O SR. LEONEL PAVAN (PSDB - SC. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, em 1970 o Brasil recebia apenas 250 mil turistas por ano. No ano 2000, aqui desembarcaram 5 milhões e 300 mil turistas, o que demonstra o grande desenvolvimento desse setor que é considerado a indústria do futuro, a indústria sem chaminés, por seu grande poder de gerar renda, postos de trabalho, movimentar riquezas e contribuir para o desenvolvimento cultural e para a paz entre os povos.

Infelizmente, os atentados terroristas ocorridos nos Estados Unidos em 2001 reduziram os fluxos turísticos internacionais, e o Brasil também foi afetado pelos efeitos deletérios desses atos deploráveis.

Em 2001, apenas 4 milhões e 772 mil turistas nos visitaram e, em 2002, essa cifra caiu para 3 milhões 783 mil turistas, o que certamente está muito abaixo do nosso potencial de atrair turistas em função de nossas praias, de nossas serras, da floresta amazônica, da nossa cultura, da amabilidade de nosso povo, dos nossos recursos naturais, dos rios, do pantanal, das cachoeiras, da nossa música, do nosso futebol e de tudo o que representa o Brasil, já definido por um cineasta como o último país feliz do mundo.

Dados da Embratur mostram que o resultado econômico do Balanço de Pagamentos na Conta Turismo vem apresentando um saldo positivo a partir de 1999, totalizando aproximadamente 2,5 bilhões de dólares no período de 1999 a 2002, o que evidencia a importância do setor para a economia nacional.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, em 9 de novembro, comemorou-se o Dia do Hoteleiro, personagem essencial e mola-mestra desse processo de desenvolvimento de todas as atividades turísticas.

Esse é o principal motivo deste meu pronunciamento: homenagear a figura central, responsável direto pelo desenvolvimento acelerado do turismo brasileiro: o hoteleiro.

Quando me refiro ao hoteleiro, estou me referindo a todos os empresários do ramo da hotelaria, desde o proprietário de uma pequena pousada em um município distante dos grandes centros até o morador de uma colônia de pescadores que oferece sua moradia a turistas cobrando uma pequena diária, assim como também aos grandes empresários dos hotéis 5 estrelas, que prestam serviços de hotelaria da mais alta sofisticação e que geram elevada quantidade de divisas para nosso País.

A hotelaria moderna movimenta, direta ou indiretamente, um grande número de atividades, englobando a hospedagem especificamente, a área de alimentação, de bebidas, de telecomunicações, de alugueres de veículos, móveis, imóveis e diversos equipamentos, energia, marketing, administração, vendas e manutenção, gerando um grande número de empregos proporcionalmente ao capital investido no setor.

São 4 milhões, 886 mil empregados em atividades turísticas, 206 mil apenas nas atividades específicas de hotelaria e alojamento.

As indústrias modernas - poupadoras de mão-de-obra, como indústria de capital-intensivo, intensamente automatizadas, robotizadas, que utilizam todos os recursos da informática, certamente não conseguem criar novos postos de trabalho na proporção de que necessitamos para nosso desenvolvimento econômico e social.

Por tudo isso, o hoteleiro é merecedor de nossa mais legítima homenagem, por seu empreendedorismo, por sua determinação em se manter num ramo de negócio que muitas vezes era considerado pouco rentável e até mesmo secundário, segundo a visão de alguns analistas imediatistas.

A hotelaria moderna é também um ramo do saber universitário que envolve muitas disciplinas, cátedras e pesquisas, em nível superior.

Há cursos de especialização em administração de turismo e hotelaria, englobando áreas como: Planejamento Estratégico, Administração de Hotelaria, Economia do Turismo, Ecologia e Meio Ambiente, Marketing de Produtos Culturais, Cultura Popular, Comércio Eletrônico, Pesquisa de Mercado, Organização de Eventos, Legislação em Turismo e Hotelaria, Pesquisas Científicas, Química e Fisiologia dos Alimentos, Hospedagem, Psicologia Organizacional, Produção e Serviços de Alimentação e de Bebidas, para citar apenas algumas disciplinas dessa importante atividade.

Para nós, que somos entusiastas da atividade turística, que vemos esse setor como um dos mais promissores para o desenvolvimento social e econômico do nosso País, para nós que acreditamos na capacidade de realização de nossos empreendedores na área do turismo, é motivo de grande satisfação verificar que esse setor vem crescendo num ritmo muito promissor e assim deverá continuar por sua grande potencialidade e pela criatividade e capacidade de nossos empresários e de nossos recursos humanos.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, gostaria de finalizar este meu pronunciamento, cumprimentando e parabenizando todos os hoteleiros do Brasil, desde os mais humildes, com suas pousadas e acomodações modestas até aqueles que dispõem de equipamentos modernos e sofisticados.

O hoteleiro, e hoje o termo engloba Presidente, Diretores, Gerentes e demais responsáveis pela administração de hotéis e cadeias hoteleiras, é o elemento essencial para o desenvolvimento de todo o complexo que compreende as atividades turísticas.

Minhas sinceras homenagens ao hoteleiro por sua grande função social, econômica, cultural e humana, que vem desde tempos imemoriais, lembrando que um hoteleiro foi encarregado pelo Bom Samaritano de cuidar do pobre homem que foi encontrado ferido numa estrada perto de Jerusalém.

Desejo ainda, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, tratar de um segundo assunto.

Venho à tribuna para comentar a matéria “Rasgando bandeiras”, publicada no jornal Correio Braziliense, de 13 de outubro do corrente ano.

            A matéria, que solicito seja inserida nos Anais do Senado, trata das diferenças entre o que o governo Lula diz hoje e o que dizia antes, quando estava na oposição. A rapidez com que ocorreu esta mudança ratifica o pensamento existente de que o governo, na verdade, não tem convicção alguma em relação às grandes questões que movimentam o país.

O texto que passo a ler para que fique integrando este pronunciamento, é o seguinte:

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DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. SENADOR LEONEL PAVAN EM SEU PRONUNCIAMENTO.

(Inserido nos termos do art. 210 do Regimento Interno.)

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