O SR. SÉRGIO ZAMBIASI (Bloco/PTB - RS. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, dia 19 de outubro, domingo passado, a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre comemorou 200 anos de fundação. Em um País que, de ordinário, já não costuma dar valor a tradições, e em um tempo em que, particularmente, parece existir a cultura do efêmero, não é todo dia que podemos festejar o bicentenário de uma instituição qualquer, quanto mais de uma organização dedicada a assistir a população em um setor tão importante, como o da saúde.

Será, porém, um engano pensar que, por funcionar há dois séculos, trata-se de uma instituição velha e ultrapassada. Pelo contrário: é um dos hospitais mais modernos do País. Seu Laboratório Central, por exemplo, recebeu, no ano passado, elevada distinção do Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos, da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, especialidade Medicina Laboratorial, título que somente é atribuído a três outros laboratórios do Estado do Rio Grande do Sul. Fato da maior importância: é um laboratório a serviço do povo, pois 67,5% dos mais de dois milhões de exames ali realizados em 2002 corresponderam a serviços para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Em 2002, a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre recebeu também o Prêmio Nacional da Qualidade, da Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade (FPNQ), uma organização não-governamental dedicada à promoção da conscientização para a busca da excelência na gestão das organizações, e da transmissão de informações e conceitos relativos às técnicas e práticas bem-sucedidas de administração. Recebeu também, este ano, o Troféu Diamante do Prêmio de Qualidade RS, conferido pelo Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade.

É uma instituição que prima também pelo tratamento que confere a seus profissionais, que lhes dá a tranqüilidade necessária para dar o máximo de si no tratamento dos pacientes. Atesta-o o Prêmio Top Ser Humano, agraciado à Santa Casa pela Associação Brasileira de Recursos Humanos, seção do Rio Grande do Sul.

Um outro aspecto a demonstrar a modernidade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre foi a inauguração, em junho, do Centro Integrado de Emergências Médicas (Ciem). É um complexo formado por dois hospitais, o Santo Antônio, especializado em pediatria, e o Dom Vicente Scherer, para o atendimento a adultos. O Ciem está voltado principalmente para as urgências e emergências em clínica médica e cirúrgica, pediatria, traumatologia, cardiologia, otorrinolaringologia, oftalmologia e neurologia, embora mantenha também plantão permanente nas outras especialidades médicas.

Além desses dois hospitais, o complexo da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre -- quero informar os Senadores de outros Estados, que não a conheçam -- compreende mais cinco unidades: a Policlínica Santa Clara, que é um hospital geral; o Hospital São Francisco, especializado em medicina cardiovascular e em transplantes; o Hospital São José, dedicado à neurocirurgia; o Hospital Santa Rita, voltado à oncologia; e o Pavilhão Pereira Filho, cujas especialidades são a pneumologia, a cirurgia torácica e o transplante de pulmões.

A qualidade do atendimento do complexo da Santa Casa é confirmado pelas pesquisas de opinião da satisfação de clientes, com índices de aprovação superiores a 90% em quase todos os itens, tanto pelos pacientes conveniados quanto pelos atendidos pelo SUS.

Srªs e Srs. Senadores, a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre merece nosso aplauso pela passagem de seu bicentenário, e nosso desejo de que continue, no futuro, a prestar esses serviços ao povo, sempre dispondo das mais modernas técnicas conquistadas pelo progresso da medicina.

Muito obrigado.