O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, agradeço a V. Exª. Gostaria tão-somente de fazer um registro que considero importante, notadamente para os produtores rurais e para os agricultores sem-terra do Estado de Sergipe.

No último domingo, esteve no nosso Estado de Sergipe o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Dr. Miguel Rossetto, que teve a ocasião de anunciar benefícios para os produtores rurais e para os agricultores sem-terra, que certamente irão redundar em benefício do desenvolvimento do setor agrícola do nosso Estado. No povoado São José das Quebradas, onde também esteve, o Ministro distribuiu recursos que foram direcionados no sentido da aquisição de terra para os agricultores sem terra e, no Município de Simão Dias, onde também esteve presente, vários prefeitos receberam cheques simbólicos que visavam à distribuição de recursos para o atendimento à agricultura familiar. Em Aracaju, já sem a presença do Ministro, na última segunda-feira, ontem portanto, com a presença do secretário, Dr. Humberto Oliveira, que é sergipano e simãodiense, vários atos também foram assinados com os prefeitos municipais, proporcionando a eles a oportunidade de atuarem em diversas áreas: na área da piscicultura, na área de pequena produção agrícola. O Governo Federal disponibilizou mais de R$3 milhões para o Estado de Sergipe cuidar de sua pequena agricultura.

Levando-se em conta que, nos próximos quinze dias, o Ministro Miguel Rossetto estará novamente em Sergipe para apoiar os pequenos agricultores de Poço Redondo e Canindé de São Francisco, fica comprovado que o Nordeste brasileiro, pelo menos o pequeno Estado de Sergipe, está sendo lembrado pelo Governo no setor de atendimento aos pequenos agricultores e na própria reforma agrária, que é essencial para o desenvolvimento do nosso País.

A agricultura é importante, mas a reforma agrária é mais do que necessária tendo em vista que ainda existem muitas terras improdutivas no Brasil. Dois terços das terras agricultáveis do nosso País não estão sendo devidamente utilizados por falta ainda de uma política consistente e voltada para a produção. No momento em que o campo estiver ocupado, que os trabalhadores rurais estiverem produzindo suas terras, haverá, sem dúvida alguma, um impacto positivo nas grandes cidades, que não mais estarão inchadas, recebendo, como recebem atualmente, levas e mais levas de agricultores que, não encontrando condições ideais para trabalhar no campo, deslocam-se para os grandes centros urbanos. Lá, encontram toda espécie de dificuldades. Alguns deles, como nós sabemos, entram pelo caminho da criminalidade em virtude do desprezo e da violência a que são submetidos nas grandes cidades, nos grandes centros urbanos.

Portanto, Sr. Presidente, neste instante, registro esse acontecimento no Estado de Sergipe. Agindo dessa forma, estaremos evitando a evasão do homem do campo e a violência nos grandes centros urbanos. Estaremos propiciando ao povo que more no lugar onde nasceu, para trabalhar, produzir, e gerar empregos.