Pronunciamento de Heráclito Fortes em 17/12/2003
Discurso durante a 2ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Homenagem de pesar pelo falecimento do ex-Senador José Richa.
- Autor
- Heráclito Fortes (PFL - Partido da Frente Liberal/PI)
- Nome completo: Heráclito de Sousa Fortes
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
HOMENAGEM.:
- Homenagem de pesar pelo falecimento do ex-Senador José Richa.
- Publicação
- Publicação no DSF de 18/12/2003 - Página 41802
- Assunto
- Outros > HOMENAGEM.
- Indexação
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- HOMENAGEM POSTUMA, JOSE RICHA, EX SENADOR, EX GOVERNADOR, ESTADO DO PARANA (PR), ELOGIO, VIDA PUBLICA.
O SR. HERÁCLITO FORTES (PFL - PI. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, associo-me a esta homenagem que o Senado presta hoje a um ex-integrante desta Casa e a um brasileiro reconhecido por todos pela sua dedicação, honestidade e, acima de tudo, pela sua lealdade.
Tive a oportunidade, no inicio da minha vida pública, de conviver com o Senador José Richa numa circunstância muito especial. Eu trabalhava na Assessoria de Assuntos Parlamentares do então Ministro Ney Braga. José Richa, que tinha iniciado a sua vida pública pelas mãos do então Ministro da Educação, já àquela altura militava em partido diferente. No entanto, mantinham permanente comunicação, trocando idéias sobre o momento que o Brasil vivia àquela época.
Quando cheguei à Câmara dos Deputados, no primeiro mandato, tive a oportunidade de conviver com Richa. Já o conhecia, e passamos a ter um relacionamento fraterno e agradável.
Pedro Simon, testemunha ocular da História do Brasil nesses últimos anos, falou muito bem aqui sobre essa figura notável que o Brasil perde hoje. Era, acima de tudo, como disse o Senador Alvaro Dias, um catalisador, um homem que unia as tendências contrárias.
Lembro-me, Sr. Presidente, de quantas e quantas vezes o Dr. Ulysses, quando havia divergências na redação do texto da Carta Magna de 1988, ou as partes envolvidas na sua redação entravam em crise, invariavelmente tomava a decisão de chamar o Richa, porque ele resolvia. E foi exatamente com essas intervenções de Richa, com o seu poder de argumentação e de conciliação, que se chegou ao resultado final da Carta promulgada em outubro de 1988.
O desaparecimento de José Richa deixa uma lacuna no Brasil, mas fica também o exemplo do homem público sério e querido por todas as tendências e matizes políticos do Brasil.
Registro, portanto, meu voto de pesar, extensivo à sua família e ao povo do Paraná, que o queria muito bem.
Muito obrigado.