Discurso durante a 15ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Transcurso, no último dia 7 do corrente, dos 196 anos de criação do Corpo de Fuzileiros Navais.

Autor
Valmir Amaral (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/DF)
Nome completo: Valmir Antônio Amaral
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Transcurso, no último dia 7 do corrente, dos 196 anos de criação do Corpo de Fuzileiros Navais.
Publicação
Publicação no DSF de 13/03/2004 - Página 6935
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS (CFN), REGISTRO, ATUAÇÃO, HISTORIA, BRASIL.

O SR. VALMIR AMARAL (PMDB - DF. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, algumas instituições nacionais merecem um apreço especial por estarem intimamente ligadas a momentos críticos de nossa história. No dia 7 de março comemoramos 196 anos de uma dessas instituições fundamentais, o Corpo de Fuzileiros Navais.

No dia 7 de março de 1808, chegou ao Rio de Janeiro a Família Real portuguesa, transmigrada da Metrópole em função da invasão francesa. Protegendo-a durante a viagem, estavam os soldados-marinheiros da Brigada Real da Marinha.

Não demorou muito para que o corpo de elite da Marinha Portuguesa recebesse seu batismo de fogo. Revidando a invasão de Portugal pelas tropas napoleônicas, o Regente D. João ordenou a ocupação de Caiena, colônia francesa, em 1º de maio daquele mesmo ano.

Os fuzileiros-navais participaram intensamente de todos os episódios militares em nosso País daí por diante, apoiando a independência, auxiliando a expulsão das tropas portuguesas no Norte e Nordeste, controlando revoltas no período da Regência, lutando pelos interesses brasileiros na Bacia do Prata, inclusive na Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai.

Apoiaram o movimento republicano, que deu fim à arcaica estrutura política do Império, e se colocaram contra o regime da República Velha, em 1930, quando do esgotamento do pacto político do café-com-leite.

Repeliram bravamente a tentativa de Revolução Integralista em 1938, participando do episódio da retomada do prédio do Ministério da Marinha, um dos pontos tomados pelos golpistas. Iniciada a 2ª Guerra Mundial, vigiaram as nossas costas contra a ameaça de submarinos das forças do Eixo.

Mas esse corpo militar de elite também recebeu várias missões internacionais ao longo do século XX, compondo a Força Interamericana de Paz da Organização dos Estados Americanos (OEA), em 1965, que atuou para controlar a guerra civil que, naquela ocasião, destruía a República Dominicana. Da mesma forma, participou de missões da Organização das Nações Unidas (ONU) nos recentes conflitos em Honduras, na Bósnia, em El Salvador, em Moçambique, em Ruanda, em Angola e no Timor Leste.

São inúmeros os atos de bravura desses fuzileiros navais, assim como é cada vez mais extensa a lista de seus heróis. Na realidade, nessa lista deveria ser incluído o nome de cada um desses brasileiros, que vivem sob o lema do Corpo de Fuzileiros Navais: ADSUMUS - Aqui Estamos!

Sempre prontos na defesa dos interesses do País. Sempre disponíveis para as missões mais perigosas. Sempre treinados para as complexas missões, tanto na guerra quanto na paz.

Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, cumprimento aqui desta tribuna o Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil pelo seu aniversário, e todos os seus bravos homens pela dedicação diante da reconhecida dureza de suas tarefas.

Que Deus permita que as guerras e ameaças armadas no mundo todo sejam finalmente eliminadas. E, enquanto isto, que Ele proteja nossos fuzileiros para que cumpram sua missão de maneira sábia.

Era o que tinha a dizer.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/03/2004 - Página 6935