Discurso durante a 105ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Louva a firmeza com que o presidente da República e o ministro da Defesa reprimiram os que queriam responsabilizar o governo anterior pelo acidente ocorrido na base de Alcântara. (como Líder)

Autor
Jefferson Peres (PDT - Partido Democrático Trabalhista/AM)
Nome completo: José Jefferson Carpinteiro Peres
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. POLITICA CIENTIFICA E TECNOLOGICA.:
  • Louva a firmeza com que o presidente da República e o ministro da Defesa reprimiram os que queriam responsabilizar o governo anterior pelo acidente ocorrido na base de Alcântara. (como Líder)
Publicação
Publicação no DSF de 27/08/2003 - Página 25059
Assunto
Outros > HOMENAGEM. POLITICA CIENTIFICA E TECNOLOGICA.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, VITIMA, EXPLOSÃO, CENTRO DE LANÇAMENTO DE ALCANTARA (CLA), COMENTARIO, GRAVIDADE, PERDA, TECNICO EM ATIVIDADES AEROESPACIAIS, DESENVOLVIMENTO TECNOLOGICO, BRASIL.
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, JOSE VIEGAS, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DA DEFESA, REPUDIO, DECLARAÇÃO, IMPUTAÇÃO, GESTÃO, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, RESPONSABILIDADE, DESASTRE, CENTRO DE LANÇAMENTO DE ALCANTARA (CLA), MOTIVO, ANTERIORIDADE, FALTA, RECURSOS, POLITICA AEROESPACIAL.
  • CRITICA, TENTATIVA, BUSCA, RESPONSAVEL, DESASTRE, CENTRO DE LANÇAMENTO DE ALCANTARA (CLA), ESPECIFICAÇÃO, ACUSAÇÃO, PAIS ESTRANGEIRO, ESTADOS UNIDOS DA AMERICA (EUA), DEFESA, RETOMADA, DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO, DESENVOLVIMENTO TECNOLOGICO, PESQUISA ESPACIAL.

O SR. JEFFERSON PÉRES (PDT - AM. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, uso a palavra para um breve pronunciamento, embora tardio, porque aqui não me encontrava quando ocorreu o desastre na Base de Alcântara. Quero exprimir o pesar do PDT pelo infausto acontecimento e a solidariedade do Partido com os parentes das vítimas e com toda a comunidade científica brasileira, que sofreu um golpe com a perda daquela qualificadíssima equipe de técnicos, acontecimento que, além da perda de vidas, resultará no atraso, de alguns anos, do programa espacial brasileiro.

Aproveito para louvar o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Ministro José Viegas pela presteza e firmeza com que repeliram os que, no Governo, açodadamente, queriam atribuir o desastre à falta de recursos e, portanto, ao Governo passado. Ao mesmo tempo em que se procuram culpados, como sempre, Sr. Presidente, tenta-se tirar proveito político para responsabilizar os outros governantes. Contudo, o Presidente da República e o Ministro da Defesa repudiaram essa versão.

É inútil buscar culpados, Sr. Presidente. Aconteceu. Foi um acidente. Se houve falha mecânica ou humana, não importa. Isso acontece e já aconteceu em todos os programas espaciais. Todos se lembram dos acidentes no começo da corrida espacial americana e até posteriormente, com a tragédia do Colúmbia. Assim também ocorreu com a antiga União Soviética e em todos os lugares em que há pesquisas espaciais. Portanto, não é o malogro de três lançamentos no Brasil que nos fará renunciar a esse programa tão importante para o nosso progresso científico e tecnológico.

Ainda com relação ao acidente em Alcântara, considero até engraçado que, na busca de culpados, já esteja surgindo nos jornais uma versão que beira à paranóia, ou seja, de que teria sido sabotagem estrangeira. Quando se pensa em sabotagem estrangeira, o dedo acusador aponta, como sempre, para os Estados Unidos, o demônio de plantão de todo o universo. Sr. Presidente, até imagino a cena: o Presidente George W. Bush deve ter chamado à Casa Branca, alguns meses atrás, o Secretário de Estado, Colin Powell, a Conselheira de Segurança Nacional, Condoleezza Rice, e o Diretor-Geral da CIA. Extremamente preocupado com o avanço tecnológico do Brasil no campo do lançamento de mísseis, deve ter determinado àquelas autoridades que constituíssem um grupo especial de espiões para virem a Alcântara sabotar o programa brasileiro. Sr. Presidente, quem quiser acredite nisso. Cada um acredita no que quiser. Só tenho a dizer o seguinte: se ridículo matasse, haveria mortandade neste País!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 27/08/2003 - Página 25059