Discurso durante a 87ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem de pesar pelo falecimento do ex-governador Leonel de Moura Brizola.

Autor
Efraim Morais (PFL - Partido da Frente Liberal/PB)
Nome completo: Efraim de Araújo Morais
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM.:
  • Homenagem de pesar pelo falecimento do ex-governador Leonel de Moura Brizola.
Publicação
Publicação no DSF de 23/06/2004 - Página 19053
Assunto
Outros > HOMENAGEM.
Indexação
  • HOMENAGEM POSTUMA, LEONEL BRIZOLA, EX GOVERNADOR, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (RS), ESTADO DO RIO DE JANEIRO (RJ), PRESIDENTE, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DEMOCRATICO TRABALHISTA (PDT), ELOGIO, VIDA PUBLICA, LIDERANÇA, ATIVIDADE POLITICA, LUTA, GARANTIA, LIBERDADE, LEGALIDADE, JUSTIÇA SOCIAL, PAIS.

O SR. EFRAIM MORAIS (PFL - PB. Para encaminhar a votação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, obviamente, lamento profundamente a morte da personalidade política do engenheiro, do ex-Governador, ex-Deputado, ex-Prefeito Leonel Brizola. Creio que se houvesse tempo suficiente poderíamos muito bem traçar a cronologia de Leonel Brizola a partir do dia 22 de janeiro de 1922, quando nasceu, até chegarmos ao dia 21 de junho de 2004, quando morreu. Diríamos que, nesse intervalo, Leonel Brizola teve momentos históricos na sua vida pública, seja em 1945, quando começou a cursar Engenharia na Universidade do Rio Grande do Sul, e que veio a concluí-lo em 1949.

Faço esse registro, Senador Mão Santa, porque também sou engenheiro, e entendo que, como engenheiro, como político, como cidadão, Brizola cumpriu a sua missão aqui neste mundo, neste País. Então, tenho convicção de que teríamos tempo suficiente para traçarmos essa cronologia que, com certeza, aqui já foi discutida por personalidades que conheceram melhor Leonel Brizola. Eu diria que, de uma outra geração, tivemos a oportunidade de aprender, e aprender muito, com esse grande homem público.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu diria que morre, aos 82 anos, o engenheiro e Presidente Nacional do PDT, Leonel Brizola, o último defensor de uma doutrina política que marcou época no País: o trabalhismo.

Eu diria, ainda, que o Brasil perdeu um grande líder e uma das figuras políticas mais marcantes do Século XX e dos últimos 50 anos, principalmente. Posso dizer que, acima de tudo, o Engenheiro Leonel Brizola tornou-se, para várias gerações, inclusive para a minha, uma referência na luta pela liberdade contra o arbítrio e pela justiça social.

Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, perdeu o Brasil o estadista político do Século XX. Perdeu o mundo político o mais coerente político do País, que deixa como herança a defesa da democracia.

Todos nós que tivemos a felicidade de conviver com Brizola, mesmo à distância, mesmo discordando, e muito, de alguns pontos ideológicos do Governador Brizola, queremos deixar, desta tribuna, a nossa palavra de solidariedade à sua família, à família gaúcha, à família carioca e a toda família trabalhista deste País, porque, sem dúvida, o grande legado, a grande defesa e, acima de tudo, a grande herança que Brizola deixou para todos nós foi a defesa intransigente da democracia.

Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/06/2004 - Página 19053