Discurso durante a 167ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Parabeniza o Conselho de Política Monetária pela a redução das taxas de juros.

Autor
Aelton Freitas (PL - Partido Liberal/MG)
Nome completo: Aelton José de Freitas
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.:
  • Parabeniza o Conselho de Política Monetária pela a redução das taxas de juros.
Publicação
Publicação no DSF de 21/11/2003 - Página 38167
Assunto
Outros > POLITICA ECONOMICO FINANCEIRA.
Indexação
  • SAUDAÇÃO, DECISÃO, CONSELHO, POLITICA MONETARIA, REDUÇÃO, TAXAS, SISTEMA, LIQUIDAÇÃO, CUSTODIA, ELOGIO, GESTÃO, JOSE ALENCAR, VICE-PRESIDENTE DA REPUBLICA, MELHORIA, JUROS, RETOMADA, CRESCIMENTO ECONOMICO, EXPECTATIVA, CONTINUAÇÃO, PROCESSO, INCENTIVO, PRODUÇÃO, CONSUMO, INVESTIMENTO, AUMENTO, CREDITOS.

O SR. AELTON FREITAS (Bloco/PL - MG. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, faço uso da tribuna no dia de hoje para saudar o Governo Federal, por intermédio do Conselho de Política Monetária, pela sábia decisão de reduzir a taxa Selic em 1,5 ponto percentual. Essa importante medida anunciada ontem demonstra que a verdadeira cruzada do ilustre Vice-Presidente da República - o ex-Senador José Alencar, a quem tive a honra de substituir nesta Casa -, contra os juros altos está dando resultado.

Observo com satisfação que, mesmo promovendo uma redução lenta e gradual das taxas, os responsáveis pela política econômica do Governo Federal não taparam os ouvidos para as pertinentes posições defendidas por José Alencar.

Entendo que o papel do Vice-Presidente é justamente o de alertar o Presidente e os setores de Governo, enquanto fiel aliado e segunda autoridade do País, para as correções políticas e econômicas que julgar necessárias. Indiscutivelmente, José Alencar tem mostrado ao País uma atuação autêntica, leal e corajosa, confirmando sua total capacidade para o cargo que ocupa e honrando a melhor tradição da política de Minas Gerais. Ele argumenta com coerência. É evidente que só a redução dos juros poderá acelerar a retomada do crescimento sustentável da economia brasileira.

Essa é também a minha posição, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, que manifesto por onde tenho passado, e a posição da imensa maioria dos brasileiros. Tanto que, ainda ontem, as principais entidades industriais e comerciais do País divulgaram comunicados registrando um aumento de confiança na política econômica do Governo.

É preciso deixar bem claro que, apesar de ter sido o sexto corte consecutivo do Copom, a luta por juros menores continua. Afinal, mesmo tendo reduzido a taxa em nove pontos desde o mês de junho, o Brasil continua com a maior taxa real de juros do planeta. Especialistas indicam que se nos próximos anos a taxa real continuar em torno de 11% será muito difícil o Governo cumprir as metas de crescimento estabelecidas.

Por isso mesmo, tenho certeza de que o Vice-Presidente José Alencar, com meu total apoio, continuará firme na defesa da redução da taxa Selic. Juros menores são incentivo à classe produtiva, barateando o crédito, estimulando o consumo das famílias e os investimentos das empresas.

A economia nacional vai iniciando uma importante recuperação. A nossa expectativa é que esse processo seja cada vez mais acelerado e se traduza logo na geração de emprego e renda esperada com ansiedade por todos os brasileiros.

As últimas quedas dos juros vão significar uma economia total de R$7 bilhões ao Governo brasileiro de junho a dezembro. Só no último mês do ano, serão poupados R$520 milhões. O valor não resolve nossos problemas, mas sinaliza a importância da continuidade dos cortes. Como bem se expressou a Federação das Indústrias de São Paulo, permanece viva a esperança de uma redução que leve a taxa de juros real o mais próximo possível do patamar de um dígito. É essa a nossa meta e a defesa continuará a ser feita por mim e, com certeza, pelo Vice-Presidente José Alencar.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/11/2003 - Página 38167