Discurso durante a 67ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Anúncio da liberação de recursos para a recuperação das rodovias do Rio Grande do Norte e para investimentos nos portos de Areia Branca e Natal.

Autor
Garibaldi Alves Filho (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RN)
Nome completo: Garibaldi Alves Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA DE TRANSPORTES.:
  • Anúncio da liberação de recursos para a recuperação das rodovias do Rio Grande do Norte e para investimentos nos portos de Areia Branca e Natal.
Aparteantes
Maguito Vilela.
Publicação
Publicação no DSF de 01/06/2004 - Página 16803
Assunto
Outros > POLITICA DE TRANSPORTES.
Indexação
  • COMENTARIO, ANUNCIO, ALFREDO PEREIRA DO NASCIMENTO, MINISTRO DE ESTADO, MINISTERIO DOS TRANSPORTES (MTR), LIBERAÇÃO, RECURSOS, OBRA PUBLICA, INFRAESTRUTURA, PORTO DE NATAL, PORTO DE AREIA BRANCA, REDE VIARIA, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (RN).
  • REGISTRO, ARTIGO DE IMPRENSA, JORNAL, O ESTADO DE S.PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), DENUNCIA, RISCOS, PARTILHA, RECURSOS, CONTRIBUIÇÃO, INTERVENÇÃO, DOMINIO ECONOMICO, PREJUIZO, MUNICIPIOS, ESTADOS.

O SR. GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB - RN. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, vou procurar compatibilizar o tempo com o Senador Marcos Guerra e outros que ainda venham a ocupar a tribuna do Senado Federal no dia de hoje.

Na manhã de hoje, o Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, anunciou no Rio Grande do Norte, na sede da Federação das Indústrias, a liberação de R$41.000.815,00 para obras de infra-estrutura na malha viária estadual e ainda nos portos de Natal e de Areia Branca.

Esse anúncio foi feito, segundo o ministro, com alegria e emoção, pelo fato de ele ser nosso conterrâneo. A sua carreira política foi toda desenvolvida em Manaus, mas ele é um norte-rio-grandense, nascido no Município de Umarizal, no Rio Grande do Norte.

Criticou o ministro, em seu discurso, os investimentos equivocados, que fizeram com que, nos últimos dez anos, 80% dos recursos aplicados no setor de transporte tenham sido destinados apenas para o setor rodoviário, deixando de lado as hidrovias, os portos e as ferrovias, que ficaram apenas com 20% dos investimentos.

Para tentar reverter essa realidade, disse o ministro que o Governo colocará em prática um plano emergencial para restaurar mais de 7 mil quilômetros de rodovias até dezembro deste ano e 11.200 quilômetros de rodovias federais até abril de 2005, com a aplicação de uma cifra de R$2 bilhões em todo o País. “Tudo que existir no orçamento vou autorizar e liberar”- concluiu.

Sr. Presidente, para as rodovias do Estado, o Governo assegurou R$33 milhões e para os portos, R$8 milhões. Dir-se-ia que isso ainda é pouco em face da realidade de nosso Estado. Mas o que é certo é que esses recursos anunciados pelo ministro não deixam de se constituir num avanço diante do que existia. Depois de terem sido iniciados os investimentos, os recursos foram minguando e o porto teve os seus recursos contingenciados, paralisados.

Por outro lado, o porto de Areia Branca, para o qual foram destinados agora esses R$6 milhões, juntamente com o porto de Natal, estava enfrentando o risco de comprometer a sua operação porque se trata de um porto-ilha, realmente sui generis dentro do contexto portuário do País.

Percebo que o Senador Maguito Vilela quer contribuir com o meu discurso com o seu aparte.

O Sr. Maguito Vilela (PMDB - GO) - Sem dúvida nenhuma, Senador Garibaldi Alves, ex-extraordinário Governador do Rio Grande do Norte e um dos mais brilhantes Senadores desta República. Fico feliz de ouvir o que V. Exª está dizendo sobre a participação efetiva do Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, anunciando verbas para estradas estaduais, federais e portos no seu Estado. Fez o mesmo recentemente no meu Estado de Goiás. As coisas já estão andando, os recursos estão sendo liberados, as estradas recuperadas, e isso é muito importante para todos nós brasileiros. O Ministro Alfredo Nascimento, conterrâneo de V. Exª, é realmente um homem sério, de palavra, um homem honrado, que tem um passado brilhante como Prefeito de Manaus, Vice-Governador, Secretário de Fazenda lá do Amazonas, um homem em quem o Brasil pode confiar, pelas suas qualidades, pela sua palavra, pela sua honradez. Congratulo-me com V. Exª por ter já conseguido liberar, pelo menos, o anúncio desses recursos que vão minimizar os problemas no seu extraordinário Estado. É de decisão como esta que nós estamos precisando para melhorar o nosso País. Meus cumprimentos.

O SR. GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB - RN) - Agradeço ao Senador Maguito Vilela, que trouxe uma contribuição muito importante para o meu pronunciamento. Agradeço inclusive os elogios feitos a minha administração e a minha atuação aqui no Senado, os quais são fruto da bondade do Senador Maguito Vilela, este, sim, um grande Senador, um grande Governador, o Governador melhor avaliado durante a sua gestão. Fui testemunha disso, porque naquela época também era Governador de Estado.

Faço essas observações a respeito da presença do ministro, mas não se trata apenas de uma exaltação ao diligenciamento e à dinamicidade que S. Exª imprimiu ao anúncio da liberação desses recursos, hoje, no Rio Grande do Norte. O ideal - como já falou aqui o Senador Alberto Silva, um estudioso do assunto - é que tivéssemos efetivamente uma descentralização de recursos e que ela pudesse ser compartilhada pelos governos estadual e municipal.

Ao mesmo tempo em que faço este registro, Senador Maguito Vilela, também me detenho diante de uma matéria do Jornal O Estado de S. Paulo, que diz que a partilha da Cide deixará 57% dos Municípios, durante o trimestre, com menos de R$10 mil. O que significa dizer que a Cide tão esperada, tão sonhada e tão cobrada aqui neste plenário não dará nem para comprar uma Kombi, segundo levantamento do jornal. Apenas um grupo restrito de dez grandes cidades terá direito a investir mais de R$500 mil.

O que existe, portanto, é uma pulverização dos recursos da Cide. É algo que não pode deixar de ser devidamente estudado e avaliado pelo Senado, devido à contribuição que esta Casa deu para que os recursos da Cide pudessem ser efetivamente liberados.

Para contribuir com outros oradores que desejam fazer uso da palavra, inclusive o Senador Marcos Guerra, deixo a tribuna, atendendo o pedido do Sr. Presidente.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 01/06/2004 - Página 16803