Discurso durante a Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas ao acordo do PT com o FMI.

Autor
Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.:
  • Críticas ao acordo do PT com o FMI.
Publicação
Publicação no DSF de 17/12/2003 - Página 41736
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL, ATUAÇÃO.
Indexação
  • CRITICA, CONDUTA, GOVERNO FEDERAL, OMISSÃO, DIVULGAÇÃO, ACORDO, BRASIL, FUNDO MONETARIO INTERNACIONAL (FMI).

O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, esta é a mais nova do Governo Petista: brincar de pique-esconde com coisa séria, como se supõe ser o acordo fechado pelo Brasil com o FMI, para mais uma linha de crédito, de US$6,6 bilhões.

Essa brincadeirinha deixa muito mal o Governo e o País. Tudo em nome da conveniência petista, que tinha marcado para o fim de semana a reunião do seu tribunal de inquisição, que acabou punindo parlamentares do partido.

A conversa com o FMI deve ter transcorrido na base do segura as pontas.

- “Olha aqui, FMI, tem uns companheiros por aí que vivem azucrinando nossa política econômica. E podem atrapalhar nossos planos.”

O PT ficou amedrontado. Com medo de que os seus “infiéis” ficassem sabendo do novo acordo, a reunião no Blue Tree-enberg, que é o tribunalzinho tipo Nürernberg do cerrado. Só que chique à beça!

Não me passa pela cabeça que possa persistir esse estranho comportamento do Governo Lula. Além de não governar, prefere agora atuar às escondidas. Se ao menos os petistas não usassem o nome do Brasil, ainda vá lá. Mas pensar que ainda vivemos no tempo do ocultismo, em nome da República Federativa do Brasil, parece um propósito demasiado para todos nós, brasileiros.

Ainda ontem, neste Plenário, adiantei que à oposição, como a qualquer cidadão, cabe fiscalizar tudo que é público. Inclusive o PT quando pretende administrar o País.

Nessa conduta, o Governo petista supôs que, mais tarde, o Itamaraty poderia ser colocado na posição de ter que mentir. O Itamaraty, como relata o jornal O Estado de S.Paulo, optou por evasivas e por recusas em responder às indagações da imprensa. E mais tarde saiu-se com aquela outra história de que “tudo não passou de um mal-entendido, provocado por um problema de agenda.”

Pode ser que seja a agenda petista. A nossa, a do Brasil, é outra, a da verdade e da seriedade.

Era o que tinha a dizer


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/12/2003 - Página 41736