Discurso durante a 36ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Importância da prevenção e destinação de recursos para o estudo, a pesquisa e o aparelhamento técnico visando o combate ao câncer, a propósito do Dia Mundial de Combate ao Câncer, no último dia 8 do corrente.

Autor
Valmir Amaral (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/DF)
Nome completo: Valmir Antônio Amaral
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM. SAUDE.:
  • Importância da prevenção e destinação de recursos para o estudo, a pesquisa e o aparelhamento técnico visando o combate ao câncer, a propósito do Dia Mundial de Combate ao Câncer, no último dia 8 do corrente.
Publicação
Publicação no DSF de 15/04/2004 - Página 10249
Assunto
Outros > HOMENAGEM. SAUDE.
Indexação
  • HOMENAGEM, DIA INTERNACIONAL, COMBATE, CANCER, OPORTUNIDADE, CONSCIENTIZAÇÃO, SOCIEDADE, IMPORTANCIA, DIVULGAÇÃO, METODO, PREVENÇÃO, DESTINAÇÃO, RECURSOS, ESTUDO, PESQUISA, APARELHAMENTO, NATUREZA TECNICA, IMPEDIMENTO, AGRAVAÇÃO, DOENÇA.
  • IMPORTANCIA, TRABALHO, INSTITUTO NACIONAL DO CANCER, MINISTERIO DA SAUDE (MS).

O SR. VALMIR AMARAL (PMDB - DF. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o dia 8 de abril assinala o Dia Mundial de Combate ao Câncer. É importante emprestar a nossa voz para que se aprofunde a consciência dos brasileiros e de suas instituições no que se relaciona a essa doença, enfermidade terrível, de mil faces ameaçadoras, que mata, aleija, infelicita em todo o mundo, em países pobres, ricos ou emergentes.

No Brasil, em 2003, foram cerca de 400 mil novos casos de câncer. Portanto, 400 mil pessoas receberam a notícia de que tinham a doença. Nem sempre é um aviso que vem a tempo de possibilitar um tratamento que salve vidas. E quando, por sorte, o diagnóstico é precoce, como sempre deveria ser, e há possibilidade de tratamento e até chance de cura, ainda assim sofrem os enfermos e suas famílias devido aos procedimentos terapêuticos, geralmente, penosos e demorados.

Ainda em 2003, tivemos cerca de 127 mil mortes por câncer. Entre os homens, o câncer de pulmão é o que mais mata. É uma devastadora neoplasia maligna, quase sempre causada pelo cigarro. Para cada 100.000 habitantes, são 13 mortes. Logo a seguir, como grande matador entre os homens, vem o câncer de próstata. É também alto o número de mortes por câncer de estômago, esôfago, cólon e reto.

Entre as mulheres, o mais freqüente é o câncer de mama, seguindo-se o de pulmão e os do aparelho digestivo e do útero. Para homens e mulheres, o câncer de incidência mais comum, mais freqüente, é o de pele não-melanoma. No entanto, este não mata muito, pois, se detectado no início, é de fácil tratamento e cura.

Como vemos, Sr. Presidente, o câncer é um grande inimigo da saúde e da vida humana. Mas temos como reagir. A medicina brasileira acompanha os progressos mundiais das inovações científicas na luta contra o câncer. A primeira linha de defesa, nessa luta, é a prevenção. Para cada tipo de câncer, há para os indivíduos e para as famílias e a comunidade meios de se organizar, de se preparar, acompanhando, prevenindo, detectando a tempo os primeiros sinais da doença.

O papel dos médicos e das instituições de saúde é divulgar a idéia da prevenção, os métodos de prevenção. Tudo o que se pode investir e fazer em matéria de acompanhamento e de prevenção vale a pena, pois é enorme a diferença entre tratar no início e tratar no estágio avançado da doença. Os custos materiais e em sofrimento para as pessoas, as famílias e a sociedade crescem enormemente quando não se faz a prevenção, o acompanhamento.

O desafio posto para a sociedade brasileira, diante do câncer, é manter não somente uma medicina atualizada científica e tecnicamente, mas também um sistema de saúde pública que estenda os benefícios da prevenção e do tratamento a toda a população. Hoje, só têm garantido um bom atendimento aqueles muito abonados ou os associados a planos de saúde sólidos.

Temos, pelo Brasil afora, bons hospitais para tratamento de câncer. Alguns têm mesmo excelente padrão. Em termos de Poder Público, é muito útil o trabalho de compilação estatística feito pelo Instituto Nacional do Câncer - INCA, do Ministério da Saúde. Com boas estatísticas e previsões sobre a incidência e a mortalidade associadas a cada tipo de câncer e suas variações regionais, as instituições médicas, públicas e particulares podem dimensionar corretamente seus esforços no combate a essa traiçoeira enfermidade.

Combate, Sr. Presidente, que se deve dar sem trégua, esclarecendo-se a população, dedicando-se os recursos para o estudo, a pesquisa e o aparelhamento técnico. Um esforço de todos, na luta contra o terrível mal que é o câncer, para o benefício de todos.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/04/2004 - Página 10249