O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, o Banco Bradesco divulgou, há bem poucos dias, seu relatório anual referente a 2003. A euforia refletida nas palavras e nos números não esconde que os resultados comprovam o mais inegável sucesso no âmbito do empreendimento bancário no Brasil. No conjunto, os bons resultados do exercício estão fielmente retratados no total de ativos, que alcançou, no ano passado, a marca de quase 180 bilhões de reais, acusando um lucro líquido na faixa dos 2 bilhões e trezentos milhões de reais.E não é só isso. Ao término do exercício, o volume total de recursos captados e administrados pelo Bradesco alcançou o montante de aproximadamente 240 bilhões de reais, com crescimento de 34% sobre o ano anterior. Como se não bastasse, o banco administra, hoje, cerca de 15 milhões de contas-correntes e detém cerca de 20% do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo.

Sr. Presidente, vale realçar que, nesse desempenho, a forte participação da área de seguros, de previdência e de capitalização ilustra bem a estratégia de diversificação de produtos e de amplo atendimento ao cliente. Segundo o Presidente do Conselho de Administração, Lázaro de Mello Brandão, na base do exercício está o planejamento global da Organização Bradesco, apoiado nas vantagens competitivas que lhe proporcionam a escala alcançada. Na verdade, é na capilaridade de uma enorme e eficiente rede de atendimento, com desdobramentos até no exterior, que se sustenta a prosperidade financeira do banco.

Conforme se depreende de alguns dados do relatório, com o lastro de sólida situação patrimonial-financeira e o apoio e preferência sempre renovados dos acionistas e clientes, a confiança se consolida na dedicação diuturna do quadro de diretores, funcionários e colaboradores do Bradesco. Não por acaso, o Conselho de Administração do banco foi abrilhantado com a eleição de dois novos conselheiros externos, o primeiro dos quais indicado pelo Banco Bilbao Viscaya, da Espanha, e o segundo pelo Banco Espírito Santo, de Portugal. Trata-se, afinal de contas, de profissionais altamente qualificados, que muito têm contribuído para a boa gestão do banco.

Graças ao empenho conjunto de toda a corporação, mil e quinhentas Agências do Banco Postal entraram em operação em 2003, configurando um total de 4 mil unidades instaladas na Rede Postal dos Correios, utilizadas pelo Bradesco como Correspondentes Bancários no País. Isso se deu, evidentemente, em função da preservação da visão de origem do Bradesco como grande banco de varejo, líder em vários segmentos do mercado, capaz de democratizar os serviços bancários, na busca do maior número possível de empresas e indivíduos, em todas as regiões do País.

Cumpre recordar que o Bradesco completou, em março passado, 60 anos de existência, o último dos quais pontuado por pelo menos cinco acontecimentos merecedores de indiscutível destaque. Em 2003, inaugurou-se a comercialização do Consórcio Bradesco, cujo faturamento anual se registrou na faixa dos 2,3 bilhões de reais, correspondente a mais de 65 mil consorciados, com mais de 4 mil e 800 cotas contempladas. Também em 2003, finalizou-se o processo de aquisição das atividades de Administração e Gestão de Carteiras de Valores Mobiliários e de Fundos de Investimentos da JP Morgan Flemming Asset Management.

            O terceiro grande feito ficou por conta do processo de integração do Banco Mercantil de São Paulo ao Bradesco, com a transformação das agências do banco incorporado em agências Bradesco. Além disso, foram iniciadas as atividades do Bradesco Prime, que significou um importante passo no processo de segmentação rumo ao atendimento personalizado, com produtos e serviços diferenciados a pessoas físicas de alta renda. No encerramento do ano, contabilizaram-se 143 agências Bradesco Prime, além de espaços reservados em 84 outras agências convencionais.

Por fim, vale mencionar a exitosa aquisição, em novembro de 2003, da totalidade do capital social do Banco Zogbi e de várias de suas empresas. Tal aquisição representa um avanço estratégico do Bradesco no setor de financiamento ao consumidor, com inclusão de 1,5 milhão de clientes ativos e cerca de quatro milhões cadastrados. Isso tudo, sem levar em consideração a rede de 67 lojas próprias e mais de 11 mil estabelecimentos aptos a operar produtos de Crédito Direto ao Consumidor.

Sr. Presidente, no mercado de ações, o Bradesco manteve presença em todos os pregões da Bolsa de Valores de São Paulo. Na Bovespa, o volume negociado em ações Bradesco foi de aproximadamente R$7 bilhões, representado, respectivamente, por quase 32 bilhões em ações ordinárias e quase 512 bilhões de ações preferenciais. Não menos relevante é sublinhar que as ações do banco são também negociadas na Bolsa de Valores de Madri, na Espanha, bem como na Bolsa de Valores de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Como conseqüência, com a crescente presença nos mercados internacionais, a Organização Bradesco tem assegurado as vantagens de uma estrutura integrada na área de Comércio Exterior e Câmbio, oferecendo completa assessoria e ampla linha de serviços bancários.

Por último, cabe acentuar o papel do “Alô Bradesco”, cujo desempenho em 2003, segundo o relatório, pode ser avaliado pelo número de contatos registrados pelos clientes: nada menos que 358 mil ligações! Na condição de canal aberto e direto com o público, tal serviço contribui para aprimorar permanentemente as relações com os clientes, seja via sugestões, seja via reclamações, sobre produtos e serviços do Bradesco. Em suma, em operação desde 1985, antes mesmo da edição do Código de Defesa do Consumidor, o “Alô Bradesco” tem-se firmado como instrumento crucial e de enorme valor estratégico, no que diz respeito à captação de tendências e à antecipação de soluções diante das transformações fugazes do mercado.

Antes de concluir, Sr. Presidente, aproveitemos o ensejo para saudar o Bradesco na condição de maior grupo privado do Brasil por receita, pelo quinto ano consecutivo, além de reiterar sua posição de maior banco do País por patrimônio líquido, entre instituições públicas e privadas, de acordo com o jornal Valor Econômico. Diante do exposto, não nos sobra outra postura senão congratular seus dirigentes pelo êxito obtido em 2003, na expectativa de que, em 2004, o horizonte lhes seja ainda mais produtivo e financeiramente auspicioso.

Era o que tinha a dizer.

Muito obrigado.