Pronunciamento de Jonas Pinheiro em 15/10/2003
Discurso durante a 142ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Satisfação com o superávit da balança comercial do setor de agronegócios brasileiro. Premência do implemento de crédito destinado ao financiamento de insumos básicos para a agricultura. (como Líder)
- Autor
- Jonas Pinheiro (PFL - Partido da Frente Liberal/MT)
- Nome completo: Jonas Pinheiro da Silva
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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POLITICA AGRICOLA.:
- Satisfação com o superávit da balança comercial do setor de agronegócios brasileiro. Premência do implemento de crédito destinado ao financiamento de insumos básicos para a agricultura. (como Líder)
- Publicação
- Publicação no DSF de 16/10/2003 - Página 31708
- Assunto
- Outros > POLITICA AGRICOLA.
- Indexação
-
- REGISTRO, DADOS, SUPERAVIT, BALANÇA COMERCIAL, AGRICULTURA, BRASIL, ESPECIFICAÇÃO, AUMENTO, EXPORTAÇÃO, SOJA, ALGODÃO, ANUNCIO, RECURSOS, GOVERNO FEDERAL, INCENTIVO, AGRICULTOR, RENOVAÇÃO, LAVOURA.
- SOLICITAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, COMPLEMENTAÇÃO, RECURSOS, CUSTEIO, AGRICULTURA, MOTIVO, AUMENTO, DEMANDA, ESPECIFICAÇÃO, SITUAÇÃO, ESTADO DE MATO GROSSO (MT).
O SR. JONAS PINHEIRO (PFL - MT. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, as notícias sobre o agronegócio são muito boas.
De janeiro a setembro deste ano, enquanto os outros setores tinham um déficit de US$200 milhões na nossa balança comercial, o setor agropecuário, nesse espaço de nove meses, teve um resultado positivo de US$19 bilhões para o Brasil.
Recentemente, ouvimos comentaristas americanos afirmarem que é possível que a produção da soja americana caia para sessenta e sete milhões de toneladas - já esteve em oitenta milhões de toneladas -, enquanto a do Brasil, que era de trinta milhões de toneladas, há três anos, poderá subir para sessenta milhões de toneladas no próximo ano.
Há cinco anos, o Brasil era vergonhosamente o maior importador de algodão e chegou a gastar US$1 bilhão importando esse produto. Hoje, exportamos algodão de primeira qualidade.
Isso tudo entusiasmou o Brasil e, sobretudo, o Governo Lula, que anunciou ao País que teríamos, para financiamento do agronegócio, R$32,4 bilhões e, para a agricultura familiar, R$5,2 bilhões.
Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, isso tudo animou os agricultores, que engraxaram as suas máquinas, tiraram as suas enxadas do paiol e foram trabalhar, na certeza de que encontrariam facilmente os recursos para renovarem sua lavoura.
Hoje, estamos recebendo do Brasil inteiro a reclamação de que está faltando dinheiro para o custeio agrícola. Analisamos a fundo a situação e, de fato, está. Deve-se fazer justiça, pois o aumento de demanda pelo dinheiro foi muito grande, devido ao entusiasmo pelo agronegócio e pelo financiamento da agricultura familiar. Porém, esses recursos hoje não estão atendendo à vontade do povo brasileiro de produzir alimentos, gerar emprego, gerar renda e, sobretudo, melhorar ainda mais a nossa balança comercial.
Por isso, Sr. Presidente, apelo às Lideranças do Governo e dos Partidos que defendem o Governo no Congresso Nacional para que busquemos esses recursos.
De acordo com os cálculos do Estado do Mato Grosso, em termos de custeio, estão faltando R$200 milhões. É a demanda reprimida para o custeio agrícola naquele Estado. Hoje, com o esforço do Banco do Brasil e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, anteciparam, do mês de dezembro, R$50 milhões para serem aplicados em outubro. Evidentemente, essa foi uma antecipação e não um aumento na cota dos recursos que precisaremos para alimentar o plantio da agricultura do Mato Grosso.
Por isso, o PFL e a Minoria da qual faço parte apelam para a urgência e relevância do assunto. Precisamos resolvê-lo. Muitos produtores prepararam a terra e hoje não têm adubo para fazerem o plantio. Os outros têm o adubo e não têm a semente. Como lembra a eminente Senadora Heloísa Helena, muitos tentaram repactuar suas dívidas, por meio do Procera, Pronaf, Securização, Pesa, Funcafé, Recoop, e ainda estão com essa pendência.
Por isso, Sr. Presidente, aproveitei esses cinco minutos - e agradeço a V. Exª -, para dizer que vamos lutar por isso. Estamos à disposição, como sempre estivemos, para fazer com que o agronegócio seja, de fato, aquele que mais gera empregos, renda, alimentos e sobretudo resultados positivos, superavitários, para a balança comercial brasileira.
Obrigado.