A SRª IDELI SALVATTI (Bloco/PT - SC. Para uma explicação pessoal. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, na sessão de ontem fiz uma comunicação inadiável, na qual teci comentários e fiz referências ao Senador Arthur Virgílio, que não se encontrava, no momento, no plenário.

Logo em seguida ao meu pronunciamento, fui informada pelo Senador Agripino que o Senador Arthur Virgílio estava ausente não só do plenário mas também de Brasília, já que um problema de saúde de sua mãe o havia deslocado para o Rio de Janeiro.

De imediato, encaminhei ao Senador Arthur Virgílio o meu pedido de desculpa, tendo em vista que o Plenário desta Casa merece que sejam cumpridas todas as regras de civilidade e de bom trato. Em hipótese nenhuma eu faria referência a um Senador não presente, muito menos em uma situação tão delicada como aquela pela qual estava o Senador Arthur Virgílio passando - e que espero esteja superada, com a recuperação da saúde de sua mãe.

Quero dizer também que minha comunicação inadiável teve como principal objetivo ressaltar os elementos culturais do nosso País. O projeto a que dei entrada na semana passada visa a que possamos ter no Senado um mecanismo de divulgação das manifestações culturais e folclóricas dos Estados brasileiros.

E, na fala, referi-me ao carnaval e citei a Beija-Flor, que vai homenagear Manaus, a capital do Estado do Senador Arthur Virgílio. E usei da prerrogativa de citar algumas questões que têm estado presentes no nosso debate, as viagens e as justificativas das viagens.

Quero dizer que, em nenhum momento, tive a intenção de ferir a honra do Senador Arthur Virgílio, tendo em vista que determinadas situações - como a vivenciada atualmente pela Ministra Benedita - não desonram, não colocam numa situação de demérito a sua vida pessoal.

E quero dizer, de forma muito clara, que eu não teria falado, Senador Arthur Virgílio, com certeza, se tivesse conhecimento da sua ausência da cidade e o motivo. A base da referência foi o artigo de uma colunista de repercussão nacional. Eu tenho tentado fazer o debate sempre em alto nível e não tenho nenhum problema em debater quando as condições de respeito que todos devemos uns aos outros sejam consideradas.

O debate nesta Casa deve ser feito sempre com a regra da civilidade. O direito a posições políticas e a manifestações deve acontecer no nível de dignidade, pois todos aqui chegam com a representação popular que lhe dá, pelo voto, o seu Estado.

Portanto, quero deixar aqui registrado o motivo da manifestação e, de público, a solicitação que fiz, de forma oficial, a V. Exª, por meio de ofício que encaminhei ao seu gabinete. Eu não faria a observação que fiz, em hipótese nenhuma, se soubesse da situação especial que V. Exª está vivendo neste momento, Senador Arthur Virgilio.