Discurso durante a 92ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre o Relatório Anual de atuação do Banco Santos, referente ao exercício de 2003.

Autor
Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
BANCOS.:
  • Considerações sobre o Relatório Anual de atuação do Banco Santos, referente ao exercício de 2003.
Publicação
Publicação no DSF de 30/06/2004 - Página 20018
Assunto
Outros > BANCOS.
Indexação
  • COMENTARIO, PRESTAÇÃO DE CONTAS, RELATORIO, BANCO PARTICULAR, ESTADO DE SÃO PAULO (SP), REGISTRO, EFICACIA, ATUAÇÃO, CRESCIMENTO, EMPRESA.

O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, por mais uma gentileza de seu principal administrador, presidente Edemar Cid Ferreira, recebemos há pouco, o relatório anual de atuação do Banco Santos, referente ao exercício de 2003, que nos merece, nesta oportunidade, algumas breves considerações.

O documento não corresponde apenas a uma prestação de contas, tão usual em cada encerramento de ano fiscal. Mais do que isso, ele é o anúncio fiel do início de uma “nova era” daquele sempre respeitado e admirado estabelecimento creditício do grande Estado de São Paulo.

De fato, naquele ano, o Banco Santos apresentou invejável crescimento: o patrimônio líquido alcançou o percentual de 29,95%; os ativos de crédito, 39,67%; a captação total, 41,65%; as receitas operacionais 68,91%; e a rentabilidade sobre o patrimônio líquido a marca de 20,53%.

Contudo, a alta administração do Banco Santos não julga que a excelência desses números seja o mais importante, mas sim a equipe de profissionais que lhe estão inovando, o já excelso conceito. Cita, como exemplo, as providências que a equipe de tecnologia adotou naquele ano, com “o propósito de trazer mais transparência e proximidade no relacionamento com os clientes”.

Contando com essa equipe altamente especializada, o Banco também dispõe de produtos “premiados como os melhores investimentos do mercado”, dando aos clientes a oportunidade de “acompanhar suas aplicações a qualquer hora e de qualquer lugar”.

Tais investimentos têm a singularidade de reverter a totalidade da taxa de administração, que constituiria parte da remuneração do Banco, para “fundos de cunho social” que ajudam, por exemplo, o Instituto Brasileiro de Combate ao Câncer e o Instituto de Estudos Políticos e Sociais.

Naquele exercício, o Banco Santos foi considerado o mais atuante no mercado de câmbio livre, segundo critérios do Banco Central. As operações com clientes, que eram de R$290 milhões, em 2002, alcançaram a marca de R$1 bilhão, em dezembro de 2003. Consolidado esse resultado, conta-se agora criar novas oportunidades de investimento. 

Na área internacional, o Banco Santos participou do Fórum Econômico Mundial e incorporou novos mercados, com isso triplicando o montante de financiamentos ao comércio exterior. Mediante acordos com dois dos maiores bancos chineses, obteve a garantia de uma representação mais próxima das áreas estratégicas.

No ano a que se refere o documento, ora em apreciação, a “e-financial”, empresa de tecnologia do Grupo Santos, deu início à construção de sua nova sede, atenta ao objetivo de “estar sempre junto aos clientes em novos desafios, gerando oportunidades e conquistando territórios”.

Os produtos e soluções da “e-financial” tornaram-se ferramentas de negócios de cerca de 200 empresas de grande porte, como a Unimed Seguros, a Itaú Seguros, a Mutual Seguros, a Gol Linhas Aéreas Inteligentes e as Lojas Americanas.

No setor de agronegócios, o Banco Santos venceu o desafio de transformar commodities em moeda de negociação do produtor, assegurando prazos compatíveis com suas atividades, proporcionando “um hedge natural ao risco de preço” e a comercialização de seus produtos no momento mais conveniente.

Contabilizaram-se R$120 milhões em operações estruturadas de Cédulas de Produtos Rurais - CPR, compreendendo as modalidades de commodities de açúcar, algodão, pecuária, soja e café, nos Estados de Mato Grosso, Goiás, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Rondônia.

Para o corrente exercício, espera o Banco consolidar a sua participação no mercado bancário como “agente financeiro da cadeia de agronegócios”, para o que se está posicionando como criador e portador de soluções que determinem o aumento da capacidade competitiva dos produtores rurais e de suas cooperativas.

            Merece-nos referência, ainda, que os resultados e parcerias alcançados no último exercício consolidaram a posição do Banco Santos como um dos mais completos e atuantes estabelecimentos de negócios do País, e “líder no desenvolvimento de soluções estruturadas para as empresas nacionais”.

Além de possibilitar a securitização de recebíveis, que assegurou maior reforço no capital de giro das empresas e melhor capacidade de negociação com os fornecedores, o Banco Santos promoveu o repasse de linhas de crédito do BNDES destinadas à modernização e expansão da produção.

Ainda na área do agronegócio, desenvolveu instrumentos de sustentação dos ciclos operacionais, financiando o custeio das safras; a aquisição, estocagem e comercialização de produtos agrícolas e insumos, além de operações de longo prazo mantidas pelas linhas específicas de crédito do BNDES.

Em resumo dessas breves apreciações, acrescentamos que o Banco Santos manteve, no período considerado, forte relacionamento com cerca de 300 dos 500 maiores empreendimentos do País, realizando principalmente as operações que citamos, acrescidas do financiamento de exportações e de investimentos em processos de aquisição e fusão de empresas.

Dessa forma, confirma-se plenamente o acertado desempenho de seus administradores, há muito reconhecidos como os “mais experientes e preparados do mercado financeiro”.

Era o que tínhamos a dizer.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 30/06/2004 - Página 20018