O SR. GERSON CAMATA (Sem Partido - ES. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, foi durante o século XX que a comunicação social ganhou as características que hoje a conformam, impondo-se como instância essencial na intermediação das relações entre o Estado e a sociedade e, em uma visão mais ampla, da vida mesma das nações.

A aceleração do desenvolvimento científico e tecnológico, experimentada durante todo o século passado, trouxe decisivas alterações para o universo da comunicação - e aqui podemos citar a modernização dos jornais, concorrendo com o advento do rádio, da televisão e do satélite e, nos últimos anos, com a Internet. Por meio de seus vários veículos, a comunicação social passou a atuar, em muitas ocasiões, como o mais importante porta-voz das vontades e expectativas dos diversos segmentos sociais.

A comunicação conquistou também a posição de um dos mais decisivos vetores da transformação da sociedade, consolidando um papel na vida contemporânea de tal relevância que hoje seria impensável um mundo sem veículos de comunicação social atuando de forma independente. E isso, não somente pelo aspecto da informação, mas também da formação e do estabelecimento de tendências comportamentais e de oportunidade de negócios.

Na realidade, as mídias detêm no mundo moderno uma função de extrema importância para o próprio funcionamento e aprimoramento da democracia.

Faço essa rápida introdução, Sr. Presidente, para prestar uma também breve, mas entusiasmada homenagem ao jornal A Gazeta, de Vitória, que, para orgulho de todo o povo capixaba, está comemorando seus 75 anos.

São sete décadas e meia de lutas e conquistas, no acompanhamento pari passu do desenvolvimento do Espírito Santo, sobressaindo-se a formidável capacidade de retratar de forma fiel, crítica e independente o cotidiano de nosso Estado, nos seus bons e maus momentos; evidenciando nossas múltiplas realidades para que os líderes e a sociedade capixabas, dos grandes centros às pequenas comunidades, tomem, juntos, as atitudes requeridas em favor do bem-estar coletivo.

Hoje, tendo como âncora o jornal A Gazeta, o Espírito Santo conta com o admirável complexo de comunicação denominado Rede Gazeta - e registro isso com muita satisfação para todo o Brasil -, integrada ainda por emissoras de rádio e televisão e um dinâmico portal na Internet, este último oferecendo a audiências amplas, em nosso País e, virtualmente, em todo o mundo, informação, lazer e entretenimento.

Quando se fala no jornal A Gazeta é impossível deixar de mencionar o nome de Carlos Fernando Monteiro Lindenberg Filho, carinhosamente chamado, na redação e fora dela, de Cariê. Há quase quarenta anos à frente do jornal, Cariê foi testemunha das inúmeras transformações por que passou a sociedade capixaba; mas foi, sobretudo, o inteligente artífice do compromisso de constante modernização, editorial e gráfica, da nossa A Gazeta, um jornal que, nas últimas décadas, firmou-se como veículo plural, sem comprometimento político-partidário e que, por isso, tem, na atualidade, refletidas em suas páginas as opiniões dos distintos segmentos sociais do Espírito Santo. É exatamente essa tônica de atuação e a sintonia com a sociedade que garantem a credibilidade, a admiração e o respeito que todos nós capixabas temos para com o nosso principal veículo jornalístico impresso.

Naturalmente, um grande jornal não se faz e mantém sem uma grande equipe perfeitamente afinada. E é isso o que vemos dentro de A Gazeta: um grupo de profissionais de alta competência e idoneidade, unidos pelo ideal de produzir o melhor jornalismo diário dentro do território capixaba e, seguramente, um dos mais confiáveis do País.

Assim, Srªs e Srs. Senadores, juntando talentos, o jornal A Gazeta, sob a madura e sábia inspiração de Maria Antonietta Queiroz Lindenberg, com o braço executivo de Cariê, do diretor-geral Carlos Fernando Monteiro Lindenberg Neto e do editor-chefe Sérgio Egito, A Gazeta escreve a história do Espírito Santo, na privilegiada condição de observador, sujeito e agente das transformações promovidas pelo povo capixaba.

Por tudo isso, ao congratular-me com os dirigentes e funcionários, jornalistas e corpo técnico do jornal A Gazeta, sei que presto uma homenagem à própria sociedade capixaba, que primeiro propiciou as condições para que um grupo jornalístico dessa envergadura fosse capaz de surgir e florescer em nossa generosa terra.

Ainda como forma de registrar a passagem desta data significativa, encaminhei, à Mesa Diretora, requerimento para que seja apresentado formalmente voto de congratulações do Senado Federal à diretoria do jornal A Gazeta.

            Muito obrigado.