O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, está findando este ano de 2003. Vivi aqui uma experiência nova. Atuei por doze anos no Executivo - Prefeito por dois mandatos, Governador do meu Estado de Rondônia e Vereador - e no Legislativo, há vinte anos, na cidade de Cacoal, em Rondônia, mas eu já tinha esquecido como era a atuação no Legislativo. Confesso que estou surpreso pelo volume de trabalho e pela nossa produtividade no Senado durante este ano. O Senado brasileiro, com certeza, está de parabéns. Vamos torcer para que, nos próximos anos, os trabalhos sejam tão intensos - ou mais do que foram neste ano - e também tão produtivos para o País, para a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro.

Tive oportunidade de reivindicar desta tribuna, nos mais de cinqüenta pronunciamentos que fiz, obras e melhorias para o Brasil e, especialmente, para o meu Estado de Rondônia. Citarei algumas delas, pois seria praticamente impossível, em apenas cinco minutos, fazer aqui um balanço de um ano de trabalho tão intenso, como foi o deste ano de 2003 no Senado.

Quero falar do gasoduto, uma das primeiras obras que defendi desta tribuna, que há dois anos esperava uma licença ambiental. Uma hora, o entrave era o da Justiça e do Ministério Público Federal; outra hora, os entraves eram os do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente. O fato é que, até hoje, essa obra ainda não teve início. Espero que, o mais rápido possível, o Ibama libere essa licença ambiental, para que uma obra tão importante para o Norte, para a Amazônia e para o Brasil seja iniciada e concluída, a fim de que possamos gerar, em Porto Velho, já com uma usina construída, 400MW de energia a gás. Essa seria uma usina limpa e barata para o povo de Rondônia, para o povo do Acre e para o povo do Norte do Brasil. Infelizmente, hoje, essa usina está queimando um milhão de litros de óleo diesel por dia, jogando fumaça, poluindo a atmosfera e custando o dobro do preço do que irá custar a energia a gás natural.

Falo também, Sr. Presidente, da construção das duas grandes usinas hidroelétricas do Madeira, cujos estudos e projetos foram iniciados. Não vou fazer aqui nenhuma crítica, até porque o tempo não permitiu ainda o início dessas obras, que ainda estão em fase de projeto. Mas temos a confirmação da Ministra das Minas e Energia, do Governo Federal, da Eletrobrás e de todos os órgãos federais do setor elétrico de que são obras prioritárias para o Brasil. O Estado de Rondônia agradece e irá agradecer no futuro a construção dessas obras, que gerarão mais de 20 mil empregos diretos e outros tantos empregos indiretos. Haverá também geração de renda para o nosso povo do Estado de Rondônia.

Outras pequenas centrais hidroelétricas, as chamadas PCHs, de 19MW, de 30MW, de 74MW, de 9MW, estão sendo construídas também no interior, tirando o Estado de Rondônia da escuridão que já viveu no passado e possibilitando a atração de novas empresas, novas indústrias, para gerar emprego e renda para o nosso povo.

Falo também das nossas rodovias, principalmente as BRs federais, que tiveram, talvez, uma das piores situações da sua história. A BR-364 corta o nosso Estado de norte a sul: da divisa do Mato Grosso, na cidade de Vilhena, até a divisa do Acre e também a fronteira com a Bolívia, passando pela BR-425. Cobrei inúmeras vezes aqui nesta tribuna a restauração dessa rodovia. Infelizmente, houve uma demora. Hoje, já está em andamento a recuperação dessa BR, mas, infelizmente, não será possível concluir os trabalhos até o final do ano, porque já chegam as águas, já chegam as chuvas em meu Estado. Com isso, já estão comprometidos os trabalhos das empresas que lá estão trabalhando. Cobro aqui, mais uma vez, do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes de Rondônia, do DNIT nacional e do Ministério dos Transportes a agilização da recuperação dessa BR. Falo também da BR-429, da BR-421, da BR-174, rodovias federais que estão também em situação precária. Peço também a mesma agilização quanto aos trabalhos na BR-364.

Tive oportunidade, Sr. Presidente, de cobrar aqui desta tribuna o aumento do crédito para a agricultura e a pecuária no Estado de Rondônia. Fui atendido. O Banco do Brasil e o Banco da Amazônia aumentaram os seus créditos, liberando mais de R$200 milhões para o custeio da safra de Rondônia, um Estado que produz muito café, leite, soja, milho, arroz, algodão, cacau. Somos o segundo maior produtor de cacau do País. Esses créditos, com certeza, foram muito importantes para a população e para os agricultores e pecuaristas de nosso Estado.

Vou encerrar, Sr. Presidente, já que o tempo está esgotado. Realmente, cinco minutos é muito pouco para fazer um relato de final de trabalho, de final de ano.

Espero, com muita confiança e otimismo, o crescimento econômico do nosso País. O Brasil realmente precisa crescer, desenvolver-se, para gerar emprego e renda e melhorar as condições de vida do nosso povo.

Confio no Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Este foi o ano de implantar os alicerces, fazer os ajustes e arrumar a casa. Espero que realmente no próximo ano esse crescimento chegue, para trazer paz e tranqüilidade para a nossa população.

Sr. Presidente, termino este ano com a consciência tranqüila, com a sensação do dever cumprido, porque foi um ano exaustivo, de muito trabalho e altamente produtivo.

Aproveito esta oportunidade, neste final de ano, no encerramento dos trabalhos no Senado da República, para desejar ao povo brasileiro e ao povo do meu Estado de Rondônia um feliz Natal. E que o ano de 2004 seja abençoado por Deus, seja um ano de muita paz, de harmonia, de sucesso, de muito progresso para o Brasil e para toda população brasileira!

Muito obrigado, Sr. Presidente.