O SR. MAGUITO VILELA (PMDB - GO. Para comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, subo hoje a esta tribuna para prestar uma homenagem póstuma a um dos intelectuais mais brilhantes da história de Goiás, o Professor Jerônimo Geraldo de Queiroz, que faleceu na última quarta-feira em Goiânia, vítima de enfarte. Advogado e professor, ele foi reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG) por duas oportunidades.

Natural de Campina Verde (MG), Jerônimo Geraldo de Queiroz chegou a Goiânia em 1952 e deu início à sua atuação na área acadêmica. Passou pela Escola de Enfermagem, Escola de Serviço Social, de Ciências Econômicas, Filosofia e Direito na UFG e na Universidade Católica de Goiás. Por duas vezes, assumiu a Reitoria da UFG, tendo renunciado ao segundo reitorado, durante o regime militar, num gesto de discordância, segundo ele, com o regime. Na época, ele justificou sua saída dizendo que não poderia aceitar a imposição do poder ao saber.

Aos 86 anos, Jerônimo de Queiroz era um exemplo de lucidez e amor pelo trabalho e pela vida. As pessoas mais próximas a ele expressaram surpresa com seu falecimento. Um dos mais antigos representantes da Advocacia goiana, ele se mantinha, até aquele dia, em atividade. O ex-Reitor exerceu o magistério por mais de 50 anos. Era também escritor e membro da Academia Goiana de Letras.

Jerônimo de Queiroz parte e deixa a viúva Celma Afonso Fontoura, com quem estava casado há 60 anos. Ficam também seus cinco filhos, 12 netos e seis bisnetos.

Agradeço, em nome do povo goiano, ao Senador Papaléo Paes, por ter apresentado, a meu pedido e também em meu nome, requerimento de voto de pesar pelo falecimento do querido Professor Jerônimo Geraldo de Queiroz, pela importância que ele teve para a advocacia, a Universidade, a educação e a cultura do Estado de Goiás.

Muito obrigado.