O SR. MÃO SANTA (PMDB - PI. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador José Sarney, Senadoras e Senadores, o dia hoje é triste para o Paraná, para o País e para o Piauí.

Sr. Presidente, quis Deus V. Exª estar presidindo a sessão. O Piauí e o Brasil lamentam hoje dois anos de morte talvez do único brasileiro que se igualou a Rui Barbosa, Senador Antonio Carlos, como exemplo de amor à justiça e respeito à lei. Evandro Lins e Silva, filho de maranhense, como V. Exª, Senador Sarney, nasceu no Piauí, no Delta, na maior ilha do Delta, Ilha Santa Isabel, tão conhecida por João Alberto. Trata-se da ilha em que nasceram o pai de Alberto Silva, que foi juiz, e toda a família de Alberto Silva. Tive o privilégio de, no fim da vida de Evandro Lins e Silva, gozar da sua intimidade.

Senador João Alberto, o último julgamento de que ele participou foi o de Rainha, que tinha sido condenado por um júri parcial, e ele foi defendê-lo. Lá, ele disse a célebre frase: “Glória seria morrer no tribunal”. No fim de sua vida, eu, como Governador do Piauí, tive o privilégio de conviver muito com ele.

Quando, pela formatura da primeira turma da faculdade de Direito da cidade de Parnaíba, convidaram-me para ser homenageado, pedi permissão aos alunos para transferir essa homenagem ao grande piauiense Evandro Lins e Silva. Ele foi homenageado, Presidente Sarney, com o meu compromisso de fazer como foi feito com Rui Barbosa. O seu último discurso seria aquele livro “Oração aos Moços”. Quando fui entregar o livro do discurso na Academia de Letras de que V. Exª faz parte, havia morrido Roberto Campos, mas, mesmo assim, encontramos uma solução e apresentamos o livro.

O Piauí tem uma bandeira que muito se assemelha à bandeira do Brasil, com as mesmas cores, somente com uma diferença, Senador Almeida Lima: ela tem uma só estrela; e essa estrela, para iluminar a Justiça do Brasil, foi Evandro Lins e Silva.