O SR. SÉRGIO CABRAL (PMDB - RJ. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a escritora Rachel de Queiroz era amiga do meu pai, da minha família. Orgulho-me em dizer que ela era minha eleitora. Era uma grande figura humana, generosa, uma referência para a mulher brasileira. Quando ela escreveu O Quinze, a mulher brasileira não votava ainda. Quando a mulher brasileira não tinha a cidadania plena, ela já a exercia.

            Rachel de Queiroz faria 93 anos no próximo dia 17 de novembro. Entrou na terceira idade com dignidade, como escritora, realizando, produzindo. Como jornalista, escrevia para a terceira idade no jornal O Dia havia quase dez anos. Sempre fiz questão de chamar a atenção, em muitas das minhas colunas, para Rachel de Queiroz como referência de uma pessoa que, em plena terceira idade, exercia com vigor intelectual e físico a sua atividade profissional.

            Como diz o Senador Roberto Saturnino, Rachel, nordestina, retratando na sua produção literária o Nordeste, escolheu como moradia o Rio de Janeiro, pelo qual tinha um amor todo especial.

Portanto, esta é a homenagem dos Senadores do Estado do Rio de Janeiro a essa grande brasileira, revolucionária, que atuou antes do tempo convencional que o Brasil deu para a emancipação das mulheres brasileiras, como escritora, na Academia Brasileira de Letras, como disse o Presidente José Sarney. Enfim, Rachel de Queiroz foi uma mulher extraordinária, que merece de nós toda homenagem.