Pronunciamento de Arthur Virgílio em 05/05/2004
Discurso durante a 50ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Comentários à matéria da Jornalista Arlete Salvador sobre o Senador Mão Santa. (como Líder)
- Autor
- Arthur Virgílio (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/AM)
- Nome completo: Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Neto
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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SENADO.:
- Comentários à matéria da Jornalista Arlete Salvador sobre o Senador Mão Santa. (como Líder)
- Publicação
- Publicação no DSF de 06/05/2004 - Página 12358
- Assunto
- Outros > SENADO.
- Indexação
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- REGISTRO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, CORREIO BRAZILIENSE, DISTRITO FEDERAL (DF), RECLAMAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, MESA DIRETORA, ATUAÇÃO, MÃO SANTA, SENADOR, EXERCICIO, PRESIDENCIA, SESSÃO, SENADO, ALEGAÇÕES, COMENTARIO, APOIO, DISCURSO, OPOSIÇÃO.
- REPUDIO, INTERFERENCIA, EXECUTIVO, LEGISLATIVO.
O SR. ARTHUR VIRGÍLIO (PSDB - AM. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, muito obrigado.
Trata-se de matéria urgente, mas todas as outras já se sobrepuseram a ela, pela própria lógica, pela própria dinâmica, pela própria evolução da sessão.
Hoje na coluna “Brasília-DF” do Correio Braziliense, da respeitável jornalista Arlete Salvador, há uma nota com o retrato do nosso ilustre colega Mão Santa, intitulado “Passou dos Limites”, que diz o seguinte:
O Planalto fez chegar à mesa diretora do Senado a informação de que não está gostando de ver o senador Mão Santa (foto), do PMDB do Piauí, presidindo as sessões da Casa na ausência de José Sarney. O Governo está incomodado com o que chama de presidente-âncora, uma referência aos apresentadores de televisão que comentam as notícias. É que Mão Santa aproveita para comentar a palavra dos colegas na tribuna, tem atração especial pelo discurso da Oposição. O Governo quer ouvi-lo o menos possível.
O primeiro registro a se fazer, Sr. Presidente, é que não há nenhuma dúvida de que a Mesa repeliria isso. Não se tem nem que se discutir sobre isso.
O segundo registro é dar-se crédito, sim, à nota. A jornalista é uma profissional séria. Ela ouviu isso de alguma fonte. Isso posso atestar, por conhecê-la.
O terceiro registro é imaginarmos que estamos vivendo um estado de coisas em que cabe ao Palácio do Planalto gostar ou não de determinada postura do Congresso Nacional. É preciso deixar bem claro ao Palácio do Planalto que o fato de o Senador Mão Santa presidir ou não a sessão é problema apenas do Senado Federal. Ou seja, S. Exª preside ou não a sessão a depender de haver ou não alguém da Mesa Diretora presente para fazer isso. Esta Casa, que hoje mostrou mais uma vez a sua independência, não se submete a injunções de quaisquer espécies. Na verdade, repudiaria, de pronto, qualquer tentativa de diminuir o nosso colega Senador Mão Santa, ou qualquer tentativa de ingerência sobre os trabalhos livres e soberanos do Senado Federal.
Se o Palácio do Planalto gosta do Senador Mão Santa é problema dele; se ele não gosta, é problema dele. Não tem a menor importância para nenhum de nós aqui a opinião do Palácio do Planalto sobre o Senador Mão Santa.
Que fique bem claro que o Palácio do Planalto é muito importante não para aprovar qualquer MP - ficou provado isso hoje. Ele é muito importante não para que levemos a sério a sua eventual opinião sobre um colega respeitado que tem feito um grande trabalho, presidindo a sessão toda vez que é chamado para isso, com a sua experiência, com o seu espírito público, com a sua seriedade.
É o registro que queria fazer.
Muito obrigado.