O SR. LEOMAR QUINTANILHA (PMDB - TO. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, tivemos, durante quase todo o dia de hoje e o dia de ontem, momentos de muita tensão, de muita angústia, quando esta Casa discutiu os termos da reforma previdenciária, onde seus membros buscaram dar o melhor de si, expressar o seu sentimento, expressar o pensamento da população que representavam, para, finalmente, encontrarmos um termo - que se não foi o melhor, não foi o desejado - possível de ser construído nesta Casa plural, democrática, que respeita o sentimento e o pensamento de todas as pessoas.

Por esse motivo, entendo que a reforma previdenciária, embora não tenha alcançado todo o seu propósito, o seu objetivo, deverá, quem sabe, experimentar aprimoramentos, em momentos futuros e momentos seguintes.

Mas, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, registro um trabalho que se desenvolve no Estado do Tocantins. Apesar de ser um Estado novo e ainda em fase originária do seu processo de desenvolvimento, nos esforçamos intensamente para implantar a nossa infra-estrutura, estamos procurando implementar um vigoroso programa de educação das pessoas, porque sabemos que sem ciência e sem educação não é possível promover o desenvolvimento da nossa gente. Por isso, estaremos realizando, no próximo dia 12 de dezembro, um workshop para que também a ciência e a tecnologia sejam discutidas no Estado do Tocantins. Porque isso é fundamental para a consolidação do processo de desenvolvimento. E sem conhecimento, sem inovação tecnológica, sem discutir e procurar conhecer os segredos e as vantagens da nossa rica biodiversidade, não se conseguirá tirar da exclusão milhares e milhares de famílias que não conseguem uma condição condigna de vida.

            Por essa razão, no próximo dia 12, seguramente com a presença de cientistas renomados do Brasil e, quem sabe, com a presença do Presidente, do Ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, que já recebeu convite, mas sua presença, que enriquecerá esse encontro, depende do acerto de sua agenda. Mas já conta com a presença confirmada de um dos mais importantes cientistas brasileiros, responsável pelo Cenargem da Embrapa, o Prof. Luiz Antonio Barreto.

Reverenciamos a Embrapa pelo extraordinário sucesso que o País tem alcançado no seu setor primário, notadamente na agricultura e na pecuária, que acabam elevando o produtor brasileiro ao patamar de melhor produtor do mundo. Com as condições adversas que produzimos aqui, com os encargos sociais e financeiros praticados no Brasil, concorrendo com uma agricultura altamente tecnificada e extremamente subsidiada do primeiro mundo, ainda conseguirmos competir. Por isso, entendo que o produtor brasileiro merece um galardão pela competência, e a Embrapa tem uma responsabilidade muito grande sobre isso.

Espero que consigamos a ambientação necessária para que em nosso Estado possamos criar as referências da área que interajam com as referências de outros Estados, como a Secretaria da Ciência e Tecnologia, a Fundação de Amparo à Pesquisa, que o nosso ex-Governador Siqueira Campos já criou, mas que precisa ser implementada para dar sua contribuição, a fim de que a pesquisa aplicada, a inovação tecnológica, a discussão da ciência e da tecnologia possam, por meio do negócio, atrair o setor privado e, com isso, gerar empregos e riquezas, melhorando a qualidade de vida da nossa gente.

Serão partícipes desse evento não só o Governo do Estado, mas também a Prefeitura Municipal, a Federação das Indústrias do Tocantins, o Sebrae, a Escola Técnica Federal e a Universidade Federal do Tocantins e a Ulbra, que, num trabalho conjunto, estão nos auxiliando a formatar esse encontro de trabalho que, seguramente, haverá de marcar uma etapa na história do desenvolvimento no Estado do Tocantins.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.