O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL - RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, como todos neste plenário, estou profundamente contristado com a notícia do falecimento do meu colega José Richa - falo meu colega porque convivemos fraternalmente no primeiro mandato que exerci nesta Casa, de 1986 a 1990. Tive com ele uma convivência fraterna, amiga e guardo dele a melhor lembrança, de um homem cordial, com espírito público acima de qualquer suspeita, um bom brasileiro, um grande governador do Paraná, que soube sair da vida pública na hora certa. Ele saiu no pico do seu prestígio, voluntariamente, não foi exposto a derrotas. Estava recolhido à vida privada, respeitado em sua terra e faleceu hoje pela manhã - não foi uma morte serena, o que todos lamentamos.

Esta Casa tem o dever de homenagear a sua memória, e eu o faço com redobrada intenção, pela amizade que sempre tive com Richa, pelo apreço que sempre tive pelo homem público José Richa e pelo respeito que guardo do paranaense grande governador que foi José Richa. A melhor homenagem que poderíamos prestar seria a suspensão da sessão. Em vez disso, vamos homenageá-lo de forma mais explícita para que o Brasil todo tome conhecimento. Se suspendêssemos a sessão, seria mais uma suspensão. Mas, na hora em que nós, por decisão das Lideranças, decidirmos não fazer encaminhamentos e votarmos em silencio duas propostas de emenda à Constituição com a profundidade da PEC paralela e a da reforma tributária, o Brasil todo vai tomar conhecimento de que as discussões, que ninguém conseguiu evitar neste plenário, a homenagem à memória de um homem de bem conseguiu.

Nós, conscientemente, cumprindo um acordo que já havíamos feito - de minha parte, vou honrar o acordo -, vamos recomendar aos companheiros do PFL que votemos silenciosamente a PEC paralela e a tributária, em homenagem a José Richa e ao Brasil.