Pronunciamento de José Agripino em 11/03/2004
Discurso durante a 14ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Indignação contra o ato de terrorismo praticado hoje na Espanha, manifestando a solidariedade do PFL ao povo e governo espanhóis. (como Líder)
- Autor
- José Agripino (PFL - Partido da Frente Liberal/RN)
- Nome completo: José Agripino Maia
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
TERRORISMO.:
- Indignação contra o ato de terrorismo praticado hoje na Espanha, manifestando a solidariedade do PFL ao povo e governo espanhóis. (como Líder)
- Publicação
- Publicação no DSF de 12/03/2004 - Página 6762
- Assunto
- Outros > TERRORISMO.
- Indexação
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- SOLIDARIEDADE, GOVERNO, POVO, PAIS ESTRANGEIRO, ESPANHA, VITIMA, ATENTADO, TERRORISMO, LEITURA, NOTA OFICIAL, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DA FRENTE LIBERAL (PFL).
- REGISTRO, PROXIMIDADE, ELEIÇÃO, PRESIDENTE DE REPUBLICA ESTRANGEIRA, COMENTARIO, POLITICA PARTIDARIA, PAIS ESTRANGEIRO, ESPANHA, MOVIMENTAÇÃO, SEPARAÇÃO, REPUDIO, TERRORISMO, VITIMA, POPULAÇÃO.
O SR. JOSÉ AGRIPINO (PFL - RN. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o mundo hoje está indignado com os lamentáveis fatos que ocorreram na Espanha, mais precisamente na cidade de Madri, a reedição do 11 de setembro na versão européia, o mesmo dia 11, em março. Cerca de duzentas pessoas já morreram, mais de cinco centenas estão feridas, num ato de terrorismo brutal, absolutamente inexplicável, que causa a indignação ao mundo inteiro, porque estão sendo vitimadas pessoas inocentes. Se não são soldados, que guerra é essa?
Esse fato acontece exatamente três dias antes da eleição que definirá o novo Presidente de Governo da Espanha. Ou o Partido Popular da Espanha ganha a eleição e o Presidente José Maria Aznar, que não deseja continuar, cede para um companheiro de partido a condução do país, ou ganha o PSOE, ou ganha algum outro partido.
O Presidente Aznar, a quem conheço pessoalmente, porque o PP é um Partido irmão do PFL e somos filiados à Internacional Democrata de Centro Reformista no Plano Internacional, é um dirigente de país eficiente, competente e reconhecido no mundo inteiro, porque resolveu o grande problema do seu país.
A Espanha de Franco era conhecida pelos alarmantes índices de desemprego. O Presidente Aznar jogou o desemprego do País para baixo e modernizou a Espanha, que hoje é de primeiríssimo mundo. O PP, na Espanha, é o Partido que deu certo e fez com que o País desse certo.
Daqui a três dias, os espanhóis vão votar e definir se um companheiro do Presidente Aznar continua comandando o Governo ou não. E coincidentemente acontece esse fato que causa indignação ao mundo.
Tive a oportunidade de, por telefone, manter contatos com amigos, com pessoas da Espanha que me deram informações, que repasso a este Plenário. No entendimento do governo espanhol, o ato terrorista que vitimou pessoas, principalmente na Estação Atocha e em estações ferroviárias próximas de Madri, é obra do ETA, um movimento separatista do País Basco. A Espanha, como V. Exª sabe e este Plenário conhece, é produto da junção de muitos que foram países do passado, como a Catalunha, País Basco, Castilla e tantos outros, que, reunidos, transformaram várias pequenas nações em uma grande nação. E o ETA é o braço armado de um movimento que, no passado, significou a intenção separatista do País Basco, de Bilbao, de Viscaia, palavras conhecidas no Brasil até pelo Banco Bilbao Viscaia.
O ETA, ao longo do tempo, de tantos erros cometidos, de tanta violência praticada, ficou claramente identificado no mundo inteiro como um movimento que não representa mais sentimento político-separatista, porque o país basco sente-se confortável na Espanha como país uno. O ETA, que, no decorrer de muitos anos, atuou pela violência, e não pelo diálogo democrático, viciou-se na obtenção de dinheiro pela venda de proteção. Assim, atos terroristas foram praticados ao longo do tempo nesse sentido.
Não pretendo manifestar opinião de condenação ao ETA, porque estou apenas transmitindo a informação que me deram. No entendimento do governo espanhol, o ETA é o responsável pelo atentado que vitimou cerca de duzentas pessoas até o momento. Entretanto, não está afastada a hipótese de a Al-Qaeda estar envolvida neste ato terrorista, que - repito - está indignando o mundo.
O que desejo com o registro que faço é ler a manifestação de solidariedade do meu Partido ao governo da Espanha, ao Presidente José María Aznar e ao Partido Popular da Espanha. Esta nota foi elaborada e aprovada na reunião da Executiva do meu Partido, hoje, pela manhã. Trata-se de uma manifestação de solidariedade.
MANIFESTAÇÃO DE SOLIDARIEDADE
A Comissão Executiva Nacional da Frente Liberal (PFL) manifesta profundo pesar frente ao atentado terrorista ocorrido esta manhã na Espanha, que vitimou 173 pessoas - até aquele momento - na capital daquele país, ferindo centenas de outras pessoas. O PFL se solidariza com o povo espanhol, com o Presidente do Governo da Espanha, José María Aznar, e com o Partido Popular da Espanha, com o qual estabelecemos, ao longo dos anos, relação fraterna.
Assina Jorge Bornhausen, Presidente da Comissão Executiva Nacional do PFL.
Essa é a manifestação do meu Partido ao PP, ao Governo da Espanha e ao povo espanhol, com registro de indignação.
Sr. Presidente, no passado, as desavenças, as diferenças eram resolvidas por exércitos. Eram soldados que se digladiavam. E nas guerras se protegiam as populações civis. Era uma atitude humana. Mesmo no passado, era uma posição que, se não aceita, era pelo menos respeitada.
Essa guerra que está posta hoje, a guerra do terrorismo, que repudiamos, é uma guerra que não tem quartel, que não tem nem fisionomia definida. E, pior do que isso tudo, é uma guerra que vitima pessoas que nunca poderiam estar envolvidas nem poderiam ser vítimas desse tipo de atitude. São inocentes civis. São homens, mulheres e crianças. Eram homens, mulheres e crianças que estavam nos trens e nas estações que hoje foram objeto de um terrível incidente que comove o mundo e que recebe a solidariedade do meu Partido, o Partido da Frente Liberal, ao PP, Governo da Espanha e ao povo da Espanha.