilíbrio e do bom-senso.

Sérgio Vieira de Mello, em nome da ONU, era um apelo à paz. E o interessante é que a ONU, dividida entre americanos e ingleses, de um lado, e franceses e alemães, de outro, se uniu em torno de Sérgio Vieira de Mello. Todos foram unânimes em dizer que a escolha dele foi a mais feliz possível. E coisa estranha, Sérgio Vieira de Mello era a esperança do Iraque para que as tropas americanas se retirassem, para que se revivesse o clima de paz, e foi morto exatamente ele, talvez a pessoa que o povo iraquiano e árabe, na minha opinião, menos desejasse que sofresse o atentado.

Não tenho dúvida de que o exemplo dele servirá muito para todos nós. Por isso, Sr. Presidente, não é com a vaidade de ser brasileiro - seria até ridículo da minha parte -, não é em nome do povo brasileiro, porque acho o cidadão é da Humanidade, é que estamos indicando para Prêmio Nobel da Paz um cidadão do mundo, um cidadão que caiu, que tombou, lutando pela paz, mas não ocasionalmente. Foi um homem que lutou pela paz permanentemente. Foram 40 anos de vida. Onde havia problema, drama, dificuldade, necessidade, lá estava ele. Por isso, penso que justiça farão os responsáveis pela indicação do Prêmio. E, em meio à tristeza, as festas pela indicação e pela recepção do Prêmio pelos filhos serão, talvez, o momento de reconstrução. E, talvez, neste milênio, que ainda não teve um instante de paz e de reconstrução, seja a primeira semente lançada para o milênio que desejamos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

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DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. SENADOR PEDRO SIMON EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inseridos nos termos do art. 210 do Regimento Interno.)

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Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/08/2003 - Página 24844