Discurso durante a 143ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre o auxílio prestado pela companhia Vale do Rio Doce à COPALA S/A, Indústrias Reunidas, siderúrgica de pequeno porte, fundada em Belém.

Autor
Duciomar Costa (PTB - Partido Trabalhista Brasileiro/PA)
Nome completo: Duciomar Gomes da Costa
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA INDUSTRIAL.:
  • Considerações sobre o auxílio prestado pela companhia Vale do Rio Doce à COPALA S/A, Indústrias Reunidas, siderúrgica de pequeno porte, fundada em Belém.
Publicação
Publicação no DSF de 17/10/2003 - Página 32803
Assunto
Outros > POLITICA INDUSTRIAL.
Indexação
  • REGISTRO, HISTORIA, INDUSTRIA SIDERURGICA, MUNICIPIO, BELEM (PA), ESTADO DO PARA (PA), PARTICIPAÇÃO, GESTÃO, EMPRESA, EMPREGADO, CRIAÇÃO, EMPREGO, FRETE, COLETA, SUCATA.
  • ELOGIO, ATUAÇÃO, COMPANHIA VALE DO RIO DOCE (CVRD), SOLIDARIEDADE, INDUSTRIA, ESTADO DO PARA (PA), SOLUÇÃO, PROBLEMA, MAQUINARIA, REDUÇÃO, PRAZO, PARALISAÇÃO, ATIVIDADE.

O SR. DUCIOMAR COSTA (Bloco/PTB - PA. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs Senadores, por diversas vezes acorri a esta tribuna, fazendo-me um crítico contundente da Cia. da Vale do Rio Doce. Insurgi-me contra a forma injusta com que são tratados os interesses daquela companhia no Estado do Pará.

Daqui bradei contra seus privilégios fiscais, contra o seu domínio discutível de terras paraenses, contra a implantação do novo Pólo Siderúrgico em terras outras que não as do meu Estado. Enfim, daqui tratei de questões controversas, pertinentes à Vale do Rio Doce em face do Pará, Unidade federativa de onde aufere aquela Companhia a maior parte da matéria prima responsável pelo seu êxito.

Todavia, Sr. Presidente, hoje, venho em missão de paz. Levo à Cia. Vale do Rio Doce meu reconhecimento pela sua solidariedade para com a COPALA - Indústrias Reunidas S/A, Siderúrgica de pequeno/médio porte, fundada em Belém, no dia 20 de abril de 1951.

Uma das indústrias mais tradicionais do Estado, a COPALA é um exemplo de luta pela verticalização da nossa produção mineral. E é o Pará, sem dúvida, uma das maiores reservas de minério do globo.

Com cinqüenta e dois anos de existência, gerando, no momento, 300 empregos diretos e 150 indiretos, a COPALA passou, ao longo de sua trajetória empreendedora, por duros percalços em relação aos quais se soergueu com bravura. Cite-se, a propósito, o esforço conjunto para manter-se em atividade, isto é, indústria/empregados, numa co-gestão exemplar e memorável que a tem mantido em pleno funcionamento, para o orgulho e gáudio dos paraenses.

Mais do que gerar divisas ao Estado do Pará, notabiliza-se o inestimável significado social daquela indústria, pois a COPALA se traduz em fonte de sustento para um grande número de carroceiros, trabalhadores honrados e humildes, coletores de sucata para o fabrico mensal de 1600 toneladas de lingotes de aço, que abastecem Belém.

Pois bem; um maquinário essencial da COPALA, um motor de 850hp foi danificado em setembro próximo-passado, obrigando, assim, a paralisação de suas atividades.

O reparo, só possível numa fábrica do Sul do Brasil, implicaria um prazo de 70 a 90 dias: um claro prejuízo ao Pará, um drama social, em se considerando o contingente de pessoas e respectivas famílias que vivem dos serviços que prestam àquela siderúrgica.

Aí, Sr. Presidente, Srs. Senadores e Srªs Senadoras, é que se ergue o gesto de grandeza da Cia. Vale do Rio Doce. Com presteza, prontificou-se em auxiliar a COPALA, propiciando-lhe um reparo mais ágil do maquinário avariado e um retorno mais rápido às suas atividades industriais.

Desta vez, portanto, aqui estou para aplaudir a Vale. Desta vez, uso a tribuna do Senado Federal para agradecer à Cia. Vale do Rio Doce pelo gesto solidário em benefício, notadamente, do contingente de trabalhadores informais, cuja sobrevivência, bem como a de seus filhos, depende das atividades daquela Siderúrgica.

Hoje, consigno, de público, meus elogios à iniciativa da Cia. Vale do Rio Doce de prestar ajuda a uma indústria que, de certa forma, simboliza a luta do pequeno empresariado para suster-se produzindo, gerando empregos e riqueza no Pará.

A mão que hoje estende a Vale do Rio Doce a uma pequena siderúrgica paraense, oxalá, seja o início de uma série interminável de iniciativas de cooperação mútua entre esta e segmentos importantes da sociedade paraense.

Por enquanto, fica aos Anais desta Casa o registro a que ora procedo, pois que a ética, a justiça, o caráter firme da pessoa humana implicam não só a coragem da crítica dura e necessária, mas também e, sobretudo, a humildade do reconhecimento do acerto.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/10/2003 - Página 32803