Discurso durante a 144ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Homenagem à Medicina pela passagem do Dia do Médico.

Autor
Aelton Freitas (PL - Partido Liberal/MG)
Nome completo: Aelton José de Freitas
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. SAUDE. ENSINO SUPERIOR.:
  • Homenagem à Medicina pela passagem do Dia do Médico.
Publicação
Publicação no DSF de 18/10/2003 - Página 32844
Assunto
Outros > HOMENAGEM. SAUDE. ENSINO SUPERIOR.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA, MEDICO, ELOGIO, ATUAÇÃO, AGRADECIMENTO, PRESENÇA, AUTORIDADE.
  • SOLICITAÇÃO, ATENÇÃO, MINISTERIO DA SAUDE (MS), MINISTERIO DA EDUCAÇÃO (MEC), REFORÇO, ATENDIMENTO, SAUDE PUBLICA, INTERIOR, BRASIL, IMPEDIMENTO, REDUÇÃO, HOSPITAL, SETOR PUBLICO, CAPITAL DE ESTADO, MELHORIA, CONTROLE, QUALIDADE, ENSINO SUPERIOR, MEDICINA.
  • HOMENAGEM, DIA NACIONAL, AGRONOMO, FISIOTERAPEUTA.

O SR. AELTON FREITAS (Bloco/PL - MG. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Mozarildo Cavalcanti, Srªs e Srs. Senadores, Dr. Washington Corrêa, Presidente da Associação Brasileira dos Centros de Diálises e Transplantes - ABCDT; Dr. Pablo Magalhães Chacél, representante do Conselho Federal de Medicina; Dr. Evaldo Carneiro Nogueira, da Clínica Médica de Roraima; Dr. Cláudio Vieira, Secretário-Geral do Conselho Regional de Medicina; Drª. Maria Silva Sucupira, ex-Diretora do Serviço Médico do Senado; médicos do Senado, Dr. Luiz Roberto Magalhães, Dr. Antonio Carlos Amorim, Dr. Lêda Braúna Braga; autoridades médicas - cujos nomes peço desculpas por não mencionar, mas estamos gratos pelas presenças -, brasileiros que acompanham o trabalho desta Casa pela Rádio Senado e TV Senado, como Senador mineiro, para mim, é muito gratificante poder estar aqui, nesta data, em poucas palavras, trazendo nosso reconhecimento por essa classe que muito bem faz aos brasileiros.

É com bastante justiça que o Senado Federal homenageia hoje os profissionais que destinam incansáveis horas de dedicação e carinho, para trazer de volta, muitas vezes, um sorriso no rosto de quem recupera o prazer da vida. Os médicos nacionais merecem todo o nosso respeito, pois não é por acaso que a Medicina brasileira ocupa hoje posição de destaque no cenário mundial.

Impulsionados pela nobre missão de salvar vidas, suas mãos e seus sentidos carregam uma responsabilidade incomparável: crianças, adultos e idosos têm na confiança em um bom médico o socorro previdente nas horas de desespero. A qualquer hora do dia ou da noite, com ou sem condições adequadas de trabalho, sempre, lá estão os médicos se desdobrando contra os limites do corpo.

Aproveito para deixar aqui meus honrosos cumprimentos aos Senadores médicos, que significam 6% do Senado Federal - são cinco médicos. Dedicaram boa parte de suas vidas, com muito boa vontade, aos desafios da Medicina. É evidente que eu, um mero engenheiro agrônomo - e somos apenas dois por enquanto: o Senador Aelton Freitas e o Senador Osmar Dias, do Paraná, em bem menor quantidade do que a classe médica - não tenho conhecimento de causa que os senhores médicos sobre o assunto. Mas eu gostaria de me arriscar a tecer alguns rápidos comentários a respeito da Medicina brasileira.

Sr. Presidente, Srªs e Srs.Senadores, ao celebrar esta data, acho importante fazer um alerta ao Governo Federal, especialmente no que se refere aos Ministérios da Saúde e da Educação. As atuais carências de nossa estrutura hospitalar pública comprometem a eficiência do trabalho dos profissionais da Medicina. Por mais competentes e dedicados que sejam, os médicos não são mágicos nem santos milagreiros - embora tenhamos na Casa um grande Mão Santa - apesar de muitas vezes parecer que fazem o impossível.

Mesmo diante de limitações orçamentárias, o Governo precisa, com todo esforço, encontrar alternativas para incentivar de maneira mais efetiva o fortalecimento das estruturas públicas de saúde do interior do País. Só assim a demanda excessiva das cidades-pólo, que resulta em casos absurdos de falecimentos em filas, poderá ser aliviada. O interiorano não vai às capitais procurar tratamento porque quer, mas, sim, por não ter outra opção.

Entre a teoria e as condições práticas de se fazer existe um vácuo, mas a melhoria do serviço público de saúde tem de estar sempre entre as prioridades e preocupações máximas do Governo, e também de nós, Parlamentares.

Quero ainda, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, registrar a minha preocupação com a proliferação de cursos superiores no País. A formação em Medicina, pelo alto grau de responsabilidade pública da profissão, tem de ser extremamente criteriosa, não admitindo cursos de qualidade duvidosa.

O Ministério da Educação tem de estar atento e vigilante, pois, infelizmente, temos observado pelo País afora inúmeros exemplos de cursos superiores sendo criados apenas para atender a sede mercadológica de empresários. O médico precisa de muito mais do que um diploma para exercer o seu ofício com o brilho e a eficiência de que a sociedade precisa.

Ao encerrar estas breves palavras, reafirmo as minhas homenagens a toda a classe médica brasileira, especialmente aos profissionais que persistem em sua luta, mesmo diante das dificuldades estruturais. O maior presente que nós, da classe política, podemos oferecer é o compromisso com o fortalecimento do setor, dando-lhe condições de salvar, ainda mais e cada vez mais, vidas do nosso povo brasileiro.

Aproveito a oportunidade, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, Srs. médicos aqui presentes, para homenagear também o Dia do Engenheiro Agrônomo, comemorado no dia 12 de outubro. Sou engenheiro e, em público, estendo o meu abraço e os meus parabéns a todos que também defendem essa classe do setor primário, que tem garantido o desenvolvimento e o superávit de nosso País. Estendo também essa homenagem aos profissionais ligados diretamente à medicina, em especial aos fisioterapeutas, cujo dia comemora-se em 13 de outubro. Não há, nesta Casa, nenhum Senador com esta profissão, mas tenho certeza de que falo em nome dos cinco Senadores médicos. A classe médica tem, nesse segmento, um auxiliar diretamente ligado principalmente ao setor da ortopedia. E, por meio desse microfone, estendo o meu abraço e os meus parabéns a todos os fisioterapeutas brasileiros.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores. Srs. Médicos, parabéns pelo seu dia! Continuem sendo, cada vez mais, esse trabalhador que exerce a sua profissão com o coração, com boa vontade e dedicação.

O meu abraço a todos.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 18/10/2003 - Página 32844