Discurso durante a 186ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Voto de congratulações a Academia Brasileira de Letras, Academia Bahiana de Letras, Zélia Gattai, pelo lançamento livro postumo Jorge Amado.

Autor
Antonio Carlos Magalhães (PFL - Partido da Frente Liberal/BA)
Nome completo: Antonio Carlos Peixoto de Magalhães
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Voto de congratulações a Academia Brasileira de Letras, Academia Bahiana de Letras, Zélia Gattai, pelo lançamento livro postumo Jorge Amado.
Publicação
Publicação no DSF de 16/12/2003 - Página 41283
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, JORGE AMADO, ESCRITOR, ESTADO DA BAHIA (BA), LANÇAMENTO, LIVRO, OBRA LITERARIA.

O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES (PFL - BA. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, hoje, em Salvador, é um dia de festa, porque será lançado um livro póstumo de Jorge Amado, em que ele responde a uma leitora sobre os seus romances e personagens, com ilustrações maravilhosas de Caribé.

Esse livro realmente merece ser lido. E providenciarei, com certeza, que chegue à mão de cada Senador um exemplar deste belíssimo trabalho, realizado agora por Zélia Gattai.

Em uma das respostas às suas leitoras, ele disse: “Nossas relações de meio século, entre o escriba, autor dessas pálidas linhas, e a Bahia, e o povo da Bahia, o devedor, minha querida amiga, serei sempre eu. Quem tem a gratidão a declarar, uma homenagem a render, eu; somente eu. Se algo fiz e realizei, devo ao povo da Bahia.”

Mais adiante, ele diz: “De tudo quanto escrevi, milhares de páginas que percorreram o mundo inteiro, prevalecerá aquilo onde existe um sopro de vida, o hálito do povo da Bahia. Dele tirei os materiais de minha humanidade, onde criei e construí.”

Esse livro é uma beleza na forma e na maneira com que foi escrito. Ele deve ser uma homenagem também a sua companheira de uma vida inteira, a grande escritora Zélia Gattai. Ela fez questão de realizar esse trabalho que hoje está sendo divulgado na Bahia, que considero tão importante que todos os brasileiros, principalmente os representantes do povo no Senado, dele tenham conhecimento. Por isso, hei de providenciar, por esses dias, que chegue a cada Senador a beleza dessas páginas. Eu diria que são as páginas mais lindas escritas pelo escritor notável, o maior romancista brasileiro dos últimos tempos.

Portanto, achei do meu dever pedir esse voto de congratulações, que sei que será aprovado por unanimidade. Eu gostaria que o Senador José Sarney aqui estivesse, para dar o seu depoimento de amigo e de companheiro de Jorge Amado, no momento em que é lançado este exemplar que é realmente - digo de coração aberto, porque sou baiano e amo a minha terra - uma das coisas mais belas que já li. É uma obra fácil de ler, porque não é grande, e vai repercutir intensamente nas mentes dos intelectuais do nosso País.

Sr. Presidente, presto essa homenagem a Jorge Amado, meu querido amigo até os últimos dias da sua vida - amizade que mantenho por sua esposa. Talvez, a honra maior que eu tenha do povo baiano é ter o prestígio de Jorge Amado, inclusive nos seus livros.

Certa feita, ele declarou, quando ainda se opunha a mim: “Sou da oposição, mas não sou cego. Vejo que a Bahia é outra depois de ACM”. Portanto, é a esse amigo, que se foi há mais de um ano, que quero, neste instante, render esta homenagem, traduzindo para sua esposa e seus filhos a homenagem do povo do Brasil através do Senado da República.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/12/2003 - Página 41283