O SR. PRESIDENTE (José Sarney) - Hoje pela manhã, durante a sessão que realizamos, vários oradores e a Mesa tiveram a oportunidade de manifestar-se sobre a perda do Brasil com a morte do Senador José Richa. Mas nada me impede, mais uma vez, neste momento, de recordar a sua grande figura de homem público. E não posso deixar de agregar a esse sentimento de recordação o afeto pessoal de termos iniciado juntos a vida pública federal no Rio de Janeiro, em 1958, quando ele chegava ao Parlamento brasileiro. Fui seu amigo. Naturalmente, a vida pública leva, em alguns momentos, a termos divergências, mas essas divergências nunca chegaram, em nenhum momento, a um mínimo possível turvar esse relacionamento afetuoso, carinhoso e de amizade que mantivemos a vida inteira. Cheguei mesmo a convidá-lo para Chefe da Casa Civil da Presidência da República durante o meu Governo, quero repetir, fato que ele não aceitou por desejar continuar aqui no período da Constituinte.

Estamos homenageando, nesta tarde, uma vez mais, um grande homem público, que marcou a vida pública brasileira e o Parlamento brasileiro.

Não podemos suspender a sessão, como talvez fosse o desejo de todos, por aspectos regimentais e pela necessidade de encerrar o nosso ano legislativo. Mas nada impede, juntando a vontade do Plenário, um gesto de todos nós: de pé, dedicarmos um minuto de silêncio à memória de José Richa.

(Observa-se um minuto de silêncio.)