O SR. SÉRGIO ZAMBIASI (Bloco/PTB - RS. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Brasil é o país do mundo com o maior número absoluto de dentistas, conforme reportagem recente do jornal Folha de S. Paulo, e tem uma relação do número de dentistas por grupo de habitantes muito acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Apesar disso, o IBGE indica que cerca de 30 milhões de brasileiros nunca viram um dentista na vida.

           Digo isso a propósito do transcurso do 25 de outubro, data especial para a odontologia nacional desde que, em 1884, o Decreto federal nº 9.311 criou os primeiros cursos de Odontologia no Brasil, nas Faculdades do Império, no Rio de Janeiro e em Salvador.

           Em 1976, o Conselho Federal de Odontologia consagrou o 25 de outubro como o Dia do Cirurgião-Dentista brasileiro, e a Lei nº 10.465, de 27 de maio de 2002, elegeu essa data o Dia Nacional da Saúde Bucal.

           Como todas as profissões que lidam com a saúde dos cidadãos, os profissionais da odontologia são responsáveis por boa parte da capacidade dos brasileiros de exercerem sua cidadania e de permanecerem produtivos.

           A saúde bucal é essencial para a saúde geral dos indivíduos. Por isso e também pelos altíssimos custos envolvidos nos tratamentos dentários, deve-se reforçar e incentivar as campanhas de prevenção à cárie infantil e de fluoretação da água consumida por toda a população brasileira. Infelizmente, temos Estados inteiros nos quais esse serviço de adição de flúor ainda é inexistente, como o Acre, Amazonas, Maranhão, Paraíba e Rio Grande do Norte. São 70 milhões de pessoas desprovidas dessa proteção, que pode reduzir à metade o número de danos aos dentes.

           Sr. Presidente, na passagem do Dia Nacional da Saúde Bucal minha saudação especial a todos os profissionais brasileiros, o que faço através do Conselho Federal de Odontologia pelo excelente trabalho que realiza para ampliar o alcance do tratamento dentário a toda a população brasileira, com sua inclusão no Programa Saúde na Família, e também ao Conselho Regional de Odontologia do Rio Grande do Sul, cujo trabalho venho acompanhando e que posso testemunhar como uma das bases para que o Rio Grande apresente um dos melhores índices de saúde do País.

           Cabe ao Governo agir no sentido de estabelecer políticas específicas de saúde bucal para a população ouvindo os profissionais que a executam e que têm indicado as formas mais adequadas de melhorar esta área de atendimento na qual os brasileiros ainda são tão carentes.

           Todos sabemos o quanto importa para a auto-estima de qualquer pessoa o poder sorrir com dentes em bom estado. Se fosse apenas a questão da vaidade, já seria uma boa razão, mas esse cuidado pode, muitas vezes, revelar-se uma questão de saúde geral, pois infecções bucais têm freqüentemente desdobramentos graves, para muito além da perda dos dentes.

           Sr. Presidente, na saudação que faço ao Conselho Federal e ao Conselho Regional do Rio Grande do Sul, quero homenagear todos os profissionais da área.

           Que eles possam mais e mais contribuir para a elevação do Índice de Desenvolvimento Humano brasileiro, propiciando que mais e mais sorrisos brancos e límpidos possam ser estampados nos rostos de brasileiros felizes.

           Era o que tinha a dizer.

           Muito obrigado, Sr. Presidente.