Discurso durante a Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Leitura de ofício encaminhando ao presidente do PT, José Genoino, no qual se solidariza com a pessoa do Deputado Luiz Eduardo Greenhalgh.

Autor
Eduardo Suplicy (PT - Partido dos Trabalhadores/SP)
Nome completo: Eduardo Matarazzo Suplicy
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. DIREITOS HUMANOS.:
  • Leitura de ofício encaminhando ao presidente do PT, José Genoino, no qual se solidariza com a pessoa do Deputado Luiz Eduardo Greenhalgh.
Publicação
Publicação no DSF de 20/01/2004 - Página 528
Assunto
Outros > HOMENAGEM. DIREITOS HUMANOS.
Indexação
  • LEITURA, OFICIO, AUTORIA, ORADOR, ENCAMINHAMENTO, JOSE GENOINO, PRESIDENTE, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), SOLIDARIEDADE, LUIZ EDUARDO GREENHALGH, DEPUTADO FEDERAL, VITIMA, ACUSAÇÃO, MAUS-TRATOS, ACUSADO, HOMICIDIO, PREFEITO, MUNICIPIO, CAMPINAS (SP), ESTADO DE SÃO PAULO (SP).

O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero registrar o ofício que encaminhei no dia 14 último, ao Presidente do PT, José Genoíno, referente à solidariedade ao Deputado Luiz Eduardo Greenhalgh.

Senhor Presidente,

Em virtude de estar nesta semana participando em Santiago do Chile do Seminário “Aportes Políticos y Parlamentarios a La Cumbre EU-ALC, em Guadalajara, em 2004, na sede da Cepal, venho expressar à direção nacional do PT, à Ordem dos Advogados do Brasil, a minha irrestrita solidariedade ao Deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, diante da afirmação feita por um dos detidos e acusado de ter sido um dos seqüestradores do Prefeito Celso Daniel, de que teria sofrido maus-tratos durante o interrogatório realizado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa Humana.

Por tudo que conheço da vida de Luiz Eduardo Greenhalgh ao longo dos últimos 30 anos ele jamais admitiria que um prisioneiro fosse objeto de quaisquer maus-tratos, ainda mais na hora de estar prestando depoimento. O aludido episódio teria se dado perante diversas testemunhas e autoridades, entre as quais o Promotor Salmo Jr., de Itapecerica da Serra, o qual afirmou a mim próprio que na ocasião os dois detidos foram interrogados em condições normais, sem ter havido qualquer abuso por parte de quem quer que seja.

            Esse foi o testemunho dado a mim logo depois que soube do episódio. Ele comunicou à Ordem dos Advogados do Brasil. Ele descreveu a mim que naquele dia os dois detidos, ao prestarem depoimento, em certo momento sentiram fome e que inclusive foi fornecido alimentação, sanduíches, aos mesmos e que foram tratados com civilidade. Se tivesse ocorrido qualquer problema, aquele Promotor teria de pronto tomado as providências, para evitar quaisquer maus-tratos, porque se não o tivesse feito, ele estaria incorrendo em prevaricação.

Considero da maior relevância, também em respeito à memória de nosso companheiro Celso Daniel, que tenhamos sempre o espírito de maior isenção no desvendar do trágico episódio de seu seqüestro e assassinato, cooperando com todos aqueles que estejam a colaborar para saber exatamente tudo o que então aconteceu.

Avalio que o trabalho do Deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, designado pela direção nacional do PT para acompanhar as apurações, e com quem tenho procurado colaborar, merece todo o nosso apoio.

O meu abraço,

Senador Eduardo Matarazzo Suplicy.

Sr. Presidente, é o que gostaria de registrar.

O SR. PRESIDENTE (Romeu Tuma) - Senador Eduardo Suplicy, permite-me V. Exª só uma ponderação.

O SR. EDUARDO SUPLICY (Bloco/PT - SP) - Pois não.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 20/01/2004 - Página 528