O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES (PFL - BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Procurador-Geral da República publicou uma reportagem no Estado de S. Paulo, em que dizia haver um Senador corrupto e que isso já tinha quinze anos. Logo, evidentemente, não se tratava do meu nome. Depois, dizia que ia todos os domingos à missa. Eu rezo, mas não vou à missa.

De maneira que percebi que o Sr. Procurador não estava se dirigindo a mim, mas estava se dirigindo ao Senado.

O Senador Demóstenes Torres, como Procurador desta Casa, dirigiu-se ao Procurador, e este respondeu que não tinha dito aquilo. Mas a reportagem é ampla, e a resposta do Procurador não foi publicada no Estado de S.Paulo de hoje. Logo, creio que é obrigação da Mesa publicar a carta que lhe foi endereçada pelo Procurador da Casa e a resposta do Procurador Fonteles. Espero que isso se verifique, mesmo que seja matéria paga, porque o Senado não pode se omitir nesse assunto.

Acredito mesmo que V. Exª, Sr. Presidente, não se sinta à vontade para decidir esta questão de ordem, mas um membro da Mesa deve assumir e responder que a publicação será feita no Estado de S.Paulo, uma vez que a matéria foi publicada em destaque, oito colunas, com manchete em letras garrafais, e não pode ficar sem a devida resposta. E como o Procurador respondeu que não disse aquilo, mas que apenas citou o grande Professor Heleno Fragoso, vamos publicar textualmente a carta de S. Sª, que disse: “Não, isso não foi agora. É um Senador que desvia verba, um Senador que não sei o quê, isso, aquilo e aquilo outro”.

Não pode! O Senado não pode ficar assim! Julgo que é obrigação da Mesa, e peço a V. Exª que consulte ao Presidente. Se o Presidente estiver ausente, que V. Exª consulte o 1º Vice-Presidente, ou o 2º Vice-Presidente, ou o Secretário da Mesa ou outros membros, para que essa resposta seja dada imediatamente, e não fique o Senado com a mácula dessa reportagem.

Agradeço a V. Exª.