Discurso durante a 136ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Voto de pesar pelo falecimento dos Srs. José Carlos Gomes Carvalho, José Carlos Martinez e Anfrisio Fonseca de Siqueira, ocorrido no último fim de semana no Estado do Paraná.

Autor
Osmar Dias (PDT - Partido Democrático Trabalhista/PR)
Nome completo: Osmar Fernandes Dias
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Voto de pesar pelo falecimento dos Srs. José Carlos Gomes Carvalho, José Carlos Martinez e Anfrisio Fonseca de Siqueira, ocorrido no último fim de semana no Estado do Paraná.
Aparteantes
José Jorge.
Publicação
Publicação no DSF de 07/10/2003 - Página 30564
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, JOSE CARLOS GOMES CARVALHO, SUPLENTE, ORADOR, JOSE CARLOS MARTINEZ, DEPUTADO FEDERAL, PRESIDENTE, PARTIDO POLITICO, PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO (PTB), ANFRISIO FONSECA DE SIQUEIRA, EX PREFEITO, MUNICIPIO, CORNELIO PROCOPIO (PR), ESTADO DO PARANA (PR).

O SR. OSMAR DIAS (PDT - PR. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, esta é a primeira vez que me pronuncio para encaminhar um requerimento de pesar, porque não tenho por costume vir à tribuna, embora esse seja o hábito, para homenagear aqueles que nos deixam. Tenho até um compromisso comigo mesmo de não fazer isso. Talvez por nem saber fazê-lo, serei bastante rápido nas minhas palavras.

Desta vez, o fato é diferente, porque faleceu o meu primeiro suplente. Antes que possam fazer qualquer interpretação de uma postura minha que não corresponda aos hábitos, principalmente desta Casa, estou-me pronunciando com sinceridade a respeito do meu primeiro suplente, José Carlos Gomes de Carvalho, o Carvalhinho, que faleceu na semana passada.

Iniciamos a nossa convivência quando o Senador Alvaro Dias era Governador, eu era Secretário da Agricultura e o Carvalho, Secretário da Indústria e Comércio. Fizemos em parceria um trabalho em que implantamos os programas da agricultura e o Carvalho implantou os programas voltados à agroindústria. Tivemos, portanto, um relacionamento de trabalho.

Em 1994, quando disputei e me elegi Senador pela primeira vez, Carvalhinho foi meu concorrente. Mesmo sendo concorrente, posso afirmar que sempre guardou por mim um respeito muito grande, que era recíproco. Nós nos respeitamos mesmo durante a campanha eleitoral, quando disputamos a vaga para o Senado. Eu me elegi, ele não, ficando em quarto lugar. Mas ele já havia exercido parte de um mandato de Senador, pois era suplente, e muito se orgulhava desse exercício. E ele, é claro, tinha a expectativa de poder voltar a ser Senador, sendo meu primeiro suplente, caso eu algum dia, eventualmente, me licenciasse.

Posteriormente, em 2002, quando viemos para a campanha, ele como meu suplente, mantivemos uma convivência um pouco mais próxima e construímos uma amizade de verdade.

Portanto, eu gostaria de me pronunciar apenas para lamentar e prestar minha solidariedade à família de Carvalhinho, que, evidentemente, sofre nesses dias em que vivemos ainda o clima de seu desaparecimento, e para dizer que, embora sinta ter perdido meu primeiro suplente, sinto muito mais por ter perdido uma amizade construída em cima do trabalho e que seria permanente, como será permanente meu respeito por Carvalhinho.

Muitas vezes as pessoas se pronunciam nesses momentos e, mesmo tendo desrespeitado aquele que desaparece a vida inteira, prestam homenagens. Não tenho esse hábito e não saberia fazer isso. Faço aqui uma homenagem sincera ao Carvalhinho, que me apoiou, ajudou-me em 2002, sendo meu suplente, ajudando a coordenar parte da minha campanha. Na verdade, ele foi o coordenador da campanha do Senador Alvaro Dias ao Governo, esteve mais na campanha do Alvaro Dias. Mas, claro, tenho uma gratidão pelo seu comportamento sempre respeitoso em relação a mim e vou guardar esse respeito para sempre.

Lamento, evidentemente, que seu sonho de voltar a ser Senador não se realize mais. Mas deixo registrado o respeito de alguém que soube conhecer melhor o Carvalhinho durante essa convivência na última campanha eleitoral, que soube entender melhor seu comportamento. E, é claro, estamos aqui para registrar nossa solidariedade à família do Carvalhinho.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/10/2003 - Página 30564