Discurso durante a 19ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Assinatura de convênio para obras viárias destinadas a melhorar o acesso ao aeroporto de Confins, em Belo Horizonte/MG.

Autor
Eduardo Azeredo (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/MG)
Nome completo: Eduardo Brandão de Azeredo
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO.:
  • Assinatura de convênio para obras viárias destinadas a melhorar o acesso ao aeroporto de Confins, em Belo Horizonte/MG.
Publicação
Publicação no DSF de 19/03/2004 - Página 7731
Assunto
Outros > POLITICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO.
Indexação
  • COMENTARIO, ASSINATURA, CONVENIO, GOVERNO FEDERAL, GOVERNO ESTADUAL, PREFEITURA MUNICIPAL, CAPITAL DE ESTADO, ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), FINANCIAMENTO, OBRA CIVIL, INFRAESTRUTURA, MELHORIA, ACESSO, AEROPORTO INTERNACIONAL.

O SR. EDUARDO AZEREDO (PSDB - MG. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é antiga a minha preocupação com a ociosidade do aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. Um dos maiores obstáculos para que esse aeroporto, tão importante para o nosso Estado, seja melhor aproveitado, é o acesso.

As empresas aéreas, evidentemente, preferem operar em Confins, já que suas instalações são mais modernas e confortáveis. Hoje, o aeroporto de Confins tem apenas 10 vôos diários. Para alterar a situação, é preciso atrair o passageiro, que prefere o aeroporto da Pampulha, localizado a apenas oito quilômetros do centro de Belo Horizonte. Isto porque o acesso a Confins é precário e o aeroporto dista da cidade cerca de 40 quilômetros.

A notícia veiculada no jornal Estado de Minas de hoje é animadora. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Governador Aécio Neves e o Prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, vão assinar um convênio de R$300 milhões para financiar obras viárias nos acessos aos aeroportos da Pampulha e de Confins.

Os recursos, segundo a matéria, serão investidos na duplicação de aproximadamente 16 quilômetros da rodovia MG-010, entre Belo Horizonte e o aeroporto de Confins, e no sistema de tráfego das avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos. Essa duplicação beneficiará ainda as cidades da região metropolitana de Belo Horizonte, como Lagoa Santa, Vespasiano, São José da Lapa e Pedro Leopoldo.

Pelo acordo, o Governo Federal, por intermédio da Infraero, dirigida pelo ex-Senador Carlos Wilson, vai liberar R$150 milhões e o Governo de Minas e a Prefeitura de Belo Horizonte vão entrar com R$75 milhões cada um.

Já não era sem tempo. No ano passado, o aeroporto de Confins recebeu apenas 365 mil passageiros, enquanto 2,9 milhões passaram pelo aeroporto da Pampulha. Foram 365 mil passageiros num aeroporto internacional que custou US$500 milhões, e 2,9 milhões num antiquado aeroporto. O aeroporto de Confins tem 15 milhões de metros quadrados de área e fica a 40 quilômetros da cidade, e o da Pampulha tem 2 milhões de metros quadrados e está a apenas 8 quilômetros da capital.

Os usuários reclamam da falta de conforto e do estresse de pegar um avião na Pampulha, mas na hora da compra da passagem o que pesa mais é a facilidade de acesso. É preciso mudar essa situação, já que o aeroporto da Pampulha não tem condições de suportar tanto movimento. A segurança dos passageiros é que deve ser sempre o ponto mais importante.

Com os investimentos prometidos, poderemos usar o aeroporto da Pampulha apenas como ponte aérea, ligando Belo Horizonte a São Paulo e ao Rio de Janeiro. Os outros vôos domésticos serão remanejados para o aeroporto de Confins. Assim, gastarei mais tempo para vir para Brasília.

Esses investimentos serão fundamentais para melhorar a qualidade do serviço aéreo de uma das principais capitais do País, Belo Horizonte.

Entretanto, a situação de ociosidade do aeroporto de Confins repete-se no Rio de Janeiro, com o aeroporto do Galeão. É sabido que, com aviões de maior capacidade, a tendência mundial é de concentração de vôos em determinados pontos, como ocorre, no Brasil, com o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Porém, é possível, com investimentos como os que estão sendo feitos pela Infraero e com o direcionamento de vôos pelo DAC, que consigamos uma melhor utilização dos aeroportos brasileiros, em especial dos aeroportos de Confins e do Galeão.

Sr. Presidente, esperamos que os recursos sejam realmente liberados. Como Senador de Oposição, estou fazendo menção elogiosa a ato do Governo Federal, mas, ao mesmo tempo, quero ser um crítico, porque quero que o Estado de Minas Gerais receba os recursos, e não apenas uma promessa. Acredito que, havendo, realmente, a efetivação dessas obras, poderemos ter um novo discurso, quem sabe de cumprimento ao Governo pela realização de uma obra tão importante para o nosso Estado.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/03/2004 - Página 7731