O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Para encaminhar a votação. Com revisão do orador.) - Sr. Presidente, sinto-me feliz em poder homenagear por duas vezes, nesta sessão, o Presidente Marco Maciel. Não me refiro sequer ao requerimento, que subscrevi juntamente com os Senadores José Agripino, Eduardo Suplicy e vários outros Senadores, mas à homenagem que parte do coração e da admiração de todos nós.

O Presidente Marco Maciel é o mestre da cordialidade, um intelectual de absoluta sofisticação. A modéstia, que marca a sua personalidade, esconde ou tenta - não sei se com êxito - esconder a fineza da sua formação intelectual. Analista absolutamente perspicaz de política externa, um mestre - estou repetindo muito a palavra mestre - de política interna, alguém que escreve com segurança e que tem nas suas publicações a prova inconteste de que a nossa admiração é exatamente do tamanho que S. Exª merece.

O Presidente Marco Maciel foi adversário de um grande escritor, Fernando Morais. Todos nos deleitamos com o que escreve Fernando Morais. Todos nos chocamos com o relato que ele faz nas suas biografias - ele é um grande biógrafo, quando, por exemplo, se refere à vida de Olga Benário. Quero que Fernando Morais saiba que a Academia, com certeza, não manifestou nenhum desapreço. Ele terminará lá, ele merece estar lá. Mas, desta vez, havia a necessidade de se fazer reconhecimento, em homenagem àquele que consegue ser um grande escritor, um grande pensador, um grande político, um grande brasileiro, o Presidente e nosso querido colega, Senador Marco Maciel.