Discurso durante a 145ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Expectativas de recuperação da atividade econômica.

Autor
Valmir Amaral (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/DF)
Nome completo: Valmir Antônio Amaral
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ECONOMIA NACIONAL.:
  • Expectativas de recuperação da atividade econômica.
Publicação
Publicação no DSF de 21/10/2003 - Página 32942
Assunto
Outros > ECONOMIA NACIONAL.
Indexação
  • COMENTARIO, EXPECTATIVA, RECUPERAÇÃO, ATIVIDADE ECONOMICA, AMBITO NACIONAL, ESPECIFICAÇÃO, OCORRENCIA, AUMENTO, CONSUMO, REDUÇÃO, JUROS, INFLAÇÃO, AMPLIAÇÃO, OFERTA, CREDITOS, ESTABILIDADE, DOLAR, MERCADO FINANCEIRO.
  • ANALISE, INICIATIVA, GOVERNO FEDERAL, INCENTIVO, PROGRAMA DE CREDITO, BANCO DO BRASIL, CAIXA ECONOMICA FEDERAL (CEF), FACILITAÇÃO, FINANCIAMENTO, ESCLARECIMENTOS, EXPECTATIVA, CRESCIMENTO ECONOMICO, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, PRESIDENTE DA REPUBLICA, REITERAÇÃO, COMPROMISSO, PROJETO, NATUREZA SOCIAL, REFORMULAÇÃO, LEGISLAÇÃO PREVIDENCIARIA.

O SR. VALMIR AMARAL (PMDB - DF. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ninguém mais tem dúvida de que a atividade econômica está se acelerando neste momento e que o Natal deste ano estará no azul, isto é, será melhor que o do triste 2002.

Há também amplo consenso sobre como começa a depuração: pelo consumo, reanimado por fatores como a queda da inflação, a redução dos juros e a ampliação das modalidades de crédito.

Srs. Senadores, é verdade que, por enquanto, os sinais de recuperação são visíveis a olho nu apenas no mercado financeiro, os salto nos patamares da Bolsa de Valores. Cotações são feitas diariamente e o dólar permanece estável, mesmo com o governo comprando no mercado à vista, reduzindo a quantidade de títulos indexados à moeda americana. Juros menores e risco Brasil diminuindo faz com que o espetáculo do nosso crescimento esteja recomeçando.

Ou seja senhores, os números referentes a este ano, em que a economia crescerá em torno de 1%, mas tendo como expectativa daqui em diante que os próximos indicadores certamente serão melhores que o esperado. O consumo é animado pela queda de inflação, o que elimina a principal causa da queda das vendas no varejo.

A inflação que chegou a bater em 17% em termos anuais, o poder aquisitivo de renda do trabalho caiu 15% de julho do ano passado a junho deste ano. Mas, com a inflação comportada, a sangria é contida e o Presidente Lula tem consciência disso. Por isso, tomou uma série de medidas destinadas a animar o crédito e o microcrédito, criando linha especial do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal para financiamento a juros menores e, finalmente, os empréstimos com desconto em folha. A primeira medida tem forte efeito social, mas pouco significa em termos econômicos. A segunda, é um casuísmo, um quebra-galho. A terceira, sim, por ter algum efeito duradouro.

Srs. Senadores, os juros elevados no crédito pessoal é resultado da falta de garantia. Taxas no cheque especial acima de 170% ao ano, contra taxas pouco acima de 40% no financiamento de automóveis. A diferença é que o carro, que se pode retomar, é a garantia. Como o desconto em folha é uma poderosa garantia, os juros devem cair, como aliás, já anunciaram os grandes bancos interessados no novo negócio. É certo que o desconto beneficia apenas uma parcela de 40% dos trabalhadores, os que têm carteira assinada, mas já é bom começo.

A alegria do Presidente Lula é que o próprio ambiente econômico está mudando, os índices de confiança do consumidor e do empresário avançam, e quem circula pelo país já percebe um sentimento de alívio. É possível resumir a situação assim: a política econômica clássica aplicada por Lula dissolveu a crise de tal modo que os indicadores financeiros voltaram aos níveis e o combate à inflação foi eficaz. Estamos caminhando para 2004 e as contas públicas hoje estão melhores do que em 2000. Sabemos da austeridade fiscal imposta pelo governo e a nossa esperança na recuperação de nossa economia. O sufoco vai passar, o consumidor voltará aos shoppings, e os investidores, passada a desconfiança, começam a revisar os projetos da gaveta.

O governo vai dar continuidade às reformas e estimular o investimento privado.

Srs. Senadores, estudos estão sendo feitos no sentido de dar garantias aos projetos sociais a fim de atender aos reclames de cada Estado brasileiro, a reforma da Previdência já é um avanço importante, os objetivos são claros, enriquecendo a decisão do Governo. É necessário tão somente confiança neste governo.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/10/2003 - Página 32942