A SRª LÚCIA VÂNIA (PSDB - GO. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, venho neste momento à tribuna para destacar matéria do jornal O Popular sobre importante centro de pesquisa para produção de tomates no mundo, em funcionamento desde o último mês de fevereiro.

A matéria é de extrema atualidade pelo que merece sua inserção nos Anais do Senado no sentido de valorizar a cidade de Goiânia como significativo pólo de aprimoramento tecnológico, sendo considerado o maior centro de pesquisa do mundo.

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE A SRª SENADORA LÚCIA VÂNIA EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210 do Regimento Interno.)

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17/10/2003 - 16:19 h

O Popular

Goiânia tem maior centro de pesquisa de tomate do mundo

Lúcia Monteiro

Goiânia abriga o maior e mais bem estruturado centro de pesquisa para produção de tomates no mundo, em funcionamento desde último mês de fevereiro. A fazenda experimental da Unilever Bestfoods desenvolve técnicas para o aprimoramento tecnológico da produção de tomates, elevando a qualidade e produtividade das lavouras para uso industrial. Nos próximos três anos, a empresa vai investir cerca de R$2,5 milhões em pesquisas agrícolas, que vão possibilitar a redução de até 40% na aplicação de fungicidas e de até 30% do uso de água.

Isso é possível graças a experimentos de controle integrado de pragas e doenças e manejo da água para irrigação. A Unilever possui apenas duas fazendas experimentais na área de produção de tomates no mundo. Uma na Califórnia, Estados Unidos, que é o maior centro produtor de tomates do mundo, e a outra, em Goiânia, que possui uma área total de 42 hectares, sendo 32 cultivados com tomates, que foi arrendada de um produtor parceiro da empresa.

As tecnologias utilizadas e em desenvolvimento na fazenda respeitam o conceito de agricultura sustentável e terão apoio de uma equipe agrícola internacional da Unilever, especializada na produção de tomates para uso industrial.

Tecnologia

O agrônomo Eduardo Garcia Ozório, gerente de Desenvolvimento e Pesquisas da Unilever, explica que o centro vai atuar em diversas linhas de pesquisa que contemplem melhoramento genético e o aperfeiçoamento de técnicas agrícolas como manejo da irrigação, controle de pragas e doenças, plantio direto e rotação de culturas.

Segundo ele, essas tecnologias serão transmitidas aos 80 produtores goianos, que cultivam 4 mil hectares no Estado e fornecem 330 mil toneladas anuais de tomate para a Unilever, através de dias de campo, visitas à fazenda experimental e da assistência técnica da Unilever. Atualmente, a produtividade média nas lavouras que fornecem a matéria-prima para a Unilever é de cerca de 80 toneladas anuais por hectare, próxima do rendimento obtido na Califórnia, que oscila entre 85 e 90 toneladas por hectare. Na fazenda experimental da Unilever, a perspectiva é colher 105 toneladas por hectare este ano. “Goiás é o maior produtor de tomate industrial do Brasil, possuindo condições propícias ao cultivo.”

A produção total na fazenda experimental deve atingir 3.300 toneladas este ano. O gerente de Operações da fábrica da Unilever em Goiânia, Manoel D’Ávila, explica que o resultado mais visível das pesquisas é um tomate de cor encorpada, consistente e com menos água, que proporciona um melhor rendimento na fabricação dos derivados do fruto. Segundo ele, a empresa já é auto-suficiente na produção da matéria-prima que demanda, exportando 5% de sua produção de polpa para países vizinhos da América do Sul e da América Latina.