Discurso durante a 88ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Importância do setor de distribuição como elo essencial para a economia do país.

Autor
Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ECONOMIA NACIONAL.:
  • Importância do setor de distribuição como elo essencial para a economia do país.
Publicação
Publicação no DSF de 24/06/2004 - Página 19368
Assunto
Outros > ECONOMIA NACIONAL.
Indexação
  • REGISTRO, DADOS, PESQUISA, ASSOCIAÇÃO NACIONAL, EMPRESA DE COMERCIO ATACADISTA, DISTRIBUIDOR, PRODUTO INDUSTRIALIZADO, AVALIAÇÃO, CRESCIMENTO, SETOR, AUMENTO, FATURAMENTO, PARCERIA, INDUSTRIA, COMERCIO VAREJISTA, MELHORIA, ABASTECIMENTO, MERCADO INTERNO, ELOGIO, ATUAÇÃO, ENTIDADE.

O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, entre a produção de bens e o ponto de venda onde o consumidor vai adquiri-los há um elo essencial para a economia de qualquer país, que corresponde ao setor de distribuição. Quando esse elo funciona perfeitamente em seu papel de ligar as pontas de produção e de consumo, todos saem ganhando.

O desenvolvimento e o aprimoramento constantes do comércio atacadista/distribuidor e da atividade de distribuição em nível nacional constituem objetivos prioritários da Abad - Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados.

A Abad comemora, presentemente, os excelentes resultados das empresas do setor no ano de 2003, tal como radiografado pelo Instituto de Pesquisas ACNielsen.

No ano passado, Sr. Presidente, as empresas atacadistas/distribuidoras tiveram um faturamento total de 64,1 bilhões de reais, tornando-se responsáveis por 51% das vendas totais do varejo, isto é, para o consumidor final. Tal resultado representou um aumento real de 5,4% em relação a 2002.

Essa tendência de crescimento já se definia ao longo da década de 1990. Em 1991, o setor atacadista/distribuidor detinha 30,6% de participação no mercado. Esse excepcional crescimento de 67,6% em pouco mais de uma década reflete os esforços das empresas em capacitação e modernização, com pesados investimentos em logística, informatização, automação e formação de pessoal.

Deve ser igualmente destacado, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o empenho das mesmas empresas em estabelecer saudáveis parcerias com a indústria e com o comércio varejista, repercutindo positivamente em toda a cadeia nacional de abastecimento. A Abad sempre priorizou a facilitação dessas parcerias, orientação que foi reforçada sob a direção do atual Presidente da entidade, Paulo Pennacchi.

O pequeno varejo, do armazém ou loja de vizinhança, muito tem ganhado com a oferta de uma maior variedade de produtos resultante do trabalho cada vez mais eficiente e completo dos atacadistas/distribuidores. A diversificação de marcas oferecidas, somada aos investimentos em modernização tanto das distribuidoras como do pequeno comércio varejista, tem permitido a este último tornar-se mais competitivo também nos preços.

Esse crescimento do comércio de vizinhança mostra-se econômica e socialmente salutar. Ele gera empregos, distribui renda e dá mais conforto ao consumidor, que prefere, via de regra, fazer suas compras perto de casa.

O setor de atacado/distribuição atende a 900 mil pontos de venda espalhados por todo o Brasil. Não deixemos de registrar que, apenas no que se refere a empregos diretos, suas empresas são responsáveis por 200 mil postos de trabalho. 

Por qualquer lado que analisemos sua atuação, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, os atacadistas e distribuidores de produtos industrializados demonstram ter um papel extremamente profícuo para a economia e a sociedade brasileiras.

Não há dúvida de que muito desse desempenho deve ser creditado à própria associação.

A Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados foi criada em novembro de 1981, tendo, atualmente, mais de 2 mil empresas associadas.

São filiados à Abad, Sr. Presidente, 25 associações ou sindicatos de atacadistas e distribuidores, espalhados pela quase totalidade das unidades da Federação.

Sua sede própria, situada na capital paulista, foi adquirida em 1994, incorporando, no ano de 2002, mais dois andares do mesmo edifício da avenida 9 de julho.

Com sua ampliação, a sede da Abad tem sido capaz de melhor atender uma série de atividades que são, em ritmo crescente, promovidas pela instituição. Destaquemos, entre essas, a Convenção Anual do Setor, o Congresso ABAD de Produtividade, as atividades da Escola Abad de Produtividade, ao lado de seminários, palestras e eventos culturais.

Vale sublinhar, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, que, além de desenvolver e aprimorar o setor, a Abad elegeu alguns outros objetivos, os quais, sem dúvida, concorrem para uma mais completa consecução de sua finalidade básica.

Estão, entre eles, a promoção do intercâmbio entre as indústrias e as empresas atacadistas/distribuidoras e a busca de entendimento com os poderes públicos, em prol dos interesses maiores do setor.

O objetivo de “manter serviços de informações e de assistência às associações filiadas e aos associados sobre todos os assuntos de interesse do setor” materializa-se na oferta de assessoria política, jurídica e de comunicação. Às mesmas deve-se acrescentar a disponibilidade de um banco de dados, que gera projeções para o setor, em comparação com outros setores da economia nacional, com base em estudo de desempenho de responsabilidade da FIA/USP (Fundação Instituto de Administração, da Universidade de São Paulo).

Outro importante documento para o mercado é o Ranking do setor atacadista/distribuidor de produtos industrializados, realizado pela Abad em parceria com o Instituto de Pesquisas ACNielsen, com análise dos dados efetuada pela FIA/USP.

A cada mês de abril, a revista Distribuição, publicação oficial da Abad e do setor atacadista/distribuidor, divulga os resultados do Ranking. Ressaltemos que essa revista de negócios se destaca pela informação qualificada e atraente, servindo de efetivo apoio aos empresários em suas decisões relativas ao mercado, à tecnologia e à administração.

No âmbito das ações que concorrem para promover o intercâmbio entre as indústrias e as empresas atacadistas/distribuidoras, não me referi ainda à Central de Negócios Abad, que “presta informações e assessoria aos associados sobre produtos e serviços de uso comum no setor, identificando fornecedores com capacidade de oferecer as melhores condições de mercado”. Muitos contratos já foram realizados por meio da Central de Negócios, facilitados, decerto, pelo especial interesse dos fornecedores cadastrados em atender bem ao associado da Abad.

A preocupação com a qualificação técnica e profissional do setor alcançou novo patamar com o funcionamento da Escola Abad de Produtividade, cujos objetivos são:

- Treinar profissionais das mais diversas áreas das empresas atacadistas e distribuidoras;

- Levar treinamento especializado, tecnologias e tendências de mercado para o setor no Brasil;

- Divulgar as melhores práticas do setor para todos os atacadistas/distribuidores;

- Consolidar o conhecimento básico do negócio no setor.

É ainda fundamental, Sr. Presidente, para corresponder plenamente às necessidades de um setor de tamanha relevância na economia nacional, uma visão prospectiva e estratégica; uma visão que abarque as questões mais amplas que dizem respeito ao setor atacadista/distribuidor, tendo por horizonte o potencial de crescimento do conjunto das suas empresas.

A concretização dessa necessidade vem se realizando por meio de uma iniciativa inovadora, o Fórum Estratégico Abad, que busca definir, para a próxima década, estratégias de distribuição que integrem os membros da cadeia de abastecimento e otimizem a utilização de ativos e de informação.

Não temos dúvida, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, de que esses esforços estratégicos serão bem recompensados, firmando ainda mais a posição do setor atacadista/distribuidor como um elo fundamental para o desenvolvimento da economia brasileira.

Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/06/2004 - Página 19368