O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES (PFL - BA. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, redigi um discurso com muitos dados para apresentar hoje, comprovando as minhas afirmativas de ontem, em relação ao discurso do nobre Senador Aloizio Mercadante, por quem tenho estima e respeito, sobretudo em sua atuação como Senador.

Aqui está o discurso.

Entretanto, o Senador Aloizio Mercadante, desta tribuna, praticamente desfez, em sua quase totalidade, as afirmativas que S. Exª, por equívoco, não seu, mas de alguém que o induziu ao erro, fez sobre o assunto.

Há, entretanto, um ponto que penso ser do meu dever tratar, principalmente porque V. Exª, Senador José Sarney, está na Presidência. V. Exª, como Presidente da República, foi e continua sendo, apesar de morta a Irmã Dulce, um devoto permanente das suas obras e do seu trabalho. Todas as vezes que V. Exª vai a Salvador pede, em primeiro lugar, para visitar o Hospital Irmã Dulce e o seu túmulo.

Peço a atenção do Senador Aloizio Mercadante e de toda a Casa para este absurdo que é se fazer uma emenda coletiva, de todos os parlamentares, para vários hospitais, principalmente para o Hospital Irmã Dulce. A Bancada do PT, então, de acordo com o Ministro, que também é cúmplice, destina a quase totalidade dos recursos para o Município de Vitória da Conquista.

A coisa foi tão gritante que o Senador Mercadante tomou o compromisso, feito comigo, mas acredito que o faz também com V. Exª, de ver uma solução para o hospital de Irmã Dulce.

É um absurdo que emendas coletivas não sejam dirigidas para todos os Parlamentares que assinaram essa emenda, mas exclusivamente para os Prefeitos do PT. Isso, evidentemente, não está de acordo com o Senador Aloizio Mercadante, tampouco com a seriedade do emprego dos recursos orçamentários.

O Orçamento é uma peça de ficção no Brasil. Enquanto não tivermos o orçamento impositivo, teremos esses problemas. Por esse motivo, venho apelar a V. Exª para que, no segundo semestre, coloque na Ordem do Dia - já era para estar desde março - o orçamento impositivo.

Estou satisfeito porque mais uma vez ficou comprovado que não menti, como também o Senador Aloizio Mercadante cometeu um equívoco, não por sua culpa, mas por culpa de seus informantes. A sua atitude de vir, hoje, tratar do assunto me satisfaz plenamente. Sou grato ao Senador Aloizio Mercadante pela sua correção de procedimento e por isso não pronunciarei o discurso que elaborei.

Muito obrigado a V. Exª.