Discurso durante a 64ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Resposta ao pronunciamento do Senador Almeida Lima.

Autor
Antonio Carlos Valadares (PSB - Partido Socialista Brasileiro/SE)
Nome completo: Antonio Carlos Valadares
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
EXPLICAÇÃO PESSOAL. MOVIMENTO TRABALHISTA.:
  • Resposta ao pronunciamento do Senador Almeida Lima.
Publicação
Publicação no DSF de 27/05/2004 - Página 16240
Assunto
Outros > EXPLICAÇÃO PESSOAL. MOVIMENTO TRABALHISTA.
Indexação
  • ESCLARECIMENTOS, POSIÇÃO, ORADOR, COBRANÇA, GOVERNO FEDERAL, NEGOCIAÇÃO, GREVE, POLICIA FEDERAL, INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS).
  • CRITICA, GOVERNADOR, ESTADO DE SERGIPE (SE), AUSENCIA, NEGOCIAÇÃO, SINDICATO, ASSOCIAÇÃO DE CLASSE, REPRESENTAÇÃO, PROFESSOR, ENTENDIMENTO, IGREJA, LEGISLATIVO.

O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco/PSB - SE. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o nobre Senador Almeida Lima afirmou que não fiz qualquer pronunciamento ou reclamação sobre a greve da Polícia Federal e do INSS. Faço tudo com muita transparência. Portanto, nos Anais do Senado Federal, qualquer Senador encontrará pronunciamento feito por mim no sentido de que o Governo Federal deveria dialogar com os órgãos e funcionários que estivessem em greve, visto que isso destoa, sem dúvida alguma, dos compromissos assumidos pelo Presidente Lula.

No entanto, vejo que, neste momento, a Polícia Federal e os demais funcionários que estão em greve encontram um canal para negociação por intermédio de seus órgãos representativos. Isso é importante, pois, em Sergipe, pastores, padres e Parlamentares de outros Partidos são chamados para negociar com o Governador. Não se ouve, porém, a representação de classe legitimada e eleita pelo voto dos professores.

Senador Almeida Lima, V. Exª está de parabéns ao discordar do Governo do Estado. Não pode concordar, todavia, com a discriminação, o descaso e a desconsideração do Governo do Estado para com a classe que tem uma representação.

Sr. Presidente, Senador Romeu Tuma, já pensou se a Polícia Federal não tivesse o poder de negociar com o Governo Federal e fosse fazê-lo por intermédio dos evangélicos, dos bispos, e não por meio da representação legítima da sua classe? Essa situação seria uma desmoralização completa, e Polícia Federal jamais aceitaria algo assim.

Por isso, considero errada a condução, mas espero, sem dúvida alguma, que todos os pleitos sejam atendidos - na realidade, quero isso -, que a paz volte a reinar em Sergipe no setor educacional e que os professores voltem às salas de aula em condições de trabalho, para oferecer à nossa juventude a educação que os pais esperam, visando ao futuro no nosso Estado de Sergipe.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 27/05/2004 - Página 16240