O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, tem razão o Presidente José Sarney. A trajetória de Tancredo Neves foi brilhante, e foi, o tempo todo, acompanhada pela perspicácia, pelo aconselhamento, pela coragem moral e pela solidariedade pessoal de Dona Risoleta Neves. Pessoalmente, vivi a honra de ser seu amigo e amigo de sua família. Meu pai era Líder do Governo de João Goulart no Senado Federal, Tancredo Neves era Líder na Câmara dos Deputados. Eu me acostumei a freqüentar sua casa e a vê-lo freqüentando a minha.

O episódio que culminou com a morte de Tancredo Neves demonstrou ao País a garra de uma mulher que os mais íntimos conheciam. Ela não foi inerte quando Getúlio Vargas renunciou e se suicidou. Ela acompanhou passo a passo a queda de João Goulart. Ela viu, ao lado de Tancredo Neves, o alvorecer do Estado Novo.

Por tudo que representa Dona Risoleta Neves para meus amigos Tancredo Augusto, Breno Neves, meu querido Aécio Neves, para sua filha, por tudo que representa para o País, por tudo que significa para Minas Gerais, a homenagem que se pode prestar neste momento é reconhecer - tanto Tancredo Neves como Milton Nascimento anteviam - que ela também possuía um “coração de estudante”.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.