Discurso durante a 150ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Perspectivas de investimentos alemães no Estado de Goiás.

Autor
Lúcia Vânia (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/GO)
Nome completo: Lúcia Vânia Abrão
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL.:
  • Perspectivas de investimentos alemães no Estado de Goiás.
Publicação
Publicação no DSF de 29/10/2003 - Página 33954
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL.
Indexação
  • ANUNCIO, CONCLUSÃO, ENCONTRO, COOPERAÇÃO ECONOMICA, BRASIL, PAIS ESTRANGEIRO, ALEMANHA, EXPECTATIVA, EMPRESARIO, INVESTIMENTO, ESTADO DE GOIAS (GO), SAUDAÇÃO, CRIAÇÃO, PARCERIA, EXECUÇÃO, OBRAS, INFRAESTRUTURA, TRANSPORTE, ENERGIA, ATENDIMENTO, DEMANDA, AUMENTO, EXPORTAÇÃO.

A SRª LÚCIA VÂNIA (PSDB - GO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é com muita satisfação que venho ao Senado Federal registrar o anúncio da possibilidade de um novo tempo para a economia de Goiás, com reflexo para todo o Brasil.

Refiro-me ao XXI Encontro Econômico Brasil-Alemanha, que se encerra hoje em Goiânia, com previsões das mais otimistas: uma expectativa de que empresários alemães invistam US$ 2.600 milhões em nosso Estado.

Tive o prazer de participar ontem da abertura do encontro em Goiânia, que contou com o comparecimento de representantes dos Governos da Alemanha e do Brasil, e fui testemunha do entusiasmo com que os empresários alemães estão encarando a possibilidade de investir no País e em Goiás. No Centro de Convenções, havia uma platéia atenta de mais de mil empresários brasileiros e alemães, confirmando a vocação de Goiânia para o turismo de negócios.

Destaca hoje o jornal O Popular: “Alemães devem investir US$2,6 bilhões em Goiás”. De US$ 30 bilhões que os alemães pretendem investir no Brasil, em 69 projetos de infra-estrutura e energia, ao menos US$2,65 bilhões deverão ser destinados a programas em Goiás”.

“A Confederação Nacional da Indústria do Brasil (CNI) e da Alemanha (BDI) renovaram ontem, por mais três anos, a Iniciativa Brasil-Alemanha de Infra-Estrutura e Energia. O objetivo é a criação de parcerias entre empresários brasileiros e alemães para a execução de obras de infra-estrutura no Brasil, especialmente as previstas no Plano Plurianual de Investimentos 2003-2007, do Governo Federal.

O Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou que os investimentos em infra-estrutura são bem-vindos, pois há forte demanda pela expansão da logística no País. E lembrou que, neste ano, o volume físico das exportações brasileiras já aumentou 20%, demandando mais estradas, ferrovias e portos.

Os alemães, que ficaram fora do processo de privatização brasileira no governo passado, já manifestaram interesse em participar de obras de auto-estradas, portos, aeroportos, usinas hidrelétricas e térmicas e em linhas de transmissão de energia.

Em fevereiro de 2002, durante a viagem do Chanceler alemão Gerhard Schröder ao Brasil, brasileiros e alemães criaram uma parceria para fomentar projetos bilaterais de infra-estrutura e de energia. Agora, o acordo foi reativado.

O Presidente da Federação das Indústrias de Goiás, Paulo Afonso Ferreira, lembrou que os 69 projetos selecionados são viáveis economicamente. E manifestou confiança na possibilidade de os alemães investirem no Brasil, especialmente em Goiás, a curto prazo.

A lista com os 69 projetos na área de infra-estrutura foi elaborada por uma comissão mista de representantes do Governo Federal e dos empresários brasileiros. Em março do próximo ano, uma delegação de empresários alemães virá ao Brasil conhecer de perto os projetos pré-selecionados.

O Presidente da Confederação Alemã da Indústria, Michael Rogowski, afirmou que as empresas alemãs poderão cooperar com o Brasil na expansão de sua infra-estrutura. Ele lembrou também que as empresas alemãs instaladas no Brasil já contribuem com 15% do Produto Interno Bruto brasileiro. Esse percentual deve aumentar ainda mais, sobretudo após o Encontro Econômico Brasil - Alemanha.

A Ministra da Defesa do Consumidor, Alimentos e Agricultura da Alemanha, Renate Künast, reconheceu que o Brasil voltou a ser o centro das atenções dos investidores internacionais. Estima-se que mil e quinhentas empresas alemãs têm investimentos no Brasil, a maioria - cerca de oitocentas - em São Paulo. Mas a Ministra garantiu que, no futuro próximo, outras empresas também fincarão bandeira no território brasileiro, sobretudo em outros Estados.

Incrementar as exportações goianas para a Alemanha, que somaram US$68 milhões de janeiro a agosto de 2003, atrair investimentos para diversos setores do Estado e ajudar a inserir as médias e pequenas empresas goianas no contexto internacional da atividade comercial, tudo isso faz parte das expectativas dos empresários goianos após esse encontro.

Srªs e Srs. Senadores, o Encontro Brasil-Alemanha, realizado em Goiânia, só vem confirmar o crescimento que a Região Centro-Oeste e, em especial, o Estado de Goiás, tem apresentado nos últimos anos.

Cabe destacar nosso papel na produção de algodão, arroz, soja, milho e cana, bem como os empreendimentos ligados ao agronegócio e a instalação de 40 novos distritos industriais.

E vale lembrar, ainda, a recente inauguração da maior fábrica de couros do mundo, um empreendimento de empresários brasileiros, com o apoio decisivo do Governo do Estado, que vem mudando o perfil da cidade de Itumbiara, gerando empregos e arrecadando impostos.

É por tudo isso que Goiás, assim como o Centro-Oeste, são vozes indispensáveis na discussão da reforma tributária.

Muito obrigada.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/10/2003 - Página 33954