Discurso durante a 81ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Emoção da Corrida da Tocha Olímpica ocorrida na cidade do Rio de Janeiro.

Autor
Hélio Costa (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/MG)
Nome completo: Hélio Calixto da Costa
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ESPORTE.:
  • Emoção da Corrida da Tocha Olímpica ocorrida na cidade do Rio de Janeiro.
Publicação
Publicação no DSF de 15/06/2004 - Página 18092
Assunto
Outros > ESPORTE.
Indexação
  • CONGRATULAÇÕES, ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), SOLENIDADE, MARCHA, ATLETAS, ANTERIORIDADE, PARTICIPAÇÃO, OLIMPIADAS, DIVULGAÇÃO, EMISSORA, TELEVISÃO, RADIO, IMPRENSA, IMPORTANCIA, HOMENAGEM, ESPORTE, BRASILEIROS, DETALHAMENTO, NOME, REPRESENTANTE, BRASIL, OBTENÇÃO, MEDALHA, COMPETIÇÃO ESPORTIVA.
  • REGISTRO, APROVAÇÃO, COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, PROJETO DE LEI, INICIATIVA, MINISTERIO DO ESPORTE, CRIAÇÃO, BOLSA ESPECIAL, ATLETAS, INCENTIVO, ESPORTE, DEMOCRACIA, ACESSO.

O SR. HÉLIO COSTA (PMDB - MG. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, a proximidade dos Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro faz com que mineiros e cariocas tenham uma relação bonita e importante do ponto de vista cultural, comercial e estratégico. Sempre que ocorre no Rio de Janeiro, lamentavelmente, algum fato relacionado à violência desmedida que o País inteiro observa, sentimos como se fôssemos cariocas e fluminenses os problemas do Rio.

Da mesma forma, quando o Rio dá um espetáculo de civismo, como ocorreu ontem com a corrida da tocha olímpica, nós mineiros temos que aplaudir e cumprimentar o povo do Rio de Janeiro. À tarde, quando começaram a chegar os mineiros que estavam no Rio de Janeiro e que presenciaram o espetáculo extraordinário que foi esse verdadeiro desfile de atletas brasileiros que disputaram as Olimpíadas desde 1920 ou que participaram de alguma forma com familiares presentes nas Olimpíadas, começamos a ver que retrato bonito se passou pela televisão, pelo rádio e pela imprensa de modo geral, que espetáculo maravilhoso foi o desfile da tocha olímpica pelos dezesseis bairros do Rio de Janeiro.

Tive a oportunidade, Sr. Presidente, hoje pela manhã, de fazer um retrospecto da participação dessas pessoas extraordinárias que fizeram o Brasil nas Olimpíadas. Lembrei-me, evidentemente, das participações de Adhemar Ferreira da Silva, que deu duas medalhas de ouro ao Brasil com o salto triplo; de Nelson Prudêncio, de João do Pulo... O Brasil conseguiu, na verdade, 54 medalhas: 12 de ouro, 13 de prata e 29 de bronze; e a melhor participação do Brasil deu-se nas Olimpíadas de Atlanta.

Desde 1920, quando Guilherme Paraense ganhou a primeira medalha para o Brasil no tiro, o nosso País, com o futebol, com o basquete, com o vôlei, com o iatismo, tem elevado o nome de atletas brasileiros.

Ontem, quando o mais extraordinário atleta que o Brasil já deu ao mundo, Edson Arantes do Nascimento, começou aquela caminhada, nós mineiros tivemos o maior orgulho de saber que esse jogador extraordinário, o mais completo atleta que o Brasil já produziu, emocionava-se, chorava ao carregar a tocha. Ele sabia que o Brasil, apesar de ter disputado e de não ter conseguido ser a sede da próxima Olimpíada, participava de coração com os seus atletas, fazendo um espetáculo emocionante como o ocorrido ontem.

Durante toda a tarde, todo o dia, vimos, além de Pelé, de Zico, de Romário, de Lars Grael - atleta da vela -, de Eder Jofre, um simples gari do Rio de Janeiro carregando a tocha, transmitindo a participação da população, que tem o Brasil no coração e que vê que o nosso País vai às Olimpíadas em agosto para mostrar a importância do esporte. Carregaram também a tocha olímpica um simples carteiro; o nosso Oscar, de tantas glórias; Zagallo, várias vezes campeão do mundo; Aurélio Miguel, do judô; a nossa esperança das próximas Olimpíadas, a ginasta Daiane; Joaquim Cruz, que tanto sucesso fez, que tanto elevou o nome do Brasil nos Estados Unidos e nas Olimpíadas; Marcelo Yuca, que representou os paraatletas e que mostrou a sua determinação de participar dos jogos olímpicos; o velho Nilton Santos, primeiro campeão do mundo na Copa de 1958 e posteriormente em 1962. Finalmente, além de Gustavo Borges, de Paula e de tantos outros, o nosso Ronaldo, “o fenômeno”, encerrou essa verdadeira parada de desportistas que representam o Brasil no exterior.

Sr. Presidente, na semana passada, a Comissão de Educação, Presidida pelo ilustre Senador Osmar Dias, do Paraná, aprovou projeto do atual Ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz, relatado pelo próprio Presidente da Comissão, criando a Bolsa Atleta. Talvez seja por meio desse instrumento que o Brasil poderá fazer com que jovens de todas as classes sociais, principalmente os mais modestos, que vêm das famílias mais simples do País, mas com talento esportivo, participem e cresçam como atletas e que um dia representem o Brasil em um acontecimento tão importante como as Olimpíadas, certamente levando todos os brasileiros à emoção que sentimos ontem, quando Pelé chorava ao carregar a tocha olímpica.

Também me emocionei, Sr. Presidente. As lágrimas de Pelé molharam o coração de todos os brasileiros.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 15/06/2004 - Página 18092