O SR. VALMIR AMARAL (PMDB - DF. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, hoje ocupo esta tribuna com muita alegria.

O Governo Lula deu um passo que considero dos mais importantes para o desenvolvimento da região central brasileira. Quero referir-me à criação da Agência de Desenvolvimento do Centro-Oeste.

Como já disse, os passos iniciais foram dados com a criação do grupo de trabalho coordenado pelo Ministério da Integração Nacional e que contará com o apoio de outros ministérios e também de representantes dos governos estaduais.

Decreto nesse sentido foi assinado pelo Presidente Lula e publicado no Diário Oficial da União do dia 16 de setembro de 2003. Pela proximidade com os eventos ocorridos no dia 12 passado, em Jataí, e aqui, no plenário do Senado, vejo isso até como uma homenagem a Juscelino Kubitscheck, pelo sentido empreendedor da ação tomada pelo Governo Federal.

É um grupo de trabalho que buscará uma discussão ampla. Serão convidados especialistas, técnicos, setores vinculados ao meio-ambiente, enfim, todos aqueles ligados direta ou indiretamente com a discussão da política socioeconômica do Centro-Oeste.

Há muitos pontos a serem discutidos. A gestão do FCO, Fundo Constitucional do Centro-Oeste, é uma delas.

Quero aqui, antes de qualquer coisa, acrescentar que confio no Presidente da República e acredito que o Brasil está melhorando, e a atitude de se criar a Agência de Desenvolvimento do Centro-Oeste é uma prova de sua competência e da sua busca por um País melhor para todos os brasileiros.

Talvez a incumbência da coordenação desse grupo de trabalho caiba ao Ministério da Integração Nacional por ser ele hoje o responsável pelo gerenciamento do FCO, que deverá dispor de seiscentos milhões de reais (R$600.000.000,00) para serem aplicados na nossa região.

Tenho certeza de que encontrarão a melhor forma para a gestão desse fundo. Mas o tema principal da discussão não deve ser quem deve ou não gerir os recursos do FCO.

Devemos, sim, dar crédito a esse grupo. Acredito que a discussão começou e o prazo de 60 dias é tempo adequado para o grupo se reunir e encontrar uma solução viável e prática.

Os problemas sociais e econômicos de nossa região serão amplamente discutidos, e temos uma vantagem: aqui não só é a Região Centro-Oeste, mas o centro político do Brasil.

De tal modo que os técnicos, políticos, enfim, a maioria dos envolvidos nessa discussão já possui bagagem sobre o assunto, ora por participar de trabalhos semelhantes para outras regiões, ora por entender como deve funcionar um órgão de tamanha importância.

Estaremos aqui para discutir o assunto com a independência inerente a cada um, com as convicções pessoais e políticas. Da minha parte, o apoio é total a mais essa iniciativa do Presidente Lula.

Mesmo porque foi uma atitude lúcida, de um Presidente que está mostrando competência e firmeza na condução de um País como o Brasil, em um cenário mundial controverso e passando por transformações de toda espécie.

Atos como esses, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, direcionados para um sistema administrativo melhor, mostram que a postura política do Presidente Lula busca soluções reais para o engrandecimento do Centro-Oeste brasileiro e do Brasil.

Tenho certeza de que os Senadores Paulo Octávio e Eurípedes Camargo também estão atentos a essa discussão. Abro um espaço aqui para dizer que a Bancada do Distrito Federal está unida pelo bem de Brasília.

Não tenho a menor dúvida de que o Distrito Federal conta, hoje, com uma bancada, tanto no Senado como na Câmara dos Deputados, que consegue fazer com que as diferenças não prejudiquem o entendimento, o desejo de fazer a coisa certa, de encontrar o melhor caminho.

Representando, nesta Casa, o Distrito Federal, acredito estarmos em um excelente momento político, daí a minha alegria.

Estou à disposição para trabalhar, para sugerir, para ouvir, para participar das reuniões, e acompanharei a evolução dos trabalhos com a certeza de que encontraremos um resultado viável e prático, à altura das necessidades de nossa região.

Parabéns ao Presidente Lula.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.